Depois dos filetes de peixe macerados em limão, o aquecer dos motores com este arroz com mexilhões no forno. A receita original inclui batatas mas, desgraçadamente, falhou o ingrediente; de tão comum na despensa toda a gente achou que existia, para se verificar que tinha acabado. Fica para a próxima...
1. Mexilhoes: 1 kg. Lavam-se muito bem (a teoria indica raspar bem as cascas), colocam-se numa panela com alho e coentros picados e umas lágrimas (copiosas...) de azeite. Deixam-se abrir no calor, tapados. Tempo? Bom, o tempo necessário para, aparentemente estarem todos abertos...
Retiram-se, descartam-se os que ficaram fechados e as cascas (que se separam dos animaizinhos). Atenção: o caldo que se libertou durante a cozedura, é para manter! Há que o coar cuidadosamente (porque a areia dos bivalves veio junta) - experimente um coador com um pano fino para a operação (papel de filtro também dá mas quem é que guardou o papel de filtro usado nas experiências do liceu? Pronto, compre-se o papel de filtro para esta experiência...).
E aqui está o caldo na fotografia, à espera de utilização!
Num pirex ou refractário, colocar uma cama de cebolas cortadas às rodelas. Aqui utilizei um mix das variedades branca e roxa, mas pode-se recorrer às usuais - aconselho tudo menos aquelas coisas que nos vêm de Espanha ou de França (ou de alguma pedreira...), duras como... chifres.
Deitem-se os mexilhões, bem distribuídos por toda a superfície.
3. Chegou a hora do arroz. Nota prévia: face à ausência de referência na receita original, do tipo de arroz a empregar (o arborio ou o carnaroli não pareciam plausíveis para um arroz que se queria seco) escolheu-se o agulha um bom compromisso entre o carolino (melhor para "malandrinhos") e o basmati.
Acrescente-se assim o arroz e o caldo na seguinte proporção: uma taça de sopa de arroz para três taças de caldo (duas e meia pareceu arriscado para o forno, mas pode-se tentar, mantendo sempre o olho no forno, caso seque antes de tempo). Por "caldo" entenda-se todo o líquido extraído dos mexilhões complementado por água.
Adicione-se então meio ramo de coentros picados (tendo "ramo" a dimensão daqueles vendidos agora nas g.s.), cogumelos de paris cortados em quartos e, para quem é corajoso, uma malagueta em tiras, totalmente limpa de sementes (mesmo assim houve algumas queixas quanto ao picante).
(Antes que comecem as perguntas: na foto está em fundo o resultado desta operação; a embalagem de queijo é só para dar ambiente e uma tentativa encapotada de demonstrar as virtudes do product placing neste blog, na esperança de atrair investidores institucionais - leiam-se agências de publicidade...)
4. Vai a forno quente (190/200ºC) durante... bom é melhor estar com atenção e escrever-me depois a dizer com quantos minutos resultou. O forno eléctrico onde este se fez é um tricky one e a cozedura durou mais do que o "normal". E entretanto fomos provando as outras coisas pelo que... All in all, no final foi um sucesso tão grande que mesmo aqueles que já tinham acabado, voltaram para mais uma perninha... no arroz.
(Nota de desculpas: aos italianos, por ter incluído tanto anglicismo num post dedicado à cozinha regional itallina... É da internet.)
Sem comentários:
Enviar um comentário