Com a edição deste ano o festival parece ter entrado em fase de estuário: alargou-se, perdeu velocidade e a sua capacidade de gerar energia ficou comprometida.
Bancas de vinho paupérrimas com variados casos de "fretistas" a despejar vinho nos copos estendidos (e também, inversamente, gente esforçada a querer esclarecer), um espaço expositivo com imaginação zero e um sentido pedagógico estacionado em sessões agendadas para horários impróprios para o público empregado.
O que querem a organização e os patrocinadores? Um evento que se justifica pelo mediatismo alcançado ou uma acção de promoção da culinária lisboeta na sua vertente piscícola? Notícias no jornal em circuito fechado (não são os jornalistas também participantes?) ou um impulso no incremento do consumo de algo que, por enquanto, ainda é maioritariamente originário no território nacional? Fogo de vista ou didatismo?
Valha a qualidade dos restaurantes presentes ainda que surpreendente seria se assim não fosse: era difícil, no panorama nacional, encontrar melhores equipas chefiadas por melhores chefes. Interessante - e desafiante! - seria ousar trazer "pérolas do dia-a-dia" e convidar as mãos que, incógnitas, em restaurantes de bairro preparam filetes de estalo, pataniscas memoráveis, jaquinzinhos de antologia, grelhados inesquecíveis...
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