sexta-feira, 26 de novembro de 2010

Restaurante Pedro e o Lobo, Lisboa










Pedro e o Lobo, dia de semana, almoço para seis. No final, uma interrogação - porque não saímos daqui satisfeitos?

O serviço é correcto mas frio. O espaço é pensado mas não acolhe. A concepção dos pratos é chamativa mas não inovadora. A confecção aproxima-se da perfeição mas não entusiasma.

Acho que falta alma a este Lobo.

9 comentários:

  1. Acho que o senhor só gosta mesmo do Assinatura, não é?

    Qualquer dia, colocam os Musicologos a fazer critica gastronomica. só falta isso.

    Ser critico em Portugal, basta saber nada de tudo um pouco e é mesmo verdade.


    Acho que deveria começar primeiro pela fotografia. Que é tão má como o que escreve.

    ResponderEliminar
  2. ah ah ah ah!!!!

    é isso ai!!!

    ResponderEliminar
  3. se calhar o anónimo que não tem coragem de dar a cara devia era não ficar tão ressabiado com uma crítica que apenas é uma opinião pessoal. nem toda gente precisa de gostar das mesmas coisas.

    quanto à fotografia. é tudo menos má. nunca foi aqui dito que se tratava de um crítico ou fotografo profissional

    ResponderEliminar
  4. Quando a falta de experiência a nivel gastronómico fala mais alto que o próprio saber, paixão, dedicação e conhecimento deparamo-nos com comentários e situações deste género.
    Um Chef de cozinha é antes de mais um cozinheiro, e o que se passa no panorama gastronómico em Portugal é a falta de paixão, enovação, criação e Respeito por esta profição que como muitos eu desempenho. A imagem e 99% dos Chefes que se dizem de renome em Portugal não têm qualidade nem capacidade de levar avante o progresso da nossa cozinha, isso ve-se no numero de estrelas michelin que existem em Portugal.
    Aqui infelismente dá-se importancia a mais a pseodo chefs que não fazem mais que se imitarem uns aos outros em receitas, em tentativas falhadas de venda de imagem propria para um publico que não sabe provar que não sabe qualificar uma cozinha. Embora exista 4 chefs em Portugal que honrem e dignificam a jaleca que uzam e muitos mais no estrangeiro.
    Para os que fazem criticas gastronómicas infelizes, viagem primeiro, tirem 2 semana de férias por ano e conheçam os melhores restaurantes do mundo, pessam para falar com o chef e peçam um estágio não remunerado para aprenderem, cultivem-se e um dia voltem a Portugal e digam "agora sim posso criticar com criticas constrotivas".
    Um verdadeiro chef não é aquele que tinha uma profissao nada haver com cozinha e que tem posses para pagar um curso n CIA ou no RITZPARIS e voltar ao pais e dize-se chef, SER CHEFE É SER LIDER, É DAR A CARA PARA O BEM E PARA O MAL, É SER-SE PESQUISADOR, ENOVADOR, LIBERAL E ACEITAR AS CRITICAS QUE LHE FAZEM.

    Cumprimentos

    ResponderEliminar
  5. É uma perspectiva interessante e que introduz vários temas da realidade gastronómica portuguesa que urge discutir.

    Deixando a questão dos chefs para o fim e começando pela sua posição quanto à crítica, eu diria que nem só da comparação com o que se faz lá fora vive a nossa cozinha (ainda que seja sempre saudável a existência de uma bitola que nos trave o provincianismo) e nem sequer defendo ser o melhor caminho o seguidismo em relação às modas ou às evoluções alheias. Dito isto, sim, os críticos ou pretendentes a tal, só têm a ganhar se fizerem um percurso de aprendizagem semelhante ao dos seus "sujeitos de análise" (quem foi que disse "quem sabe faz, quem não sabe critica"? ;-) ). Os gostos não se aprendem mas a teoria e os modos sim e, portanto, saber reconhecer proximidades e afastamentos canónicos é sempre um complemento ganhador.

    Quanto aos chefs, lamento, mas não conheço suficientemente bem o meio para perceber o que de indirectas está no seu texto. Que há chefs que são mais marketing que qualidade há. Que há chefs que, esquecendo a existência da internet e aproveitando a fraca cultura gastronómica nacional, julgam que podem brilhar com ideias copiadas lá de fora, também há - e nesse ponto tem toda a razão, as reduzidas estrelas Michelin são reflexo disso mesmo.

    Não quer concretizar e nomear os 4 chefs que cita?

    E já agora: em que categoria coloca o chef do Pedro e o Lobo?

    ResponderEliminar
  6. Uhmmm, fico na expectativa de uma resposta.

    Ana

    ResponderEliminar
  7. Boa Noite´

    Caro PedroCG concordo plenamente consigo na critica á minha critica e dou-lhe os parabens por saber criticas e argumentar com base e fundamentos visto que nestes dias é raro alguém o fazer, infelismento por falta de tempo ainda não experimentei o restaurante, mas contudo esta semana ou mais tardar na proxima irei experimentar.

    os chefes que nomeio sao:

    Leonel Pereira (Chef executivo Hotel Sheraton Lisboa)
    Ricardo Costa (Chef executivo The Yeatman Hotel nas caves do vinho do Porto)
    Luis Baena (Manifesto)
    Jerónimo de Sousa (Chef executivo Sheraton Porto)

    Fora de Portas
    Nuno Mendes (Viajante) por todo o seu trabalho no Loft, e no novo Viajante recentemente premiado com estrela michelin.

    Em termos de bases gastronómicas rejo-me por Antonini,Escoffier, Marco Pierro White, Michel Bras, Pierre Gagnaire.

    Cumprimentos
    Riccardo

    ResponderEliminar
  8. Obrigado pelo esclarecimento, Riccardo. A sua lista, ainda que esclarecida, parece-me pecar por defeito... Há chefs pelo país fora de cozinha suficientemente honesta, criativa e plena de saber e sabor que merecem a inclusão - não sei é se se adaptam (ou adaptarão alguma vez) aos cânones (que, por vezes, não se sabe muito bem quais são) Michelin...
    O Henrique Mouro, o Ljubo Stanisic, o José Júlio Vintém, o Nuno Diniz, o Albaço Lourenço... não?

    Abraço.

    ResponderEliminar
  9. Estava com alguma curiosidade em experimentar o Pedro e o Lobo. O passagem de ambos os Chefs pelo Moo de Barcelona aguçou-me o apetite. Concordo com a crítica da falta da "alma". Fraca carta de vinhos, boa preparação dos pratos mas pouco entusiasmante, serviço cordato mas fraco e uma música ambiente completamente despropositada. Efectivamente não se come mal, mas não convida a regressar.

    A. Gonçalves

    ResponderEliminar