quarta-feira, 27 de junho de 2012

Camiões de comida


No que respeita ao muito aberto à discussão tema dos restauromóveis, a Câmara de Lisboa (ou devo dizer a EMEL?) tem uma posição restritiva quanto à proliferação dos mesmos - vá-se lá saber se por medo da ASAE, pressão da ARESP ou pura e simples ignorância. Permitam-me a citação de extractos deste interessante artigo da Eater New Orleans sobre Food Trucks e assim contribuir com alguns argumentos e ideias para o que deveria ser uma discussão acalorada - porque significaria que eles já andariam pelas nossas ruas (e por eles digo mais que aquelas coisas das mines e dos coiratos)...


Nota: a tradução é liberal, ainda que em consonância com o afirmado.

"Mais restauromóveis em circulação e estacionamento na cidade significam mais pessoas na rua a comer e mais pessoas na rua a salivar por tacos significam menos crime. 


Quanto ao argumento de que os restauromóveis drenariam o negócio da comunidade de restaurantes já estabelecidos (...) ele, simplesmente não é verdadeiro. Ninguém que tenha uma reserva num restaurante de referência vai mudar de ideias só porque ao passar por uma roulote de tacos se deixa tentar. 



Se alguém se quer sentar num restaurante, ser servido, estar abrigado e ter uma refeição com alguém de quem gosta não o vai obter num restauromóvel. 






O seu público alvo é de dois tipos muito específicos: trabalhadores com horários de almoço reduzidos e os clientes saídos dos bares no final da noite, famintos e sem restaurantes abertos à vista.


Há restauradores que adorariam ter uma extensão das suas propostas num restauromóvel.

Porque não criar um parque onde as pessoas iriam durante o dia experimentar as diversas opções, as quais circulariam por toda a cidade durante a noite?




(Todas as fotos retiradas da página do Facebook de La Cocinita cuja proprietária é autora das declarações citadas)

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