Com Divellec chegou a vez, no Peixe em Lisboa, da alta cozinha à moda antiga. Sem funfuns nem gaitinhas, como diria um amigo meu, pura e dura, essencial.
Jacques le Divellec é um grande senhor da cozinha francesa, grande entre os grandes, o primeiro cozinheiro a ser agraciado com o título de Cavaleiro da Legião de Honra (de onde não estará afastado - a par do seu talento - o facto do seu restaurante ser o preferido das grandes figuras políticas francesas dos últimos 30 anos). O Le Divellec é considerado o melhor restaurante de peixe em Paris e o Larousse des Poissons
Perante ele não se está diante de uma grande estrela - está-se diante de um grande senhor. Simpático, quase bonacheirão, de olhos brilhantes, ironia pronta, mão certeira e imperial: a sua equipagem de dois não parou, atarefada a executar todo o backup necessário para deixar o chef brilhar (foi curioso observar como dois maduros aceitavam naturalmente o seu papel secundário, fluindo o "chef!" a cada indicação/ordem do cozinheiro-estrela).
Os pratos apresentados foram, como diria Aduriz, simples sem serem simplistas. Em quase todos pouco tempo de preparação no fogão ou no forno, poucos molhos, reduzidos acompanhamentos. Realce para o sabor das peças, acentuado pela acidez do suco de limão ou pela pimenta, ligado pelo azeite ou pela manteiga. Porque, como disse, o peixe português não merece ser nem maltratado nem
Do resultado final não há fotografias: tudo foi integralmente degustado pela deliciada audiência em tempo real - prato cozinhado era distribuído por todos.
Uma lição do que pode ser também um show de cozinha...
Demonstração cabal de como o prazer também pode chegar só com o recurso a uma faca e uma fonte de calor. E a produtos de primeiríssima qualidade, claro.
Jacques le Divellec é um grande senhor da cozinha francesa, grande entre os grandes, o primeiro cozinheiro a ser agraciado com o título de Cavaleiro da Legião de Honra (de onde não estará afastado - a par do seu talento - o facto do seu restaurante ser o preferido das grandes figuras políticas francesas dos últimos 30 anos). O Le Divellec é considerado o melhor restaurante de peixe em Paris e o Larousse des Poissons
Perante ele não se está diante de uma grande estrela - está-se diante de um grande senhor. Simpático, quase bonacheirão, de olhos brilhantes, ironia pronta, mão certeira e imperial: a sua equipagem de dois não parou, atarefada a executar todo o backup necessário para deixar o chef brilhar (foi curioso observar como dois maduros aceitavam naturalmente o seu papel secundário, fluindo o "chef!" a cada indicação/ordem do cozinheiro-estrela).
Os pratos apresentados foram, como diria Aduriz, simples sem serem simplistas. Em quase todos pouco tempo de preparação no fogão ou no forno, poucos molhos, reduzidos acompanhamentos. Realce para o sabor das peças, acentuado pela acidez do suco de limão ou pela pimenta, ligado pelo azeite ou pela manteiga. Porque, como disse, o peixe português não merece ser nem maltratado nem
Do resultado final não há fotografias: tudo foi integralmente degustado pela deliciada audiência em tempo real - prato cozinhado era distribuído por todos.
Uma lição do que pode ser também um show de cozinha...
O filho Yann, chef do seu próprio restaurante, aqui como supporting actor |
Ah, que seria de um chef francês sem a sua manteiga... |
Não fixei o nome deste senhor, braço direito do chef mas asseguro-vos que é portuguesinho da silva e renomado profissional nas terras do Asterix |
Preparação para o primeiro prato, vieiras e cogumelos de Paris emparelhados em cocotte no forno - imprescindível barrar primeiro com manteiga e temperar de sal e pimenta |
A laminação das vieiras |
E a colocação na cocotte em versão tv, única visível |
Adicionados alguns mexilhões cozidos à marinière e o suco dos mexilhões reduzido com vinho branco, chalotas e manteiga. Colocados brevemente no forno ou, de acordo com o chef, no micro-ondas |
Segundo prato: Vieiras picadas para um Tartare de Sainte-Jacques sempre com faca e nunca com máquina |
... chalotas, sumo de limão, cebolinho, sal e pimenta... |
Pai e filho em cúmplice diálogo de pormenores |
O robalo final: a ser preparado no forno, em crosta de sal... |
... com a adição de (pausa) as folhas de um charuto!, técnica apreendida recentemente e que, segundo ele dá ao peixe um aroma e um sabor muito interessantes |
Carpaccio de garoupa... |
... e vitela |
...com sumo de limão |
... e azeite |
... et voilá! |
Para finalizar, duas tranches de garoupa fritos unilateral (só do lado da pele) em manteiga e azeite, em lume médio. Prontas quando o topo ficar branco. |
Demonstração cabal de como o prazer também pode chegar só com o recurso a uma faca e uma fonte de calor. E a produtos de primeiríssima qualidade, claro.
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