Estando a Avenida da Liberdade estabelecida desde há muito como a sede na capital das lojas de topo, parecia estranha a ausência de lugares restaurativos que com elas combinassem. Num repente (e é um repente que começou há menos de dois anos) formou-se um eixo com direcção marcada pela Barata Salgueiro e pontilhada por meia-dúzia de restaurantes em elevada competição pelo renome. Uns mais bem sucedidos que outros, uns mais discretos (mas não menos valorosos, antes pelo contrário) que outros, uns mais mediáticos, uns mais displicentes, todos apostas fortes.
O SushiCafé Avenida foi até agora, pelas minhas contas, o penúltimo a chegar. Em visita de há algumas semanas, apresentou-se como uma proposta muito interessante que vale a pena acompanhar, tanto pela inovação quanto pela experiência que oferece, apresentando o que me atrevo a classificar como "cozinha de autor de raiz japonesa".
Espaço interior bem conseguido, com a marcação (um pouco óbvia mas não menos sugestiva) em ondas das paredes, a citar o carácter essencialmente marítimo da carta. Conforto visual garantido, o preto-e-branco neutro a sublinhar -e a viver - do colorido das composições culinárias.
Como anfitrião, Armindo Saraiva, o competentíssimo escanção, partido do Assinatura para este desafio que será tão difícil quanto apaixonante - o de casar algo que à partida se destinou a outros noivos.
Iniciados com um amuse bouche de bacalhau e broa que nos (bem) predispôs para a noite,
começámos com duas entradas, Sakana Kebab, uma espetada de dourada em folha de erva príncipe, sobre fumo de erva príncipe, boa harmonia, visualmente muito bem concebida, os aromas do mar a invadirem o ar e a acentuarem o sabor;
Dos pratos principais, Mauzer Maki (à direita na foto), peixe branco e uva, braseados e crus em combinações de paladar, textura e temperaturas que são desafiantes e Sunfire Maki (salmão), nada a dizer para além de que são propostas que me parecem bem conseguidas, inovadoras e fruto da vontade da equipa em inovar a partir das técnicas base tradicionais.
Terminada a noite com uma sobremesa Satsumaimo Taro, mais uma vez uma associação de diversas texturas, temperaturas, sabores, bem conseguida, bem desenhada no prato.
O SushiCafé Avenida foi até agora, pelas minhas contas, o penúltimo a chegar. Em visita de há algumas semanas, apresentou-se como uma proposta muito interessante que vale a pena acompanhar, tanto pela inovação quanto pela experiência que oferece, apresentando o que me atrevo a classificar como "cozinha de autor de raiz japonesa".
Espaço interior bem conseguido, com a marcação (um pouco óbvia mas não menos sugestiva) em ondas das paredes, a citar o carácter essencialmente marítimo da carta. Conforto visual garantido, o preto-e-branco neutro a sublinhar -e a viver - do colorido das composições culinárias.
Como anfitrião, Armindo Saraiva, o competentíssimo escanção, partido do Assinatura para este desafio que será tão difícil quanto apaixonante - o de casar algo que à partida se destinou a outros noivos.
Iniciados com um amuse bouche de bacalhau e broa que nos (bem) predispôs para a noite,
começámos com duas entradas, Sakana Kebab, uma espetada de dourada em folha de erva príncipe, sobre fumo de erva príncipe, boa harmonia, visualmente muito bem concebida, os aromas do mar a invadirem o ar e a acentuarem o sabor;
Wagyu Carpaccio, o prato da noite! Carne da raça Wagyu (criada seguindo os mesmos preceitos dos utilizados na região de Kobe), excelente sabor, fatiada fina, acompanhada por lâminas de chocolate e farripas de paté de fígado. Absolutamente delicioso, sensual, enebriante, um daqueles pratos que nos persegue na memória e que, indubitavelmente precisa de companhia para partilhar porque o peso do prazer que provoca é demasiado para ser desfrutado em solidão.
(Curiosidade quanto à apresentação do paté: embrulhado em película e congelado e esfiapado com ralador de queijo sobre a pedra)
Dos pratos principais, Mauzer Maki (à direita na foto), peixe branco e uva, braseados e crus em combinações de paladar, textura e temperaturas que são desafiantes e Sunfire Maki (salmão), nada a dizer para além de que são propostas que me parecem bem conseguidas, inovadoras e fruto da vontade da equipa em inovar a partir das técnicas base tradicionais.
Terminada a noite com uma sobremesa Satsumaimo Taro, mais uma vez uma associação de diversas texturas, temperaturas, sabores, bem conseguida, bem desenhada no prato.
Que dizer deste café que não seja uma recomendação para visita? Recriação, inovação, boa mão...
Sushi Café Avenida
Rua Barata Salgueiro 28, Lisboa
Tel. +351 211 928 158 ; +351 914 859 526 ; www.sushicafe.pt
Classificação: Cozinha - 4,3/5 ; Global - 16,3/20
Preço: $$ (> 15€ <30€)
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