Descobri o bacalhau fresco há uns anos no sítio com maior concentração de descobertas gastronómicas de Lisboa (sim, o Corte Ingles, desculpem por me repetir). Encontrar bacalhau fresco em plena salgadolândia (e isto não é um trocadilho com o cada vez maior peso do vereador nas opções urbanísticas do município) é quase como descobrir um bom projecto de arquitectura na cidade: uma surpresa que se espera, depois de se estranhar, se venha a entranhar.
Levei assim duas altas postas para casa com uma expectativa elevada e sem fazer a mínima ideia como as tratar. E vai daí inventei. Até que gostei do resultado.
1. Cortar batatas, cenouras e courgetes em juliana. Cozer em vapor, deixando al dente - no micro-ondas, cerca de 4 minutos à potência máxima.
2. Entretanto, fazer os molhos:
a) Suar espinafres. Numa frigideira com um pouco de azeite e água e lume brando refogar ligeiramente dois dentes de alho e um talo de aipo picados e folhas de manjericão e coentros. Passar tudo no liquidificador.
b) Aquecer em fogo muito brando uma mão cheia de azeitonas descaroçadas, uma mão-cheia de alcaparras, três dentes de alho picados, 4 colheres de azeite, cebolinho. Quando sentir os alhos suaves retire e use o 1-2-3 ou equivalente para homogeneizar a mistura deixando-a, no entanto, granulosa.
3. Cozer o bacalhau em vapor (5 minutos no micro-ondas à potência máxima).
4. Empratar: fazer uma cama com os legumes, colocar o bacalhau no centro, coberto com o molho de azeitonas. Salpicar os legumes com o molho de espinafres.
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