Querida Mô,
Uma coisa simples que inspirasse serenidade, uma daquelas ambiências que nos enchem as medidas e lavam as angústias, predispondo-nos a ficar de bem com o mundo, não importa que patifarias nos possa o mundo vir a fazer.
Seriam estas as indicações que daria, cenógrafo houvesse para preparar o dia do meu aniversário, a Natureza a conjugar-se harmoniosamente com a minha emoção. Não é cargo que exista, infelizmente, ainda que candidatos a Grande Arquitecto os haja em profusão, agora, no passado, no futuro, assim é a qualidade da condição humana.
Felizmente que esta é a época dos longos fins de tarde e esta é uma cidade de dourados, de lentos, marítimos e dulcíssimos dourados que nos acompanham dolentes. Passei-me num cacilheiro para a outra margem e, o rio a marulhar-me aos pés, assim festejei, a cidade indecisa entre a noite e a água, um silêncio de pequenos ruídos, eu e a Lisboa com quem concubino em permanente estado de paixão e ódio, desejo e repulsa.
1 polvo; 2 cebolas, 2 cenouras; 1 dl vinho branco; 2 c. sopa vinagre; 1/2 folha louro; 1/2 limão; 3 ovos; farinha.
PREPARAÇÃO: Coloca-se o polvo com aromáticos (cenoura, alho francês, louro) e um pouco de azeite num recipiente próprio para ir ao forno, com tampa. Leva-se ao forno a 200º durante 40 minutos; retira-se e molha-se com o vinho branco. Leva-se ao forno mais 40 minutos aos mesmos 200º.
Cortam-se a cabeça e os tentáculos em filetes com 5 a 6 cm de comprimentos, cortando ao meio os mais grossos para ficarem filetes delgados. Batem-se, passam-se por farinha e as claras batidas em (quase) castelo. Fritam-se em óleo bem quente.
Acompanha-se com maionese de azeite.
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