Não sei porque retorno.
Talvez seja uma coisa de memórias, pessoais e colectivas que mantenha este apego a ir beber umas imperiais e comer um bife a uma cervejaria.
Infelizmente, em Lisboa, cervejarias com patine só temos duas, a Trindade e a Portugália da Almirante Reis. A Trindade está sempre quilometricamente cheia. A Portugália está, apesar dos face liftings promovidos pela gerência do grupo, do sucesso da sua irmã à beira-rio, dos menus de almoço e da suposta cozinha mais elaborada, completamente decadente.
Caí na asneira de lá ir hoje. Apesar da correcção brasileira do empregado, os bifes chegaram mornos à mesa; as batatas, moles; a cerveja, fraca e monocórdica. Para desgraça nossa, a casa-de-banho do 1ºandar ou não tinha sido objecto de limpeza durante todo o fim-de-semana ou o edifício está com um grave problema na sua canalização: o nauseabundo cheiro que nela existia espalhava-se subtil pela sala.
Serviço fraco, má cozinha, pouca variedade... eis um cadáver adiado que só a tradição mantém a respirar.
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