tag:blogger.com,1999:blog-36877870311868792852024-02-07T00:48:49.986-08:00macgomPedro Cruz Gomeshttp://www.blogger.com/profile/16477006053175370211noreply@blogger.comBlogger714125tag:blogger.com,1999:blog-3687787031186879285.post-37306332500172654032013-08-16T19:18:00.000-07:002013-08-16T20:07:09.781-07:00Porque é que o verde da revista é mais bonito do que o meu?<div style="text-align: justify;">Vamos partir deste princípio: as gloriosas fotografias que revistas e livros de cozinha nos apresentam, nunca estiveram deitadas na marquesa de um operador de photoshop e o que reproduzem é o resultado exacto dos passos descritos na receita que ilustram.<br /><br />Se assim é, porque é que aqueles verdes são gloriosos como uma Vénus de Boticelli e os que saem do nosso tacho são mais pálidos que as exibições de futebol do Sporting em versão Verkauteren?<br /><br /><table align="center" cellpadding="0" cellspacing="0" class="tr-caption-container" style="margin-left: auto; margin-right: auto; text-align: center;"><tbody><tr><td style="text-align: center;"><a href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEgmRzF0DAWnC49D_IZwcGylYl0iR-8iOc_dtidjMXNjCrh4u7fY22xIinVvysCMivq96kpDgGiPmNCK05qiy-v8XN2XZ51m7KiRn_0wzgZUoOtDRMFcDyuMoFfKLJ4HaoZfNpVVHM5twsf6/s1600/brocolos.jpg" imageanchor="1" style="margin-left: auto; margin-right: auto;"><img border="0" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEgmRzF0DAWnC49D_IZwcGylYl0iR-8iOc_dtidjMXNjCrh4u7fY22xIinVvysCMivq96kpDgGiPmNCK05qiy-v8XN2XZ51m7KiRn_0wzgZUoOtDRMFcDyuMoFfKLJ4HaoZfNpVVHM5twsf6/s1600/brocolos.jpg" /></a></td></tr><tr><td class="tr-caption" style="text-align: center;">(Fonte: <a href="http://www.bodybuilding.com/fun/ask-the-muscle-cook-adding-zest-to-broccoli.html">http://www.bodybuilding.com/fun/ask-the-muscle-cook-adding-zest-to-broccoli.html</a>)</td></tr></tbody></table><div style="text-align: center;"><span style="color: #444444;"><br />(<i>Nota para os distraídos e para os zelotas que se aprontavam para me chamar naif </i><span style="font-size: x-small;">(1)</span><i>: as fotos são todas caracterizadas e só às vezes têm por figurantes elementos alimentares - aquilo do primeiro parágrafo era só</i> for argument's sake)</span></div><br />De facto, em condições normais, os nossos vegetais verdes perdem, durante a cozedura, o tom brilhante que nos seduziu e levou a comprá-los. Mas há cozeduras e cozeduras. Vejamos o que acontece.<br /><br />Utilizemos os brócolos como exemplo. A sua cor verde brilhante é dada pela clorofila, a qual contém um metal – o magnésio - que é facilmente deslocado por ácidos, convertendo-se em feofitina, esta possuidora uma cor verde acinzentada. No processo de cozedura dos brócolos, o aumento de temperatura irá provocar o rompimento das suas células e, nas mesmas, dos vacúolos, os quais contêm ácidos decorrentes do metabolismo da planta que irão passar para a água da cozedura. A sua reacção com o magnésio é inevitável e assim os nossos verdejantes vegetais começam o irreversível processo de mudança de tom.<br /><br />Processos para, se não evitar, pelo menos atenuar o processo?<br /><ul><li>Fazer a cozedura sem tampa, de modo a permitir a eliminação daqueles ácidos que são voláteis.</li><li>Aumentar a quantidade de água da cozedura, diluindo assim os ácidos.</li><li>Aumentar o pH da solução, ou seja diminuir a acidez do "banho" da cozedura, através da adição de, por exemplo, bicarbonato de sódio.</li></ul>Infelizmente, esta bela tem um senão: mantém-se o bonito verde da clorofila mas à custa da dureza do vegetal.<br /><br />Vejamos. A textura das plantas é determinada pela estruturas das paredes celulares e pela pressão interna da água dos tecidos, o <a href="http://en.wikipedia.org/wiki/Turgor_pressure"><span style="color: #660000;">turgor</span></a>.<br /><br /><table align="center" cellpadding="0" cellspacing="0" class="tr-caption-container" style="margin-left: auto; margin-right: auto; text-align: center;"><tbody><tr><td style="text-align: center;"><a href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEi4PZY9N_ZLJmaJEHqUgblR4pSJYwwGoh5Fv_iXnMyP_BcUaWE9Rp_ZJaG9r_c2HYrX1to_nLuaBSiO4UzC7LwgZmPIWdj9Ctbhh_VNJL8kBPMfTfxkR4Iez9mSZnE2wgyy-EEzCz1sIdMu/s1600/vacuole.jpg" imageanchor="1" style="margin-left: auto; margin-right: auto;"><img border="0" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEi4PZY9N_ZLJmaJEHqUgblR4pSJYwwGoh5Fv_iXnMyP_BcUaWE9Rp_ZJaG9r_c2HYrX1to_nLuaBSiO4UzC7LwgZmPIWdj9Ctbhh_VNJL8kBPMfTfxkR4Iez9mSZnE2wgyy-EEzCz1sIdMu/s1600/vacuole.jpg" /></a></td></tr><tr><td class="tr-caption" style="text-align: center;">(Fonte;<a href="http://sun.menloschool.org/~dspence/biology/chapter6/chapt6_10.html">http://sun.menloschool.org/~dspence/biology/chapter6/chapt6_10.html</a>)</td></tr></tbody></table><br />Numa cozedura, a aplicação de calor torna o alimento mais tenro actuando naqueles dois factores: ao desnaturar as proteínas das membranas das células enfraquece as paredes celulares, perdendo estas a capacidade reguladora da quantidade de água no seu interior; ocorrendo então a perca de água, o tecido perde o turgor e o vegetal fica mole e sem graça.<br /><br />Relativamente aos componentes das paredes das células, a celulose não é afectada pelo calor, mas a hemicelulose e as pectinas são-no: algumas hemiceluloses dissolvem-se e a distribuição das substâncias pectídicas é alterada – dá-se o aumento da pectina solúvel à custa das insolúveis protopectinas e a parede celular perde ainda mais o seu “cimento”. Logo, paredes mais frágeis, tecido mais mole.<br /><br />Ao acrescentarmos bicarbonato de sódio estamos, como foi dito, a aumentar o pH. Ora a perca de hemiceluloses e pectina é variável com este: as hemiceluloses são mais solúveis em água alcalina enquanto, inversamente, a pectina dissolve-se mais rapidamente a valores de pH inferiores a 4 - 4,5. Cozer vegetais em meio alcalino rapidamente os converte em desagradáveis pedaços de consistência duvidosa ao palato, enquanto um meio neutro ou ácido manterá a firmeza dos mesmos por um período de tempo maior.<br /><br /><div class="separator" style="clear: both; text-align: center;"><a href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEiugwiC0CCMXW_kUrE8lw1-6gFGbPiWiNotYNJPUgEESingX8NI7ohOwMcnPtGL_op8U0JrE9K_BVvejC-LCGFK9RfJ_CO-6WiDn1DlRF4nA6A8JmuxoHZQ5JnF33iLrO6ci6Kfj0H9co5I/s1600/brocolos+1.jpg" imageanchor="1" style="margin-left: 1em; margin-right: 1em;"><img border="0" height="360" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEiugwiC0CCMXW_kUrE8lw1-6gFGbPiWiNotYNJPUgEESingX8NI7ohOwMcnPtGL_op8U0JrE9K_BVvejC-LCGFK9RfJ_CO-6WiDn1DlRF4nA6A8JmuxoHZQ5JnF33iLrO6ci6Kfj0H9co5I/s640/brocolos+1.jpg" width="640" /></a></div><br />Dilema doloroso este – mantemos o verde dos campos nos nossos brócolos, candidatando-nos a sentir um arrepio de desgosto à primeira garfada (e, se nos distrairmos e formos demasiado liberais com o bicarbonato, passarmos o resto do serão a achar que o interior da nossa boca foi sanitarizado com sabão algures durante a refeição) ou mantemos a textura firme (se estivermos atentos aos tempos de cozedura) à custa de uma desanimadora cor, imprópria de um cozinheiro que se preze?<br /><br /><table cellpadding="0" cellspacing="0" class="tr-caption-container" style="float: right; text-align: center;"><tbody><tr><td style="text-align: center;"><a href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEjFlFFfYMcW1twqVhH9PFIe6ztQpajkFWMNzJoRADEh5XlwVjLgfJEirD7bNSJlCo-3dOg5QihX3kT_-suZl8UVzIMwod87pqiyum8MwZd7qOuuPDU7JIM3cYdireFelOXmitNtf1cbfoUo/s1600/brocolos+2.jpg" imageanchor="1" style="margin-left: auto; margin-right: auto; text-align: center;"><img border="0" height="272" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEjFlFFfYMcW1twqVhH9PFIe6ztQpajkFWMNzJoRADEh5XlwVjLgfJEirD7bNSJlCo-3dOg5QihX3kT_-suZl8UVzIMwod87pqiyum8MwZd7qOuuPDU7JIM3cYdireFelOXmitNtf1cbfoUo/s640/brocolos+2.jpg" width="640" /></a></td></tr><tr><td class="tr-caption" style="text-align: center;">A reportagem possível: <br />brócolos cozidos em água com teor ácido (adicionado vinagre), neutro (adicionada EPAL) <br />e básico (adicionado bicarbonato de sódio).<br />Verdete e duro ou verdão e mole?</td></tr></tbody></table>Existe sempre a possibilidade de, reproduzindo as experiências neurogastronómicas que a <a href="http://neurogourmet.blogspot.pt/"><span style="color: #660000;">Susana Novais Santos</span></a> com tanta proficiência investiga, refeicionarmos de olhos fechados com os ouvidos imersos em sons crocantes...<br /><br />Ou, menos radicalmente, optar pela cozedura em vapor e reduzir o tempo de cozedura. Mantém-se a cor, preservam-se muito mais vitaminas e sais minerais e fica-se com um toque crocante que, bem conjugado com os restantes componentes do prato, fica muito bem no resultado final.<br /><br /><div class="separator" style="clear: both; text-align: center;"></div><table align="center" cellpadding="0" cellspacing="0" class="tr-caption-container" style="margin-left: auto; margin-right: auto; text-align: center;"><tbody><tr><td style="text-align: center;"><a href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEgZiKSzbEF1ornIwmLpSGYzZnn9pyfOLfrnOE5Kub65qtgBAXsLlSmNi60uif_h1xHigqjdBCY3GdaAlRIA8UkdzMgxXBthQWeiGUhYR_91Wu_-SwpTbCATrTM7VkUrgXqnlYI4PFcO-rtP/s1600/photo-61.jpg" imageanchor="1" style="margin-left: auto; margin-right: auto;"><img border="0" height="640" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEgZiKSzbEF1ornIwmLpSGYzZnn9pyfOLfrnOE5Kub65qtgBAXsLlSmNi60uif_h1xHigqjdBCY3GdaAlRIA8UkdzMgxXBthQWeiGUhYR_91Wu_-SwpTbCATrTM7VkUrgXqnlYI4PFcO-rtP/s640/photo-61.jpg" width="480" /></a></td></tr><tr><td class="tr-caption" style="text-align: center;">(Fonte: <a href="http://wellfitlife.me/2012/07/25/6-steps-to-steamed-broccoli-without-a-steamer/">http://wellfitlife.me/2012/07/25/6-steps-to-steamed-broccoli-without-a-steamer/</a>)</td></tr></tbody></table>Afinal, o nosso verde consegue brilhar tão alto quanto o das revistas... E sem photoshop!<br /><br /><i>(1) - Ia a escrever banif mas alguém podia achar que eu estava a fazer publicidade encapotada (olha, fiz publicidade encapotada!...)</i></div>Pedro Cruz Gomeshttp://www.blogger.com/profile/16477006053175370211noreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-3687787031186879285.post-16805698134574544592013-08-15T10:00:00.000-07:002013-08-16T20:07:09.795-07:00Crítica gastronómica na revolução<div style="text-align: justify;"><div class="separator" style="clear: both; text-align: center;"><br /></div><a href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEgyqeNRJ4HOb4YnIjlV7Qs_jaUHSaN65BTLRAimYngJK-kmd059tcMo5mzVrf18V3YxssJzTJwPJ8cRMX2GezU7AO4RG35py0rhdUMqqKNmf0tNzWY8dHSws_ooEc9KuGvduIjH67emd6kZ/s1600/mp3.jpg" imageanchor="1" style="margin-left: 1em; margin-right: 1em; text-align: center;"><img border="0" height="410" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEgyqeNRJ4HOb4YnIjlV7Qs_jaUHSaN65BTLRAimYngJK-kmd059tcMo5mzVrf18V3YxssJzTJwPJ8cRMX2GezU7AO4RG35py0rhdUMqqKNmf0tNzWY8dHSws_ooEc9KuGvduIjH67emd6kZ/s640/mp3.jpg" width="640" /></a><br /><div class="separator" style="clear: both; text-align: center;"><br /></div><br />Grassava a "revolução" neste Portugal de brandos costumes abananados por quase um ano de manifestações, contra-manifestações, ocupações, saneamentos, nacionalizações, comunicados do MFA, intentonas, inventonas, maiorias silenciosas e minorias ruidosas, governos provisórios, provisórios generais, soldadosunidosvencerão, alianças com o povo, alianças sem o povo, fora com as alianças, discursos, propaganda, discursos, comunicados, contra-comunicados, palavras de ordem pichadas a vermelho, palavras de ordem gritadas a vermelho<br /><br /><div style="text-align: center;"><i>(lembro-me de um momento igual e igualmente contemporâneo numa aula de música que foi descambando da desafinação para a polifonia de melodias diferentes, do bater sincopado de palmas para marcar o ritmo até à desenfreada pateada e ao bater dos tampos das carteiras, a professora a perder a tramontana porque já tinha perdido o controle de uma cambada de miúdos de 12 anos, e por uma fracção de tempo senti-me fora do meu corpo, fora daquela acção, como um espectador a pairar sobre a turba imberbe, sobre a professora já para lá de Marraquexe, sobre aquele comboio à desfilada sem hipótese de parar, e a desapegadamente pensar isto vai dar merda. E deu.)</i></div><br />ódios gritados a vermelho e a preto e branco, intolerâncias várias, múltiplas, profundas, diálogos de surdos e muitas vezes de cegos, cumplicidades, conspirações, delegações, prisões, libertações, o país parado a andar, a falar, a sonhar, a utopisar - quando nasceu, como contraponto da esquerda socialista ao dominador Expresso (que ainda não era espesso) no combate à esquerda extrema e arredores, um jornal da ala PS para evitar aos seus simpatizantes o incómodo das graçolas dos comunistas vizinhos por levarem para o café de sábado um jornal reaccionário. E assim apareceu O Jornal.<br /><br /><div style="text-align: center;"><i>(declaração de interesses: bebedor confesso de toda a tinta publicada pelo jornal da duque de palmela durante a década de 80 até ao aparecimento dessa lufada de loucura séria que foi o Independente - confesso - que sempre achei O jornal de um cinzentismo atroz, chaaaaaaato como a potassa, sempre muito politicamente correcto, uma espécie de desencarnação do actual sec-geral)</i></div><br />Recentemente, em demanda da pré-história da crítica gastronómica lisboeta, redescobri os primeiros anos do jornal - que foi publicado entre 1975 e 1992 - e não pude deixar de admirar a coragem do director que, em tempos de tanta seriedade de ideais, permitiu uma coluna de um tema que poderia rapidamente ser objecto de protestos vários, pelo seu carácter frívolo, burguês mesmo, quase a tocar o contra-revolucionário: a gastronomia.<br /><br /><a href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEgBFRdL0rtsBek7RH74yV-xHeFf7YSrX8njsae_dMGQ3sr4Psa1qVxKLumFjxB31DVzBF0OeV2i2LrGx3Z1rTBMrZqbdnAAumT-0R3IDVDCPK2-9W0Ob6QyuO17_yH-VdZf6WXL7lkpcpXq/s1600/mp1.jpg" imageanchor="1" style="margin-left: 1em; margin-right: 1em; text-align: center;"><img border="0" height="406" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEgBFRdL0rtsBek7RH74yV-xHeFf7YSrX8njsae_dMGQ3sr4Psa1qVxKLumFjxB31DVzBF0OeV2i2LrGx3Z1rTBMrZqbdnAAumT-0R3IDVDCPK2-9W0Ob6QyuO17_yH-VdZf6WXL7lkpcpXq/s640/mp1.jpg" width="640" /></a><br /><br />É certo que o seu autor - que assinava Manuel Pedroso mas que tinha por nome próprio Luís de Sttau Monteiro - tinha um <i>pedigree</i> à prova de protestos revolucionários: autor proibido pela censura e celebrado pela ácida Guidinha que, no Diário de Lisboa primeiro, escaqueirara sem vírgulas muita da pasmaceira marcelista dos últimos anos do regime anterior.<br /><br /><div style="text-align: center;"><span style="color: #660000; font-style: italic;">"(...) cá na Graça há uma que arma a dizer que tem todo o bacalhau que quer porque conhece um senhor que conhece um outro que é primo dum outro enfim uma bicha de conhecimentos que nunca mais acaba para comprar um rabito de bacalhau! cá na Graça as pessoas armam a dizer que têm o que falta às outras é uma maneira bestialmente estúpida de armar mas as pessoas são assim mesmo e não há nada a fazer senão aguentar adeus vou para a bicha do sabão que anda para aí gente a dizer que vai subir." </span>(tirado <a href="http://estoriasdevidas.blogspot.pt/2011/05/guidinha-retratava-portugal-em-1973.html">daqui</a>)</div><br /><br />Ler as crónicas gastronómicas de Manuel Pedroso é descer a um Portugal gastronómico que foi só há bocadinho mas que nos parece tão longe. Das faltas de alguns géneros alimentares, à menoridade da maioria dos restaurantes. Da rarefacção dos restaurantes de referência, das referências a cozinheiros.<br /><br /><a href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEg8Px88Mms83JighetdbkGMJlCSgJC-fn-aiyEavmS_41YZAJXpFvGj9Fibn54ouI7AOWJ5gO93N1PlB-9mAiowqSHZV3YInMYMxgmEchqM0z0fieHV3cj0OASA89dAKKwnjoV2rcTYqaC1/s1600/mp2.jpg" imageanchor="1" style="margin-left: 1em; margin-right: 1em; text-align: center;"><img border="0" height="224" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEg8Px88Mms83JighetdbkGMJlCSgJC-fn-aiyEavmS_41YZAJXpFvGj9Fibn54ouI7AOWJ5gO93N1PlB-9mAiowqSHZV3YInMYMxgmEchqM0z0fieHV3cj0OASA89dAKKwnjoV2rcTYqaC1/s640/mp2.jpg" width="640" /></a><br /><br />Sobre o bife, escreveu, " <i>Quem estiver num restaurante não pode deixar de reparar que mais de metade dos presentes está de faca na mão a batalhar com esse pedaço de carne dura e sensaborona a que se dá o nome de "bife". O facto é tanto mais de estranhar quanto é certo que o "bife" que se come entre nós é francamente mau. Não temos pastos e não apurámos raças, de forma que a nossa carne é de péssima qualidade. </i>(...)<i> Em casa o cidadão médio raras vezes come um pedaço de carne porque o seu preço o torna praticamente inacessível. Quantas vezes e que a família pode comer bifes? Quem tem dinheiro para encher a barriga dos meninos de carne assada? </i>(...) <i>Encantado da vida, o cliente encomenda o "bife da casa e, passada a meia da praxe, é-lhe servido um pedaço de carne dura como granito acompanhada de batatas fritas e - para justificar o facto de ser "da casa" - de um ovo estrelado e de pedaços de uns legumes ácidos e avinagrados que, entre nós, passam por "pickles". No fundo, o "bife da casa" é isto e mais nada, excepto em alguns restaurantes mais caros cujos proprietários juntam à mistura descrita uma fatia de mau presunto</i>."<br /><br />O glorioso Tavares, numa Lisboa em polvorosa despe os galões e serve comida económica: "<i>Sabendo que o Tavares, até pela sua reputação, tinha fama de caro e que essa fama o iria prejudicar, o Fernando resolveu enfrentar o problema e criar à sua casa novas condições de vida. Sabendo que o Tavares era tido por bastião do snobismo português e frequentado por VIPS da vida política e económica portuguesa, o Fernando resolveu "inventar" um Tavares novo ou, melhor, reinventar a imagem da sua casa centenária adaptando-a aos novos tempos. (...) Um almoço ou um jantar completo neste restaurante em que o serviço continua impecável, custa entre 70 e 100$00, o que julgamos verdadeiramente notável numa época em que qualquer restaurante médio pede mais do que isso e não chega aos calcanhares do Tavares.</i>"<br /><br />Para terminar, que o texto vai longo e a paciência para o ler curta, fica a ironia feroz da crónica sobre a primeira <i>hamburguer house</i> da cidade, em versão completa (clicar na imagem).</div><br /><div class="separator" style="clear: both; text-align: center;"><a href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEinTr91SR5fmzhe8s5OZ8uy0yksS1XwvR5x9kAeqq09aQz_Cy-HueAtHiG_wHlgEfxdsTJQC8s7LkI6rgEye5pUPYGUlJ5-3dPGW_Q9kuCGeHnT_KYxEeEk6emXCYrBYBKvIkA7zqwJxrGI/s1600/IMG_2501.jpg" imageanchor="1" style="margin-left: 1em; margin-right: 1em;"><img border="0" height="612" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEinTr91SR5fmzhe8s5OZ8uy0yksS1XwvR5x9kAeqq09aQz_Cy-HueAtHiG_wHlgEfxdsTJQC8s7LkI6rgEye5pUPYGUlJ5-3dPGW_Q9kuCGeHnT_KYxEeEk6emXCYrBYBKvIkA7zqwJxrGI/s640/IMG_2501.jpg" width="640" /></a></div>Pedro Cruz Gomeshttp://www.blogger.com/profile/16477006053175370211noreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-3687787031186879285.post-55284191057821379002013-08-14T11:00:00.000-07:002013-08-16T20:07:09.805-07:00Da vista como justificação<div style="text-align: justify;">Há mais anos do que quero contabilizar, na companhia de quem já há muito não atura as pepineiras deste país, patrocinado por um Centro Nacional de Cultura que ainda era muito mais do que um clube para reformados pré-gasparinos, percorri em forma de passeio os cais que, partindo de Cacilhas vão quase (iam quase) até à projecção da ponte 25 de Abril.<br /><br /><a href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEgrWdQrre3GPyqgBQD398N0QSUcR_YFUoQLP-6y9ffBvbwa9lOaf1kl3LsWLvymTbTi-06_6eWPI4Q3kr4-Cls6Vp_O4jGsoWwG7Ot8BBADeWt6KKUqZCtx6XXn_s1zY0-KJj5iKfOl6Tv2/s1600/IMG_1057.jpg" imageanchor="1" style="margin-left: 1em; margin-right: 1em; text-align: center;"><img border="0" height="426" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEgrWdQrre3GPyqgBQD398N0QSUcR_YFUoQLP-6y9ffBvbwa9lOaf1kl3LsWLvymTbTi-06_6eWPI4Q3kr4-Cls6Vp_O4jGsoWwG7Ot8BBADeWt6KKUqZCtx6XXn_s1zY0-KJj5iKfOl6Tv2/s640/IMG_1057.jpg" width="640" /></a><br /><br /><div class="separator" style="clear: both; text-align: center;"><br /></div>Era Junho e o final do dia. Nunca tinha visto Lisboa com aquela específica luz, aquela intensidade de rosas e dourados, nunca a tinha sentido tão próxima e simultaneamente tão afastadamente exposta, cidade branca tão ausente de branco.<br /><br />Foi paixão. Daquelas que só a adolescência de espírito permite, assolapada, indelével, tão forte que ainda dói.<br /><br />Há pelo menos vinte anos que, nesse cais que do Ginjal se chama, é possível procurar esse momento mágico de fim de tarde sentado a uma mesa e conjugá-lo com algumas portuguesas (ou brasileiras) iguarias no <i>Ponto Final</i> ou no <i>Atira-te ao Rio</i>, restaurantes vizinhos, de propostas diferentes, mas que fazem da vista e do espaço circundante a maior mais-valia do que têm para oferecer.<br /><br />Perante o espectáculo disponível para quem os demanda, não sei se a maioria dos comensais se importa - ou sequer repara, ou sequer acha isso importante - com a qualidade da comida.<br /><br />Confesso que também eu concedo alguma latitude nos pratos apresentados - afinal, uma paixão é uma paixão e a sua fruição permite uma certa indulgência no julgamento.<br /><br /><a href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEh9CzDF6m_QiMC0NW_4xPpE36wRok-BO-xSg-RYVcSOCPg0oxEv22tfWjDyPnfYGcTxtNsgWccBs84QOxeBzYOP7HJJFA-4hEHfXZ2qhg29hoSwfLQqbP4XLnLCeLTAZrr0ShU194jHToqX/s1600/IMG_1015.jpg" imageanchor="1" style="margin-left: 1em; margin-right: 1em; text-align: center;"><img border="0" height="426" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEh9CzDF6m_QiMC0NW_4xPpE36wRok-BO-xSg-RYVcSOCPg0oxEv22tfWjDyPnfYGcTxtNsgWccBs84QOxeBzYOP7HJJFA-4hEHfXZ2qhg29hoSwfLQqbP4XLnLCeLTAZrr0ShU194jHToqX/s640/IMG_1015.jpg" width="640" /></a><br /><br />E, apesar do queijo apresentado de entrada não ter a pretensão de ser candidato a primeiros prémios em concursos internacionais, é suficiente companhia para acompanhar o cair do dia, com, por exemplo, um <i>vinhão</i> que vem de longe e faz esquecer o uso intensivo de castas francesas nos vinhos da região de Lisboa.<br /><br /><div class="separator" style="clear: both; text-align: center;"><a href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEjItHA0aIZ2f1YDaMnOHLGpMbzu8Q7lvnHYOIREHyy_uUbP24ZFtrSYtFXfpDpm8FVvfo7VTQo9JJ-7FHczb3YU16xZL_V2pBmt4qsAwu23bYe1llI_x3-KqxUQClTWs-PoWXnxkTUkt40d/s1600/IMG_1013.jpg" imageanchor="1" style="margin-left: 1em; margin-right: 1em; text-align: center;"><img border="0" height="640" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEjItHA0aIZ2f1YDaMnOHLGpMbzu8Q7lvnHYOIREHyy_uUbP24ZFtrSYtFXfpDpm8FVvfo7VTQo9JJ-7FHczb3YU16xZL_V2pBmt4qsAwu23bYe1llI_x3-KqxUQClTWs-PoWXnxkTUkt40d/s640/IMG_1013.jpg" width="426" /></a></div><br /><br />E há as pataniscas e o arroz de feijão.<br /><br /><a href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEjSf3cCKZ4IZvHb_Dg9kG5TAdeYiSgINV0jWDuPX0c6ig5rCYVxTqA3vuC4CyVA2AQQ6Ry_g-CcRBesY5k4HikeLE9NuhKPSOEx-nc2yDVI8nFrLla-Xc7gh0JN20o2xnYnywRfUPBhl8jQ/s1600/IMG_1027.jpg" imageanchor="1" style="margin-left: 1em; margin-right: 1em; text-align: center;"><img border="0" height="426" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEjSf3cCKZ4IZvHb_Dg9kG5TAdeYiSgINV0jWDuPX0c6ig5rCYVxTqA3vuC4CyVA2AQQ6Ry_g-CcRBesY5k4HikeLE9NuhKPSOEx-nc2yDVI8nFrLla-Xc7gh0JN20o2xnYnywRfUPBhl8jQ/s640/IMG_1027.jpg" width="640" /></a><br /><br />E os jaquinzinhos (<i>chiuuuuu</i>!) que se perdoam pelo bem que sabem (e pela fritura próxima do exemplar).<br /><br /><a href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEiKtUM8jUvd8uOUha_ON55_db93dCvmc7Lw_Yo8UzqF-SzTBA3rVKEugia3FSrLXR4fSsLQ8O2VwFPxUfbAlCjUU61gfvqlWdp7SNFS3MrXI9AC2eWJLQ5m5h9yxexy-IqqyYS5bak2-YKh/s1600/IMG_1052.jpg" imageanchor="1" style="margin-left: 1em; margin-right: 1em; text-align: center;"><img border="0" height="426" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEiKtUM8jUvd8uOUha_ON55_db93dCvmc7Lw_Yo8UzqF-SzTBA3rVKEugia3FSrLXR4fSsLQ8O2VwFPxUfbAlCjUU61gfvqlWdp7SNFS3MrXI9AC2eWJLQ5m5h9yxexy-IqqyYS5bak2-YKh/s640/IMG_1052.jpg" width="640" /></a><br /><br />Mas há limites. Quando os preços começam a ser mais baseados na vista do que na preparação culinária e esta começa a avisar que não se aguenta na experiência - como o arroz de tomate provado a semana passada que mais parecia saída da primeira tentativa de uso de fundos knorr de uma infantil mestre-cuca - pergunto-me se não será melhor começar a pensar em trazer cesta de piquenique e acampar no relvado adjacente, deixando aos turistas o incómodo da experimentação.</div><br /><a href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEhmfmGmCyOmjENmKLx6gK4oBbTBWuB35Z0-hzXXWOotrHHGW86b2aMBTHW6s-Wl6pny71ESaoEXvA-V5mV3yS9_9Nex5WzWQA7ub0hB4kX3mL_0ns58BmRwsqgB1j_11kdiq8H6kEMDMEJH/s1600/IMG_1065.jpg" imageanchor="1" style="margin-left: 1em; margin-right: 1em; text-align: center;"><img border="0" height="426" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEhmfmGmCyOmjENmKLx6gK4oBbTBWuB35Z0-hzXXWOotrHHGW86b2aMBTHW6s-Wl6pny71ESaoEXvA-V5mV3yS9_9Nex5WzWQA7ub0hB4kX3mL_0ns58BmRwsqgB1j_11kdiq8H6kEMDMEJH/s640/IMG_1065.jpg" width="640" /></a><br /><br />Pedro Cruz Gomeshttp://www.blogger.com/profile/16477006053175370211noreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-3687787031186879285.post-13965374511168702622013-08-13T15:22:00.000-07:002013-08-16T20:07:09.875-07:00Whatever happened to Alexandre Silva?<div style="text-align: justify;">Prosseguindo, neste Agosto de gelatina, com a publicação de algo há muito semi-pronto para tal: as apresentações dos chefs no <a href="http://gastrossexual.blogspot.pt/2013/04/um-peixe-em-jeito-de-conclusao.html">Peixe em Lisboa</a>, idas há quatro meses para o quartel das memórias gastronómicas de quem a elas assistiu e para a casa do esquecimento de todos os outros.<br /><br />Houve cozinheiros que me deixaram a lembrança apalatada, uma apreciada e grata recordação, uma certa felicidade pela oportunidade de os conhecer - ou re-conhecer - de contactar com a sua arte, as suas propostas. De sentir as suas criações, em coerência com as suas ideias, consistentes, saborosas, apetecíveis de experimentar e de partilhar. Cozinheiros que justificaram cada minuto empregue em ouvi-los, cozinheiros convidativos que fazem pensar, que são um convite a uma nova visita, um novo encontro, um novo prazer.<br /><br /><div class="separator" style="clear: both; text-align: center;"><a href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEiIcsUr5UrM5D7Nutu17JAgNuR8DiNuW3E9Gwi4-yDyeA70aUnv2B1Y_nMo1XCu0YGmX-MNThpPpcpsgB8szMLdANHIiIsinIkg08LxW9nBjcyrNz2hyoNeHFGUSr-vCrhW3yNc7sH41c6e/s1600/AlexSilva-001.jpg" imageanchor="1" style="margin-left: 1em; margin-right: 1em;"><img border="0" height="426" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEiIcsUr5UrM5D7Nutu17JAgNuR8DiNuW3E9Gwi4-yDyeA70aUnv2B1Y_nMo1XCu0YGmX-MNThpPpcpsgB8szMLdANHIiIsinIkg08LxW9nBjcyrNz2hyoNeHFGUSr-vCrhW3yNc7sH41c6e/s640/AlexSilva-001.jpg" width="640" /></a></div><br />O Alexandre Silva não foi nada disto.<br /><br />Perdido entre uma declarada devoção pelos (agora descobertos?) sabores e saberes do Alentejo e o passado recente que lhe fez o nome e a notoriedade, auto-deslumbrado com a neófita vocação de autor cinematográfico, apresentou pratos que foram... nada. Nem respeitosos com a tradição que afirmou perseguir, nem criações dignas - apenas desinspirados arranjos culinários de produtos locais, atabalhoados, displicentes.<br /><br /><br /><div class="separator" style="clear: both; text-align: center;"><a href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEjdH6LL2Py8WTC7m1yxabdHb23gBoKANxXSltd1V8O7-OVzFJ0cR28o5HQmgJedSSqKX9CXPcpMPmywfZv6zqfHJqOIX0h41qZ0xZOdUZE2yuK7wvBpp63pVzgifQdgA1vX11W0Ih9dEN6H/s1600/AlexSilva-002.jpg" imageanchor="1" style="margin-left: 1em; margin-right: 1em;"><img border="0" height="426" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEjdH6LL2Py8WTC7m1yxabdHb23gBoKANxXSltd1V8O7-OVzFJ0cR28o5HQmgJedSSqKX9CXPcpMPmywfZv6zqfHJqOIX0h41qZ0xZOdUZE2yuK7wvBpp63pVzgifQdgA1vX11W0Ih9dEN6H/s640/AlexSilva-002.jpg" width="640" /></a></div><br /><div class="separator" style="clear: both; text-align: center;"><a href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEiWkd6TnsGwlsMrmXYyIrtes4nIW6k8KFDWCzzuYc4utlg2n1g33sx9icTgucmW3vYlx6zKDIU2Tt_57ikiCt0aYYEr-IhWWcEZLBcnRGNS9oMjbXC2X-aG84ZiRnNhdPmVhP35SYkZ1nBe/s1600/AlexSilva-003.jpg" imageanchor="1" style="margin-left: 1em; margin-right: 1em;"><img border="0" height="426" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEiWkd6TnsGwlsMrmXYyIrtes4nIW6k8KFDWCzzuYc4utlg2n1g33sx9icTgucmW3vYlx6zKDIU2Tt_57ikiCt0aYYEr-IhWWcEZLBcnRGNS9oMjbXC2X-aG84ZiRnNhdPmVhP35SYkZ1nBe/s640/AlexSilva-003.jpg" width="640" /></a></div><br /><div class="separator" style="clear: both; text-align: center;"><a href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEibhyphenhyphen7Y4X9tYqXrEGB8AtgnqYN5oDq6qHJB9CZnhJ8QNLb_15Oc60CR2GfPFIZ00_d4plT7-RNk_CjASrAS1OZPiKBUyj2WVELU7rRz6Kwl-blDy98w0mlr-6Q2AapMBgMBzs2cOOdvFQvZ/s1600/AlexSilva-004.jpg" imageanchor="1" style="margin-left: 1em; margin-right: 1em;"><img border="0" height="426" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEibhyphenhyphen7Y4X9tYqXrEGB8AtgnqYN5oDq6qHJB9CZnhJ8QNLb_15Oc60CR2GfPFIZ00_d4plT7-RNk_CjASrAS1OZPiKBUyj2WVELU7rRz6Kwl-blDy98w0mlr-6Q2AapMBgMBzs2cOOdvFQvZ/s640/AlexSilva-004.jpg" width="640" /></a></div><br />Não sei se o chef aspira mudar de profissão, se entende a estadia no Alentejo profundo como um exílio castigador ou se, como os jogadores do Sporting da época passada, se "esqueceu" de como se faz bem aquilo que já tão bem fez.<br /><br /><div class="separator" style="clear: both; text-align: center;"><a href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEj86ckx-kZsLT8Pu9zuGaexSytXrnRJcduCKQcDHQRaiqDgQKogEmyWEvsKu0OQ0_nKJV2bv3CGJqvuQuz4_82kNKMebUCCnOa5pbviKFShdRr5Kw3Uu05djH71YU3mssNYdp66SucGjabP/s1600/AlexSilva-005.jpg" imageanchor="1" style="margin-left: 1em; margin-right: 1em;"><img border="0" height="426" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEj86ckx-kZsLT8Pu9zuGaexSytXrnRJcduCKQcDHQRaiqDgQKogEmyWEvsKu0OQ0_nKJV2bv3CGJqvuQuz4_82kNKMebUCCnOa5pbviKFShdRr5Kw3Uu05djH71YU3mssNYdp66SucGjabP/s640/AlexSilva-005.jpg" width="640" /></a></div><br /><div class="separator" style="clear: both; text-align: center;"><a href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEiDi3yhJHRnDyu93zLzB-5BEBpMWj8m7C7HPbrfX-wLctOPL97pVn5BiD5UpNL8mqRgnw4PLaGjPG1bgS514idMHdiisUe4JC4Xfx695fpIm1VXkaXyTvfnggHUgl-mM0M7p_RSykwJMBrG/s1600/AlexSilva-006.jpg" imageanchor="1" style="margin-left: 1em; margin-right: 1em;"><img border="0" height="426" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEiDi3yhJHRnDyu93zLzB-5BEBpMWj8m7C7HPbrfX-wLctOPL97pVn5BiD5UpNL8mqRgnw4PLaGjPG1bgS514idMHdiisUe4JC4Xfx695fpIm1VXkaXyTvfnggHUgl-mM0M7p_RSykwJMBrG/s640/AlexSilva-006.jpg" width="640" /></a></div><br />Para esta cozinha, para estas propostas, para este quase desprezo, não há mesmo vontade de rumar a Vila Viçosa.</div>Pedro Cruz Gomeshttp://www.blogger.com/profile/16477006053175370211noreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-3687787031186879285.post-70135507837015026392013-07-01T00:59:00.000-07:002013-08-16T20:07:09.887-07:00Et in Arcadia ego<div style="text-align: justify;">Fui feliz no Assinatura.<br /><br />Fui muito feliz no Assinatura, desde o primeiro jantar, ainda em soft-opening, até um amistoso jantar de aniversário com amigos muito queridos, com quem compartilho afectos desde que o meu mundo adulto é mundo.<br /><br />Devem ser assim os restaurantes que nos marcam: locais de descoberta e de emoções, locais onde o alimento se torna eucarístico, locais de recolhimento e comoção.<br /><br />O Assinatura era assim, sob o gesto preciso e elegante do Henrique Mouro, os sorrisos certos e tranquilos da equipa, à frente da qual sobressaía o chef executivo Pedro Rezende Pereira (e onde no início também brilhou o sommelier Armindo Saraiva), o espaço e mais a mesa do chef para uma refeição em jeito de festa.<br /><br />Acho que foram as sardinhas com morango que me conquistaram. Ou o xerém. Ou o creme de poejo.<br /><br /><table align="center" cellpadding="0" cellspacing="0" class="tr-caption-container" style="margin-left: auto; margin-right: auto; text-align: center;"><tbody><tr><td style="text-align: center;"><a href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEgWXl1YqcAsX27zbHM0G5XMtE5qNxmQoC2R9xK80nmW8LQeW7h-Zz4kjp1cwsETHhxPEEdDeLNSPCaxk7B9Fo9TdTqqmTwigHykk6cnOhpAOmgY78M00iqptjXwbVwZT35AVIBJnUNMnyRs/s588/assinatura-Jun+2010+1.jpg" imageanchor="1" style="margin-left: auto; margin-right: auto;"><img border="0" height="426" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEgWXl1YqcAsX27zbHM0G5XMtE5qNxmQoC2R9xK80nmW8LQeW7h-Zz4kjp1cwsETHhxPEEdDeLNSPCaxk7B9Fo9TdTqqmTwigHykk6cnOhpAOmgY78M00iqptjXwbVwZT35AVIBJnUNMnyRs/s640/assinatura-Jun+2010+1.jpg" width="640" /></a></td></tr><tr><td class="tr-caption" style="text-align: center;"><span style="font-family: inherit; font-size: x-small;">25 de Junho de 2010: <span style="background-color: #eeeeee; color: #333333; line-height: 12px;"><i>Filete de sardinha com Queijo da Ilha e Morangos</i></span></span></td></tr></tbody></table><br /><table align="center" cellpadding="0" cellspacing="0" class="tr-caption-container" style="margin-left: auto; margin-right: auto; text-align: center;"><tbody><tr><td style="text-align: center;"><a href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEi3p9MmG-FOyUOXmYx4Lh7VjinfS8wN0D6he9-NdyS3prPe4ZKSBNvu83KAWnmHb3pToTsB4qEAKKgx4dgILaIY6GASgXukqOZEVXorlbtOoIfdbXJESzkGUefloqH8RiLKpqoLJdCPRTMh/s588/assinatura-Jun+2010+2.jpg" imageanchor="1" style="margin-left: auto; margin-right: auto;"><img border="0" height="426" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEi3p9MmG-FOyUOXmYx4Lh7VjinfS8wN0D6he9-NdyS3prPe4ZKSBNvu83KAWnmHb3pToTsB4qEAKKgx4dgILaIY6GASgXukqOZEVXorlbtOoIfdbXJESzkGUefloqH8RiLKpqoLJdCPRTMh/s640/assinatura-Jun+2010+2.jpg" width="640" /></a></td></tr><tr><td class="tr-caption" style="text-align: center;"><span style="font-family: inherit; font-size: x-small;">25 de Junho de 2010:<i> <span style="background-color: #eeeeee; color: #333333; line-height: 12px;">Sopa seca de Berbigão</span></i></span></td></tr></tbody></table><br /><table align="center" cellpadding="0" cellspacing="0" class="tr-caption-container" style="margin-left: auto; margin-right: auto; text-align: center;"><tbody><tr><td style="text-align: center;"><a href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEglQmRaJH0vxfWfJGvcFtJcv4-nRdo-CxGf-XjGXPguqEPmvud32K9ITwJ1u-JDVf33tDevi2n_qN8iO99Sk6G5ngiaa_p_O6TbyjW53PHwPTIeEPTjevvk1trFdxQ3xmKbD0xlxf0KmQ65/s588/assinatura-Jun+2010+3.jpg" imageanchor="1" style="margin-left: auto; margin-right: auto;"><img border="0" height="426" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEglQmRaJH0vxfWfJGvcFtJcv4-nRdo-CxGf-XjGXPguqEPmvud32K9ITwJ1u-JDVf33tDevi2n_qN8iO99Sk6G5ngiaa_p_O6TbyjW53PHwPTIeEPTjevvk1trFdxQ3xmKbD0xlxf0KmQ65/s640/assinatura-Jun+2010+3.jpg" width="640" /></a></td></tr><tr><td class="tr-caption" style="text-align: center;">25 de Junho de 2010: <span style="background-color: #eeeeee; color: #333333; line-height: 12px;"><span style="font-family: inherit; font-size: x-small;"><i>Salmonete com xerém de Berbigão</i></span></span></td></tr></tbody></table><br /><table align="center" cellpadding="0" cellspacing="0" class="tr-caption-container" style="margin-left: auto; margin-right: auto; text-align: center;"><tbody><tr><td style="text-align: center;"><a href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEiq-zVTvZsZWtm8Z57Dz1nxjdVqesB6cbP5YwaV-EgHxdc_g8DnVYMKlsV2kpM0asL_bf1xY3u9ilpaLVSZ-LAdOy_BfhTc28yYcuL5TtGJJE_jVpanhtfkErj75oFLRW6qKPwVQnThYuh8/s588/assinatura-Jun+2010+4.jpg" imageanchor="1" style="margin-left: auto; margin-right: auto;"><img border="0" height="426" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEiq-zVTvZsZWtm8Z57Dz1nxjdVqesB6cbP5YwaV-EgHxdc_g8DnVYMKlsV2kpM0asL_bf1xY3u9ilpaLVSZ-LAdOy_BfhTc28yYcuL5TtGJJE_jVpanhtfkErj75oFLRW6qKPwVQnThYuh8/s640/assinatura-Jun+2010+4.jpg" width="640" /></a></td></tr><tr><td class="tr-caption" style="text-align: center;">25 de Junho de 2010: <span style="background-color: #eeeeee; color: #333333; line-height: 12px;"><i><span style="font-family: inherit; font-size: x-small;">Biscoito de chocolate com creme de poejo e frutos silvestres</span></i></span></td></tr></tbody></table><br />Ou a lua de mel tripartida de camarão, manga e coco tostado numa flor de courgette.<br /><br /><img src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEjMRi0LFUlpNQW0gnC5u9GC9X_n5-72gBJX0Ee6C1b3ww2okM7l7UZ0KHZh_4inZC1UkB3hNqQT6cg6mxib2Uticg9JoBNz0l3v5mYkjWhyphenhyphen6Nq2RHF_SfC-7k3N0ueD9faxN_yjBPJOIU8/s640/ASSINATURA+-+Jantar+21.07+Menu+Prato+5.jpg" /><br /><br />Ou o bacalhau desfiado com queijo do Paul.<br /><br /><table align="center" cellpadding="0" cellspacing="0" class="tr-caption-container" style="margin-left: auto; margin-right: auto; text-align: center;"><tbody><tr><td style="text-align: center;"><img src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEjU3EDOvYh_8FHj0kgtcZTxuTdCAHyq-lABYidne5qvCa9GtCmRnla09-92F1SQ3bOhNhH5xbE3AMPtTS2SH1AmyWDmjWJ3x3icvgqWyL3ltjcayfTykEwjFdjWnFGph1DFOduayi9w44w/s640/IMG_3770.jpg" style="margin-left: auto; margin-right: auto;" /></td></tr><tr><td class="tr-caption" style="text-align: center;">Julho de 2011</td></tr></tbody></table>Ou o borrego assado com uvas e figos.<br /><br /><table align="center" cellpadding="0" cellspacing="0" class="tr-caption-container" style="margin-left: auto; margin-right: auto; text-align: center;"><tbody><tr><td style="text-align: center;"><img src="http://1.bp.blogspot.com/-jbZMNeIf2r0/Tg9hQRiwm2I/AAAAAAAACR4/zfEICHh04VE/s640/IMG_3772.jpg" style="margin-left: auto; margin-right: auto;" /></td></tr><tr><td class="tr-caption" style="text-align: center;">Julho de 2011</td></tr></tbody></table><br />Ou o arroz doce com pêras e fava de tonka.<br /><br /><table align="center" cellpadding="0" cellspacing="0" class="tr-caption-container" style="margin-left: auto; margin-right: auto; text-align: center;"><tbody><tr><td style="text-align: center;"><img src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEiRfSd3DiMLrSk-TG6It69X_s4CdR_t6XpnrV3iW-Mcxd44Lsl68AQ8DmiDxy5TkRz_PdZ9C09hOePnDwB2kg95gWHzgfVdCh_qwavRAI69jyT4mcFZNkszacliNaE1oF_gE5u3QPqatLQ/s640/IMG_3773.jpg" style="margin-left: auto; margin-right: auto;" /></td></tr><tr><td class="tr-caption" style="text-align: center;">Julho de 2011</td></tr></tbody></table>Ou ainda as plumas de porco com feijoada de caracóis.<br /><br /><table align="center" cellpadding="0" cellspacing="0" class="tr-caption-container" style="margin-left: auto; margin-right: auto; text-align: center;"><tbody><tr><td style="text-align: center;"><img src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEhQS3-2K6uyDlfGIobwVPMZOj3t3IwaaHy723hn-mtwEHuHZMckAyYNDfiTKrV4KXruygap9GMvm0bkAwswSFQDGCs3_erC8cU1MWXUJQa3yIegYZtBEyrJ1Fz6dAHzezMQS_s7JmOVmz0/s640/IMG_4379.JPG" style="margin-left: auto; margin-right: auto;" /></td></tr><tr><td class="tr-caption" style="text-align: center;">Julho de 2012</td></tr></tbody></table>Com a saída de Henrique Mouro e o desmembramento da equipa (o chefe executivo parte para Angola) esboroa-se um dos projectos mais consistentes da cidade. Fruto da falta de visão dos investidores ou desta crise nefasta originada nas cabeças pensantes de quem nos governou ou governa, de impunidade certa e confusão mental absoluta? Eu sei que as contas têm de ser pagas mas alguém pode honestamente acreditar que um restaurante de topo começa a dar lucro rapidamente? O Fat Duck foi salvo da falência pelo anúncio da terceira estrela...<br /><br />Termino com duas esperanças: que Henrique Mouro retorne breve com mais um projecto sólido e consistente; que João Sá, uma das mãos por detrás do sucesso do G-Spot, mantenha as unhas bem afiadas para esta guitarra que vai começar a dedilhar.<br /><br /><img src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEj1bjO8uA_3SD9S_4umm0Y2AYl_rAFr2ulc1zy89KyBATR7t6pRGNsFW2h4yzZKDtCtN5oY37tHsFJM1GOVhHo2nRBVD__jHi9bQtUZkCneYhi7iU9e7GdoPr1GM5d2qIr8nA4UDPyMajQ/s640/Assinatura+-+Cozinha.jpg" /></div>Pedro Cruz Gomeshttp://www.blogger.com/profile/16477006053175370211noreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-3687787031186879285.post-26416107274821516272013-06-29T18:58:00.000-07:002013-08-16T20:07:09.894-07:00Fausto Airoldi, Cozinha com Identidade<br />Dois eventos marcaram a passagem do grande mestre português pela edição deste ano do Peixe em Lisboa: o lançamento do seu livro-legado dos primeiros 30 anos de profissão e um show cooking integrado no tema "Fruta em Lisboa nas 4 Estações".<br /><br /><div class="separator" style="clear: both; text-align: center;"><a href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEjmKto0pYX358O1J00vf1gr2DE1chl-gUDZEAvA39jelChhFGpy2qZJnNZ9hv09s0Udf9jK2GNUCGlHNDvh0aSAQCKTaYCr77DKc_Jwg7m7p5oK4gbW_YVDt6iCwkATUcxcUphGOclk-QrC/s1600/fausto---cozinha-com-identidade.jpg" imageanchor="1" style="margin-left: 1em; margin-right: 1em;"><img border="0" height="640" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEjmKto0pYX358O1J00vf1gr2DE1chl-gUDZEAvA39jelChhFGpy2qZJnNZ9hv09s0Udf9jK2GNUCGlHNDvh0aSAQCKTaYCr77DKc_Jwg7m7p5oK4gbW_YVDt6iCwkATUcxcUphGOclk-QrC/s640/fausto---cozinha-com-identidade.jpg" width="640" /></a></div><div class="separator" style="clear: both; text-align: center;"><br /></div><div class="separator" style="clear: both; text-align: justify;"><span style="text-align: start;">Com fotografias de Adriana Freire, textos introdutórios de Virgílio Gomes e prefácios de Maria de Lourdes Modesto e Henrique Sá Pessoa, o livro é um repositório das melhores criações deste cozinheiros dos cozinheiros, formador de muitas das novas estrelas do panorama restaurativo português e, sem dúvida, o maior especialista do país em cozinha a baixas temperaturas.</span></div><div class="separator" style="clear: both; text-align: justify;"><span style="text-align: start;"><br /></span></div><div class="separator" style="clear: both; text-align: justify;"><span style="text-align: start;">A um preço inacreditavelmente baixo face aos custos de produção e ao seu valor intrínseco, constitui um daqueles "must have" tanto para amadores como para colegas de profissão.</span></div><div class="separator" style="clear: both; text-align: justify;"><span style="text-align: start;"><br /></span></div><div class="separator" style="clear: both; text-align: justify;"><span style="text-align: start;">Ao vivo, o chef não deixou créditos por mãos alheias. Convidado para a sessão inicial respeitante ao Outono, produziu interessantes combinações entre a outonal fruta e alguns peixes e mariscos.</span></div><div class="separator" style="clear: both; text-align: justify;"><span style="text-align: start;"><br /></span></div><div class="separator" style="clear: both; text-align: justify;"><span style="text-align: start;">Lombo de pescada escalfada em azeite com espuma de batata, pêra rocha assada, amêndoa torrada e acelgas ao vapor,</span></div><div class="separator" style="clear: both; text-align: justify;"><span style="text-align: start;"><br /></span></div><div class="separator" style="clear: both; text-align: justify;"><a href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEiV3J9xUKoqfmIwdSBWbMVkUu7gM6-h7A9ks75e086SLdbuHxmNl956272YUuGQT7qumBvmi_9xpi0jTCIC7SvFcjkyACQwgCKWkMDN0ag4CWBXTWmBGXa4J02dPI6MyC1MREC5vAVwdyzG/s1600/Fausto-002.jpg" imageanchor="1" style="margin-left: 1em; margin-right: 1em; text-align: center;"><img border="0" height="426" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEiV3J9xUKoqfmIwdSBWbMVkUu7gM6-h7A9ks75e086SLdbuHxmNl956272YUuGQT7qumBvmi_9xpi0jTCIC7SvFcjkyACQwgCKWkMDN0ag4CWBXTWmBGXa4J02dPI6MyC1MREC5vAVwdyzG/s640/Fausto-002.jpg" width="640" /></a></div><div class="separator" style="clear: both; text-align: justify;"><br /></div><div class="separator" style="clear: both; text-align: justify;">Carabineiro suado em Vinho do Porto branco seco sobre puré de castanhas, espargos verdes, crocante de chouriço e óleo de poejos. As castanhas salteadas em manteiga, fervidas com pastinaga para lhes suavizar o sabor e feitas em puré.</div><div style="text-align: justify;"><br /></div><div class="separator" style="clear: both; text-align: center;"><a href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEjnN2uhg2d5lEm9y1ganbimR13oy-C1v1NvbYd-6mPDdEU2v85GI1ZPCu_Ug4UVJePd9_4BTOql7UwjP4t4mKggo32rkfsy12inl-1uSoswFLv0Gk8vXpN-PY3XQ_fZP2ABC6bkOCRpqf5u/s1600/Fausto-006.jpg" imageanchor="1" style="margin-left: 1em; margin-right: 1em;"><img border="0" height="640" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEjnN2uhg2d5lEm9y1ganbimR13oy-C1v1NvbYd-6mPDdEU2v85GI1ZPCu_Ug4UVJePd9_4BTOql7UwjP4t4mKggo32rkfsy12inl-1uSoswFLv0Gk8vXpN-PY3XQ_fZP2ABC6bkOCRpqf5u/s640/Fausto-006.jpg" width="426" /></a></div><br /><div class="separator" style="clear: both; text-align: center;"><a href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEiDMpInEk0TbzE5M53KXVBCk3VbfSdkji6f_CPwq_cg4yLogQEb9AtTg5iZBpuLdgsGePaGqavZquuEgMA1FX_1OGD4nbtXKrPqgt1zXt-4ZQIhdwrnRAr61fSlpaEjUpEmrz6wGPnRDKzH/s1600/Fausto-001.jpg" imageanchor="1" style="margin-left: 1em; margin-right: 1em; text-align: center;"><img border="0" height="426" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEiDMpInEk0TbzE5M53KXVBCk3VbfSdkji6f_CPwq_cg4yLogQEb9AtTg5iZBpuLdgsGePaGqavZquuEgMA1FX_1OGD4nbtXKrPqgt1zXt-4ZQIhdwrnRAr61fSlpaEjUpEmrz6wGPnRDKzH/s640/Fausto-001.jpg" width="640" /></a></div><div class="separator" style="clear: both; text-align: center;"><br /></div><div class="separator" style="clear: both; text-align: center;"><a href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEj_TGESxJf9Vg9ev7TsDlod0v46Lg80o3lTv1_iWT5YD2EJgh44MyBUigzXztZEOSMFW9JH-cPs-GxqtQxs3Y0kvI-D_Kc6WRVV0-RoeqUbYAOrh7Bfh5Ktj13WquGnVq5igdUPmRT6k_ib/s1600/Fausto-005.jpg" imageanchor="1" style="margin-left: 1em; margin-right: 1em;"><img border="0" height="640" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEj_TGESxJf9Vg9ev7TsDlod0v46Lg80o3lTv1_iWT5YD2EJgh44MyBUigzXztZEOSMFW9JH-cPs-GxqtQxs3Y0kvI-D_Kc6WRVV0-RoeqUbYAOrh7Bfh5Ktj13WquGnVq5igdUPmRT6k_ib/s640/Fausto-005.jpg" width="426" /></a></div><div class="separator" style="clear: both; text-align: center;"><br /></div><div class="separator" style="clear: both; text-align: justify;">Salmonete corado com <i>foie gras</i>, uvas avinagradas e fricassé de funcho, <i>bouquet</i> de rebentos,</div><div class="separator" style="clear: both; text-align: center;"><br /></div><div class="separator" style="clear: both; text-align: center;"><a href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEhTUd_jzSUPv4GoQwCNNyDfv2ZIsuERvidc-JgrKJE4ezkmmDnTqTVN48aL3HV_C9c5zxyKhIBJXSTab7fpZOj_5xGwUqZRYgPuV_fPyah3UFkvOGCIslNhbbZd-Swm1YCZNqp_oZHroczT/s1600/Fausto-004.jpg" imageanchor="1" style="margin-left: 1em; margin-right: 1em;"><img border="0" height="426" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEhTUd_jzSUPv4GoQwCNNyDfv2ZIsuERvidc-JgrKJE4ezkmmDnTqTVN48aL3HV_C9c5zxyKhIBJXSTab7fpZOj_5xGwUqZRYgPuV_fPyah3UFkvOGCIslNhbbZd-Swm1YCZNqp_oZHroczT/s640/Fausto-004.jpg" width="640" /></a></div><div class="separator" style="clear: both; text-align: center;"><br /></div><div class="separator" style="clear: both; text-align: center;"><a href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEg0A30ALFqkCQuAjw6PX4qTNZf6Y2LQyMWRDWddcGPY8QMR97_Tb3H9DPXoeEu9b-G0rh4NIbHPhursA6NvFZatLW4znbnksQv-1D45F-cMHJoMe48-izvlOZFkKW9ZHfnl4KDR4T07DPHA/s1600/Fausto-003.jpg" imageanchor="1" style="margin-left: 1em; margin-right: 1em;"><img border="0" height="426" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEg0A30ALFqkCQuAjw6PX4qTNZf6Y2LQyMWRDWddcGPY8QMR97_Tb3H9DPXoeEu9b-G0rh4NIbHPhursA6NvFZatLW4znbnksQv-1D45F-cMHJoMe48-izvlOZFkKW9ZHfnl4KDR4T07DPHA/s640/Fausto-003.jpg" width="640" /></a></div><div class="separator" style="clear: both; text-align: center;"><br /></div><div class="separator" style="clear: both; text-align: justify;">Frutas de Outono em pratos que, pela cor, parecem estivais. Combinações inusitadas, fora do caminho tranquilo mas que merecem ser recriadas. Em casa, porque não?</div><div class="separator" style="clear: both; text-align: justify;"><br /></div><div class="separator" style="clear: both; text-align: justify;">Quanto ao chef, registo o vazio que a sua partida para Macau criou, tanto na ACPP como nos afortunados palatos de quem tinha a fortuna de degustar as suas criações. Quem sabe um dia, quando estes ares se tornarem menos tóxicos para os empreendedores, o tornaremos a ter entre nós.</div><div class="separator" style="clear: both; text-align: justify;"><br /></div><div class="separator" style="clear: both; text-align: justify;">Até breve, Fausto!</div>Pedro Cruz Gomeshttp://www.blogger.com/profile/16477006053175370211noreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-3687787031186879285.post-63338819440696801432013-06-28T07:37:00.000-07:002013-08-16T20:07:09.900-07:00André Magalhães, embaixador de Lisboa<div style="text-align: justify;"><div class="separator" style="clear: both; text-align: center;"></div><div class="separator" style="clear: both; text-align: center;"><a href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEid8B1z_FOCAfM-oQoAxOBQHDwOwAtfZE1XZEEO7a_HbzsRhVuoLhshYzvO8BSRPCRb3orhlqyDEnMZZvCGahnBKt0WdnVI0nVSRODCOZLGhjjrfonu209MElJm10-tnQpKIKvu4oEOfVci/s1600/IMG_8388.jpg" imageanchor="1" style="margin-left: 1em; margin-right: 1em;"><img border="0" height="426" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEid8B1z_FOCAfM-oQoAxOBQHDwOwAtfZE1XZEEO7a_HbzsRhVuoLhshYzvO8BSRPCRb3orhlqyDEnMZZvCGahnBKt0WdnVI0nVSRODCOZLGhjjrfonu209MElJm10-tnQpKIKvu4oEOfVci/s640/IMG_8388.jpg" width="640" /></a></div><br /><div class="separator" style="clear: both; text-align: center;"><a href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEgOcNuvWXYl1tRuA6wAuDKQ_vwHqkcpqwFDew1DUZVFSzy1uvikJ0QeayXo7IIrqd3hV30lb5NMT3QJQzAM_eWN87NLL3EboTfjxXZbhJrEVuhVLKS_mu_OKbt033GnhxpxEL6IYkffSQH_/s1600/IMG_8389.jpg" imageanchor="1" style="margin-left: 1em; margin-right: 1em;"><img border="0" height="426" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEgOcNuvWXYl1tRuA6wAuDKQ_vwHqkcpqwFDew1DUZVFSzy1uvikJ0QeayXo7IIrqd3hV30lb5NMT3QJQzAM_eWN87NLL3EboTfjxXZbhJrEVuhVLKS_mu_OKbt033GnhxpxEL6IYkffSQH_/s640/IMG_8389.jpg" width="640" /></a></div><br /><div class="separator" style="clear: both; text-align: center;"><a href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEjlqo2Tc194aqupMtevANf_IagS57DnXfMk7qQ1aAN59BCI5ay_WnCdQZRTVkgjaYtR7zzx_XwzEd18D9ZUUfaqmV7gFv-jJR6PBGO8eAgpILl5sZ4GT0c0NjhNsYgsxyiP-aF04q_hj6nl/s1600/IMG_8390.jpg" imageanchor="1" style="margin-left: 1em; margin-right: 1em;"><img border="0" height="426" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEjlqo2Tc194aqupMtevANf_IagS57DnXfMk7qQ1aAN59BCI5ay_WnCdQZRTVkgjaYtR7zzx_XwzEd18D9ZUUfaqmV7gFv-jJR6PBGO8eAgpILl5sZ4GT0c0NjhNsYgsxyiP-aF04q_hj6nl/s640/IMG_8390.jpg" width="640" /></a></div> <br /><div class="separator" style="clear: both; text-align: center;"><a href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEiSDYpmB3QEbTrR1VvHSfyj8mquOg4q8NEWFdcI8ZDtCuadnFfR02-jGWMpixQTI1qc7ph_fOklLQjJRXUFddC0w4sMdqa-0onyRwn12QozWFn0c8MxLLXM89wwTqjOJczUvoIMKdjOI-yb/s1600/IMG_8418.jpg" imageanchor="1" style="margin-left: 1em; margin-right: 1em;"><img border="0" height="640" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEiSDYpmB3QEbTrR1VvHSfyj8mquOg4q8NEWFdcI8ZDtCuadnFfR02-jGWMpixQTI1qc7ph_fOklLQjJRXUFddC0w4sMdqa-0onyRwn12QozWFn0c8MxLLXM89wwTqjOJczUvoIMKdjOI-yb/s640/IMG_8418.jpg" width="426" /></a></div><br /><div class="separator" style="clear: both; text-align: center;"><a href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEhyPoeBgA9PRolvHW8mf2N2s7roQSaZJri1f8zLTEupaQh6E3sjW1Njx2zFL3Nf3PTj6edMJVJGnSyTMfplGWtJ-2TWD-DVKoV4NPbgBmgPSLAVo1hljp0tOhWBVMXbctD4Cj2cMk32oeoI/s1600/IMG_8419.jpg" imageanchor="1" style="margin-left: 1em; margin-right: 1em;"><img border="0" height="640" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEhyPoeBgA9PRolvHW8mf2N2s7roQSaZJri1f8zLTEupaQh6E3sjW1Njx2zFL3Nf3PTj6edMJVJGnSyTMfplGWtJ-2TWD-DVKoV4NPbgBmgPSLAVo1hljp0tOhWBVMXbctD4Cj2cMk32oeoI/s640/IMG_8419.jpg" width="426" /></a></div><br /><div class="separator" style="clear: both; text-align: center;"><a href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEgolhkxucieKUNHOEotAR4xMOsp7pO7wxqItL7dAZjxHv-hyy7wRrakARK7aSdcY_-Ih9u_XxC8ljtjscsw0AkpF98KEAbpeP-tDX3pG3txinJ3ZSb_4OqZ0WNp1l1azqIFhgWyn1J-C5uA/s1600/IMG_8420.jpg" imageanchor="1" style="margin-left: 1em; margin-right: 1em;"><img border="0" height="640" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEgolhkxucieKUNHOEotAR4xMOsp7pO7wxqItL7dAZjxHv-hyy7wRrakARK7aSdcY_-Ih9u_XxC8ljtjscsw0AkpF98KEAbpeP-tDX3pG3txinJ3ZSb_4OqZ0WNp1l1azqIFhgWyn1J-C5uA/s640/IMG_8420.jpg" width="426" /></a></div><br />Face às incompreensões e mal-entendidos, sabedorias exarcebadas e línguas pátrias de palavras iguais e significados diferentes, aqui vai um lisboeta brinde a todos os que nos amam, pela mão do <a href="http://gastrossexual.blogspot.pt/2012/05/taberna-das-flores.html"><span style="color: #660000;">mais sapiente gastrónomo lisboeta</span></a>.</div><div style="text-align: justify;"><br /></div><div style="text-align: justify;"><a href="https://www.facebook.com/andremagellan"><span style="color: #660000;">André</span></a>, chapeau!!!</div><br /><iframe frameborder="0" height="400" src="http://www.rts.ch/embed/J46" width="650"></iframe>Pedro Cruz Gomeshttp://www.blogger.com/profile/16477006053175370211noreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-3687787031186879285.post-33035477770447785442013-06-17T15:13:00.000-07:002013-08-16T20:07:09.906-07:00Uma garrafa com twist<div class="separator" style="clear: both; text-align: center;"></div><div style="margin-left: 1em; margin-right: 1em;"><div style="text-align: center;"></div></div><div class="separator" style="clear: both; text-align: center;"><a href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEixOoCjCW1-0GLUaozad1IiUo1DqxYOlI5rC2sdUkjZ8qMAYgqqmZVv_hLv9yf3DVZoIh6jbLha1QU9Ja07QobGMMv8JECkumjWxVmqrUZNJr_RhWHjthgyRWl53mG-c0Ow5TfEkBBWgYOj/s1600/Helix_Hero+Image_+HR.JPG" imageanchor="1" style="margin-left: 1em; margin-right: 1em;"><img border="0" height="426" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEixOoCjCW1-0GLUaozad1IiUo1DqxYOlI5rC2sdUkjZ8qMAYgqqmZVv_hLv9yf3DVZoIh6jbLha1QU9Ja07QobGMMv8JECkumjWxVmqrUZNJr_RhWHjthgyRWl53mG-c0Ow5TfEkBBWgYOj/s640/Helix_Hero+Image_+HR.JPG" width="640" /></a></div><br /><div style="text-align: justify;">Gosto disto. Não sei - ainda não deu para experimentar - se é tão naturalmente eficaz como o desenho tradicional. O <i>press release</i> menciona como mercado preferencial o segmento dos vinhos de consumo rápido pelo que me parece não ser uma solução para longos prazos.<br /><br />Mas gosto. Gosto da inventiva, gosto de verificar que ainda há empresas nacionais que investem em Investigação & Desenvolvimento, gosto do som que uma daquelas rolhas irá fazer ao sair com um decidido voltear de mão.<br /><br />Helix. Corticeira Amorim e O-I.<br /><br />Força.<br /><br /><iframe allowfullscreen="" frameborder="0" height="300" mozallowfullscreen="" src="http://player.vimeo.com/video/68231233?title=0&byline=0&portrait=0&color=f1f0e7&autoplay=1&api=1&player_id=teaserplayer" webkitallowfullscreen="" width="650"></iframe><br /><br /></div>Pedro Cruz Gomeshttp://www.blogger.com/profile/16477006053175370211noreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-3687787031186879285.post-16317733914475932222013-06-13T11:14:00.000-07:002013-08-16T20:07:10.414-07:00Virgilio Martinez: Pachamama em Lisboa<br /><a href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEg1yXL-w8LFyMcro-Efczj-LFmVF_X_sKZyf35RvDWoYOZ1Rke09rEwv5cuu7UQVhYN5Uy-_LS77GygXjZr2ZzwdVyASQUYk_v8NLS_0W7Q9fOqoq8fvv_EFLq3MQOtLe172GIEKo0a1GJA/s1600/Virgilio-007.jpg" imageanchor="1" style="margin-left: 1em; margin-right: 1em; text-align: center;"><img border="0" height="640" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEg1yXL-w8LFyMcro-Efczj-LFmVF_X_sKZyf35RvDWoYOZ1Rke09rEwv5cuu7UQVhYN5Uy-_LS77GygXjZr2ZzwdVyASQUYk_v8NLS_0W7Q9fOqoq8fvv_EFLq3MQOtLe172GIEKo0a1GJA/s640/Virgilio-007.jpg" width="640" /></a><br /><br /><div style="text-align: justify;"><i><b>Pachamama</b></i>, mãe terra, o centro do modelo do mundo segundo os povos indígenas do Andes centrais. A terra, a natureza, o que nasce, floresce e morre, o que nos suporta e importa. Omnipresente, fecunda e fértil, generosa e imparcial. Está dentro de nós e à nossa volta.<br /><br /><table cellpadding="0" cellspacing="0" class="tr-caption-container" style="margin-left: auto; margin-right: auto; text-align: center;"><tbody><tr><td style="text-align: center;"><a href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEinjfwD-DXVbT_egudFVF0oRCvw3bvjIGhX7gewT6z02D5DKlYd-8okMTDfL84c1s4YIG9HcRaZxDLHitghjdZw4C9ozl1bu_mmKAsSp56w6bNKhCmS5N8CeYq0XB_-lkTonHYPVh3gP8i-/s1600/Virgilio-025.jpg" imageanchor="1" style="clear: right; margin-bottom: 1em; margin-left: auto; margin-right: auto; text-align: center;"><img border="0" height="480" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEinjfwD-DXVbT_egudFVF0oRCvw3bvjIGhX7gewT6z02D5DKlYd-8okMTDfL84c1s4YIG9HcRaZxDLHitghjdZw4C9ozl1bu_mmKAsSp56w6bNKhCmS5N8CeYq0XB_-lkTonHYPVh3gP8i-/s640/Virgilio-025.jpg" width="640" /></a></td></tr><tr><td class="tr-caption" style="text-align: center;">Virgilio sobre o parque Nacional de Bahuaja Sonene:<br /><div style="text-align: justify;">1 milhão de hecta<span style="font-family: Times, Times New Roman, serif; font-size: x-small;">res, 25% das aves e 34% dos mamíferos do Perú estão lá concentrados<span style="line-height: 19.1875px;">. Estima-se que ainda existam espécies animais e vegetais por descobrir.</span></span></div></td></tr></tbody></table>Da visita que o chef peruano <b>Virgilio Martinez</b> nos fez, da palestra-apresentação do recente <b><a href="http://gastrossexual.blogspot.pt/2013/04/um-peixe-em-jeito-de-conclusao.html">Peixe em Lisboa</a></b>, ficou-me esta primordial impressão: a de estar perante um cozinheiro engajado (oh, palavra tão em desuso!) - com a sua terra mãe, com os seus concidadãos. "<i>Não posso ser indiferente a um país onde tanta gente não tem dinheiro para comer. É um problema estar a falar de alta cozinha, não posso considerar que o Perú vai estar na vanguarda mundial quando há tanta gente que morre de fome.</i>", disse.<br /><br />Do mesmo modo me cativou a defesa entusiasmada - eu diria militante - dos produtos do seu país, um mosaico heterogéneo de territórios situados entre os 0 e os 4000 metros de altitude, entre um clima marítimo e um clima tropical, entre a praia e a selva. Defesa ou manifesto, com a confecção de pratos com muitos dos ingredientes referidos, com a exibição de videos de alguns dos locais que mais fascinam e entusiasmam o chef.<br /><br /><br /><div class="separator" style="clear: both; text-align: center;"><a href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEgPElQkFIj8qWWSXXHCF2AaPhAbjpaTVF_o3zPwEVG79l5nlUKP7BpsfIrLNK2BPlm4ZH6t0F310Wc2oW5wJ2pBYoo-KQUSkdZ3xheuTjDA1kchsPPiWy1ePRjTcNi41YA7I1wVMcdxbfdz/s1600/Virgilio-004.jpg" imageanchor="1" style="margin-left: 1em; margin-right: 1em; text-align: center;"><img border="0" height="640" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEgPElQkFIj8qWWSXXHCF2AaPhAbjpaTVF_o3zPwEVG79l5nlUKP7BpsfIrLNK2BPlm4ZH6t0F310Wc2oW5wJ2pBYoo-KQUSkdZ3xheuTjDA1kchsPPiWy1ePRjTcNi41YA7I1wVMcdxbfdz/s640/Virgilio-004.jpg" width="426" /></a></div><div class="separator" style="clear: both; text-align: center;"><br /></div><div class="separator" style="clear: both; text-align: center;"><a href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEiCm_Fgds8XzdeZugK1GyePZjqn1lxV3tJsH7nJytxFfmeCykWvvfmYkMcoFQMzhoIr4YSsDk92mYuW_SGRVKV2mgBwJTwsDYCskF1n-DBlWTQnXYRKiU-RXGUyg0m2x2Ci7hdyIdLA45F-/s1600/Virgilio-002.jpg" imageanchor="1" style="margin-left: 1em; margin-right: 1em;"><img border="0" height="426" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEiCm_Fgds8XzdeZugK1GyePZjqn1lxV3tJsH7nJytxFfmeCykWvvfmYkMcoFQMzhoIr4YSsDk92mYuW_SGRVKV2mgBwJTwsDYCskF1n-DBlWTQnXYRKiU-RXGUyg0m2x2Ci7hdyIdLA45F-/s640/Virgilio-002.jpg" width="640" /></a></div><div class="separator" style="clear: both; text-align: center;"><br /></div><div class="separator" style="clear: both; text-align: center;"><a href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEh-GqmdHJAipRsKsabtmCvhbPcKsWUhugoWT0Vw9VWjlyHRqx-CumLdJVt4Jn9L7E9K3QW7CChHauJwubCx_fbd8JsSZvp63tLDR4qHW30FVMuqNRGAsL7Cj2W4Lw5jom13DaeFTDtUTfkX/s1600/Virgilio-001.jpg" imageanchor="1" style="margin-left: 1em; margin-right: 1em;"><img border="0" height="426" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEh-GqmdHJAipRsKsabtmCvhbPcKsWUhugoWT0Vw9VWjlyHRqx-CumLdJVt4Jn9L7E9K3QW7CChHauJwubCx_fbd8JsSZvp63tLDR4qHW30FVMuqNRGAsL7Cj2W4Lw5jom13DaeFTDtUTfkX/s640/Virgilio-001.jpg" width="640" /></a></div><br /><div class="separator" style="clear: both; text-align: center;"><a href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEg_GO-TtqEV9rA8bqnQ3qCnHy8aO8mQenkCGZoL9wWY3ZBObSwoTCv_wIwT-puRDn09YSjFncjDlkXnOmD0C5v4MWxNUDejAHJrED9MZj1Tt4IXeumzh_a2JY7uBSwY9-Qp5ARadaHoXKCk/s1600/Virgilio-013.jpg" imageanchor="1" style="margin-left: 1em; margin-right: 1em;"><img border="0" height="426" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEg_GO-TtqEV9rA8bqnQ3qCnHy8aO8mQenkCGZoL9wWY3ZBObSwoTCv_wIwT-puRDn09YSjFncjDlkXnOmD0C5v4MWxNUDejAHJrED9MZj1Tt4IXeumzh_a2JY7uBSwY9-Qp5ARadaHoXKCk/s640/Virgilio-013.jpg" width="640" /></a></div><div class="separator" style="clear: both; text-align: center;"><br /></div><table align="center" cellpadding="0" cellspacing="0" class="tr-caption-container" style="margin-left: auto; margin-right: auto; text-align: center;"><tbody><tr><td style="text-align: center;"><a href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEioPYLngVqC3odTjGnCHg3gY89LTx7MJw8I2vTk0WII10ShUhyphenhyphenjM6Zlk9FSuqq-duso8U2DuJKa_QIEvouOjDNWnuLS4vw0qTqdBvFjgfngw5Ybypsf_dFRywmNJa2tq-wHw6I0-OwLaMYB/s1600/Virgilio-012.jpg" imageanchor="1" style="margin-left: auto; margin-right: auto;"><img border="0" height="426" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEioPYLngVqC3odTjGnCHg3gY89LTx7MJw8I2vTk0WII10ShUhyphenhyphenjM6Zlk9FSuqq-duso8U2DuJKa_QIEvouOjDNWnuLS4vw0qTqdBvFjgfngw5Ybypsf_dFRywmNJa2tq-wHw6I0-OwLaMYB/s640/Virgilio-012.jpg" width="640" /></a></td></tr><tr><td class="tr-caption" style="text-align: center;">Escamas de <i>paiche</i> ou pirarucu</td></tr></tbody></table><div class="separator" style="clear: both; text-align: center;"><br /></div><div class="separator" style="clear: both; text-align: center;"><a href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEice5Q9hCfOUveCDxYWV0BO7p0_aNT9GyipjZqfd7mT9YOAWbr9W55daL-bnF2arhqHHC5F8zTwfDPbWwIPbWWMGKf9Qp4W8A8iD_tDMy1NTsLWpsMINhEqH6-Cev_F98Q3Ebeggc_gNcAH/s1600/Virgilio-022.jpg" imageanchor="1" style="margin-left: 1em; margin-right: 1em;"><img border="0" height="640" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEice5Q9hCfOUveCDxYWV0BO7p0_aNT9GyipjZqfd7mT9YOAWbr9W55daL-bnF2arhqHHC5F8zTwfDPbWwIPbWWMGKf9Qp4W8A8iD_tDMy1NTsLWpsMINhEqH6-Cev_F98Q3Ebeggc_gNcAH/s640/Virgilio-022.jpg" width="426" /></a></div><div class="separator" style="clear: both; text-align: center;"><br /></div><table align="center" cellpadding="0" cellspacing="0" class="tr-caption-container" style="margin-left: auto; margin-right: auto; text-align: center;"><tbody><tr><td style="text-align: center;"><a href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEgHbA7WbC_2P45DuSY4G5lOxJcfkvzAWsraMl5YSv5E59Z4KzsoZ1zrgs7-M5LdrBLV0oIggntgIVI3WVqr37y3O60MTpcOsCC4dgHOnQsqrn23WWUo43VXfuf7jh_K3w5psrt6r847Uta6/s1600/Virgilio-006.jpg" imageanchor="1" style="margin-left: auto; margin-right: auto;"><img border="0" height="640" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEgHbA7WbC_2P45DuSY4G5lOxJcfkvzAWsraMl5YSv5E59Z4KzsoZ1zrgs7-M5LdrBLV0oIggntgIVI3WVqr37y3O60MTpcOsCC4dgHOnQsqrn23WWUo43VXfuf7jh_K3w5psrt6r847Uta6/s640/Virgilio-006.jpg" width="426" /></a></td></tr><tr><td class="tr-caption" style="text-align: center;">Anchova seca ao Sol<br />A única referência que encontrei relativa ao nome - Muchaveta - é a da junção das palavras <i>anchoveta</i> (da família das anchovas ou boquerones) e <i>muchame</i>, um prato tradicional peruano, de lombo de peixe seco ao Sol, um pouco como a nossa muxama.</td></tr></tbody></table><div class="separator" style="clear: both; text-align: center;"><a href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEh0-tOg26mDNR0xWnIyIGaqQ3cg-jnPWKfI3U32zWI6mSncJ5dcUY_zRnvZ_jnhR8FsLZn019FqyLB914ah_VrlwBwd644bFc0G5-J023DZvlHOvaRB4KOjzVX23RQ5rR3onp6TfqpkHRW6/s1600/Virgilio-014.jpg" imageanchor="1" style="margin-left: 1em; margin-right: 1em;"><img border="0" height="640" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEh0-tOg26mDNR0xWnIyIGaqQ3cg-jnPWKfI3U32zWI6mSncJ5dcUY_zRnvZ_jnhR8FsLZn019FqyLB914ah_VrlwBwd644bFc0G5-J023DZvlHOvaRB4KOjzVX23RQ5rR3onp6TfqpkHRW6/s640/Virgilio-014.jpg" width="426" /></a></div><br /><table align="center" cellpadding="0" cellspacing="0" class="tr-caption-container" style="margin-left: auto; margin-right: auto; text-align: center;"><tbody><tr><td style="text-align: center;"><a href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEiI1V7sUVbNBv_s7zps4OGLeSWsEqUwiHQyfnICYMc8iTVI6wWUBUS5Hq1jnKqBeq3Zsiu3xrP4xJkwxZc7hbSmaHNxNHdkZRyjUQrmrIwkbIVoPQZy9vIDQoMO39O6TKO8MKKdrLl8h85c/s1600/Virgilio-005.jpg" imageanchor="1" style="margin-left: auto; margin-right: auto;"><img border="0" height="458" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEiI1V7sUVbNBv_s7zps4OGLeSWsEqUwiHQyfnICYMc8iTVI6wWUBUS5Hq1jnKqBeq3Zsiu3xrP4xJkwxZc7hbSmaHNxNHdkZRyjUQrmrIwkbIVoPQZy9vIDQoMO39O6TKO8MKKdrLl8h85c/s640/Virgilio-005.jpg" width="640" /></a></td></tr><tr><td class="tr-caption" style="text-align: center;"><i>Água dos Andes</i>: <br />quando uma colónia de bactérias - <i>cushuro</i> - esferifica naturalmente a água dos Andes a 4000 metros de altitude.<br />Ver <a href="http://www.materiniciativa.com/bacterias-de-nuestras-punas/">http://www.materiniciativa.com/bacterias-de-nuestras-punas/</a></td></tr></tbody></table><div class="separator" style="clear: both; text-align: center;"><br /></div><div class="separator" style="clear: both; text-align: center;"><a href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEgryHjfLZsSDK74QCFjW2Lt8ic8jZtNlElBJHZhg5bbXTMylHae_VQbz_Y3tHKIwpoAO45P_GSmni3_WBA9uHcQF0-_JNNKXwFm_xY9xqcVcw-f_T_vZTI7SUbGvLGyf6v34OpZtUQNmtI2/s1600/Virgilio-015.jpg" imageanchor="1" style="margin-left: 1em; margin-right: 1em;"><img border="0" height="640" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEgryHjfLZsSDK74QCFjW2Lt8ic8jZtNlElBJHZhg5bbXTMylHae_VQbz_Y3tHKIwpoAO45P_GSmni3_WBA9uHcQF0-_JNNKXwFm_xY9xqcVcw-f_T_vZTI7SUbGvLGyf6v34OpZtUQNmtI2/s640/Virgilio-015.jpg" width="426" /></a></div><div class="separator" style="clear: both; text-align: center;"><br /></div><div class="separator" style="clear: both; text-align: center;"><a href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEh7q5D4ET4mtCO_oYAxSyYseDzlObcopTW7vZMy9qlg4phdBMdZ2_Ce_UuhtyxrbgyZh84h7oVga9ErbXz11WIB94EIGo9CMxuBQS1iTqDa3zqsaSIeAJymAjSRg7iV4K6B5UlnQUKBeW2G/s1600/Virgilio-011.jpg" imageanchor="1" style="margin-left: 1em; margin-right: 1em;"><img border="0" height="426" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEh7q5D4ET4mtCO_oYAxSyYseDzlObcopTW7vZMy9qlg4phdBMdZ2_Ce_UuhtyxrbgyZh84h7oVga9ErbXz11WIB94EIGo9CMxuBQS1iTqDa3zqsaSIeAJymAjSRg7iV4K6B5UlnQUKBeW2G/s640/Virgilio-011.jpg" width="640" /></a></div><div class="separator" style="clear: both; text-align: center;"><br /></div><table align="center" cellpadding="0" cellspacing="0" class="tr-caption-container" style="margin-left: auto; margin-right: auto; text-align: center;"><tbody><tr><td style="text-align: center;"><a href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEjYqJNMiRKsfgq-ubaGF7ICN9L6h-9TLi3ZEQphukKbh7Bl2rZjYdD75wHPpDvjt4aZey4RioPXdgF34SRfH2PzY7heFwHRy4UQFiMe2DHt6gU3Nq25ctG0FErNrlwdVN1gJquaW8-3_nzl/s1600/Virgilio-010.jpg" imageanchor="1" style="margin-left: auto; margin-right: auto;"><img border="0" height="426" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEjYqJNMiRKsfgq-ubaGF7ICN9L6h-9TLi3ZEQphukKbh7Bl2rZjYdD75wHPpDvjt4aZey4RioPXdgF34SRfH2PzY7heFwHRy4UQFiMe2DHt6gU3Nq25ctG0FErNrlwdVN1gJquaW8-3_nzl/s640/Virgilio-010.jpg" width="640" /></a></td></tr><tr><td class="tr-caption" style="text-align: center;">Graviola</td></tr></tbody></table>Os pratos apresentados compuseram um quadro de uma cozinha de preparação simples mas de complexos sabores, possível pela abundante diversidade de produtos e de variedades dentro de cada um.<br /><br />O primeiro, o Leite de Tigre (<i>Leche de tigre</i>) bebida para curar ressacas ou ser simplesmente desfrutada (ainda que "simplesmente" seja um <i>understatement</i>...)<br /><br />Cebola, coentros, gengibre, sal e o mais importante e mais característico <a href="https://en.wikipedia.org/wiki/Capsicum_baccatum"><b><span style="color: #990000;">ají amarelo</span></b></a>, os constituintes da marinada do ceviche - a maneira peruana, influenciada pela colónia japonesa de degustar peixe cru (enfim,<br /><div class="separator" style="clear: both; text-align: center;"><br /></div><table align="center" cellpadding="0" cellspacing="0" class="tr-caption-container" style="margin-left: auto; margin-right: auto; text-align: center;"><tbody><tr><td style="text-align: center;"><a href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEjnz_BN407HCQ3vpwvNczVD84C3-HWrSRTZhzgru52CAW9t8cY_kIaLxhXx4JofB7RDI7EqiXhssStiXnEOaBiA6kTyhpot_8zRVMMHQMRQSf7Az9CnRcSDO_cbtyJNyUkx8WoyqEaIYRjN/s1600/Virgilio-024.jpg" imageanchor="1" style="margin-left: auto; margin-right: auto;"><img border="0" height="640" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEjnz_BN407HCQ3vpwvNczVD84C3-HWrSRTZhzgru52CAW9t8cY_kIaLxhXx4JofB7RDI7EqiXhssStiXnEOaBiA6kTyhpot_8zRVMMHQMRQSf7Az9CnRcSDO_cbtyJNyUkx8WoyqEaIYRjN/s640/Virgilio-024.jpg" width="426" /></a></td></tr><tr><td class="tr-caption" style="text-align: center;">O <i>Leite de Tigre</i> no ecrã, a preparar-se para a prova</td></tr></tbody></table>Acompanhou um <i>tiradito</i> feito com tiras de uma muito nacional pescada, a demonstrar o quanto é possível transmutar técnicas e visões, num caminho que começou... muito antes de nós <i>tugasailors</i> termos "dado" novos mundos ao mundo. Diferindo do <i>ceviche</i> na ausência de cebolas, com um piscar de olho - ou vénia - ao japonês <i>sashimi</i> mas também ao italiano <i>carpaccio</i>.<br /><div class="separator" style="clear: both; text-align: center;"><br /></div><a href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEhEr0j_BmaMo4taUsFGFK090VYQVksVhlzf7kQuY61QeabYbsXiMJzb6i05WsZ4vz94KVEhgGq7WUltKietJljBJWX7hHP3S-HYOjCfutEZwAG-tYP3Zfw0nx0qAx9_uYw2I7FRh4YXDbLt/s1600/Virgilio-008.jpg" imageanchor="1" style="margin-left: 1em; margin-right: 1em; text-align: center;"><img border="0" height="426" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEhEr0j_BmaMo4taUsFGFK090VYQVksVhlzf7kQuY61QeabYbsXiMJzb6i05WsZ4vz94KVEhgGq7WUltKietJljBJWX7hHP3S-HYOjCfutEZwAG-tYP3Zfw0nx0qAx9_uYw2I7FRh4YXDbLt/s640/Virgilio-008.jpg" width="640" /></a><br /><br /><div class="separator" style="clear: both; text-align: center;"><a href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEhpU-LMNtG4qUdv5WPfAod6wB930helvrDkp2DXJOnGq1RqGN_V4lL84a9_ImtVVdyeEaYn-6QVxxMFcgTx0Wy7f_7YsAQ21L7sh5vB8FuCs6t5c_72oKi6sPPYQKclEojjNMK3u2IZPwGj/s1600/Virgilio-021.jpg" imageanchor="1" style="margin-left: 1em; margin-right: 1em;"><img border="0" height="426" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEhpU-LMNtG4qUdv5WPfAod6wB930helvrDkp2DXJOnGq1RqGN_V4lL84a9_ImtVVdyeEaYn-6QVxxMFcgTx0Wy7f_7YsAQ21L7sh5vB8FuCs6t5c_72oKi6sPPYQKclEojjNMK3u2IZPwGj/s640/Virgilio-021.jpg" width="640" /></a></div><div class="separator" style="clear: both; text-align: center;"><br /></div><div class="separator" style="clear: both; text-align: center;"><br /></div>Paiche ou pirarucú, o "bacalhau da Amazônia".<br /><br /><a href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEgd6wJfzgDDKwVhE1Ph_CgHQmR7VMiaNBuJDVHGCbeM362wkwgQK_zR9-PM27E1e7KhHspoVQqHMmqnL-6aG_K-F8QZtGiowtzZ-0wi8O6QsuUBJVD5_UpcG2y4zPzUiw9nvZhlD7pLsRWn/s1600/Virgilio-023.jpg" imageanchor="1" style="margin-left: 1em; margin-right: 1em; text-align: center;"><img border="0" height="426" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEgd6wJfzgDDKwVhE1Ph_CgHQmR7VMiaNBuJDVHGCbeM362wkwgQK_zR9-PM27E1e7KhHspoVQqHMmqnL-6aG_K-F8QZtGiowtzZ-0wi8O6QsuUBJVD5_UpcG2y4zPzUiw9nvZhlD7pLsRWn/s640/Virgilio-023.jpg" width="640" /></a><br /><br /><div class="separator" style="clear: both; text-align: center;"><a href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEguQwv_0Y2iizp3UZmMqUN5aPAKZywImvrfIv2GqdjknIXYZpxTOZ4PPUZv-FIhzcZiN0xSkP6eYOJDoHV19k1mMTxDlMsxn6jlMCDNC8RB8zAEhBhAoRAVJlu93JOGgfLfePVxGWxAvdxU/s1600/Virgilio-019.jpg" imageanchor="1" style="margin-left: 1em; margin-right: 1em; text-align: center;"><img border="0" height="640" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEguQwv_0Y2iizp3UZmMqUN5aPAKZywImvrfIv2GqdjknIXYZpxTOZ4PPUZv-FIhzcZiN0xSkP6eYOJDoHV19k1mMTxDlMsxn6jlMCDNC8RB8zAEhBhAoRAVJlu93JOGgfLfePVxGWxAvdxU/s640/Virgilio-019.jpg" width="426" /></a></div><br /><br /><br />Camarões abertos longitudinalmente com <i>aji</i>, caldo de camarão<br /><br /><div class="separator" style="clear: both; text-align: center;"><a href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEhNrTNdukjysSWXhYDhTFdnLL65zfS5aP24E_Eu0NG3GBqupyEZTJcop0f5H04L3h5c8mFdTkDq3OuSAGPFkOZnva8RYOmrOhlyLmn1NAR9C2u86P5imW1y5Hrf8rZIWVW6iJ-8xvfmuz5b/s1600/Virgilio-020.jpg" imageanchor="1" style="margin-left: 1em; margin-right: 1em;"><img border="0" height="426" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEhNrTNdukjysSWXhYDhTFdnLL65zfS5aP24E_Eu0NG3GBqupyEZTJcop0f5H04L3h5c8mFdTkDq3OuSAGPFkOZnva8RYOmrOhlyLmn1NAR9C2u86P5imW1y5Hrf8rZIWVW6iJ-8xvfmuz5b/s640/Virgilio-020.jpg" width="640" /></a></div><div class="separator" style="clear: both; text-align: center;"><br /></div><a href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEgxgdQbSiCqUec-K5x9kpYTtXVdzglDBQYOsFq3eo5M3ToBxVvoy0Jx8KCBZl8U1pv6nnqBrCmg_boGDxqPyDbq2BDKCOflzF6hoIo5K9lPswXeyUJbVxldJyBbbYWur3pGHf633_Hrf-Rp/s1600/Virgilio-016.jpg" imageanchor="1" style="margin-left: 1em; margin-right: 1em; text-align: center;"><img border="0" height="426" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEgxgdQbSiCqUec-K5x9kpYTtXVdzglDBQYOsFq3eo5M3ToBxVvoy0Jx8KCBZl8U1pv6nnqBrCmg_boGDxqPyDbq2BDKCOflzF6hoIo5K9lPswXeyUJbVxldJyBbbYWur3pGHf633_Hrf-Rp/s640/Virgilio-016.jpg" width="640" /></a><br /><br /><div class="separator" style="clear: both; text-align: center;"><a href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEg_bOW6mQToBNHPxL4bQ1Kmm3w1cFojkjJEF-62urXBKNRJUZ8A3aX40oWkJad-wP6aOzxh45FaDJ52_QahRwgzNI95KFSgANJU8I4hNdbRjMh3JkA1Caes3uG1HWkufk7NSfPnlojJ26jv/s1600/Virgilio-018.jpg" imageanchor="1" style="margin-left: 1em; margin-right: 1em;"><img border="0" height="426" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEg_bOW6mQToBNHPxL4bQ1Kmm3w1cFojkjJEF-62urXBKNRJUZ8A3aX40oWkJad-wP6aOzxh45FaDJ52_QahRwgzNI95KFSgANJU8I4hNdbRjMh3JkA1Caes3uG1HWkufk7NSfPnlojJ26jv/s640/Virgilio-018.jpg" width="640" /></a></div><br /><div class="separator" style="clear: both; text-align: center;"><br /></div><a href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEih6vTxn_ras5gDz0lafIBIT7Lo1s44B06W24crEVYXhaMWheSAG7DOYWTqPdKliUbRt8R8N-6qEanU2FR4adhygK9__7-6SizPk1bwnzOIOhcINblfsYK4epcPn1fgNICVAdATB9Zz96ZE/s1600/Virgilio-009.jpg" imageanchor="1" style="margin-left: 1em; margin-right: 1em; text-align: center;"><img border="0" height="426" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEih6vTxn_ras5gDz0lafIBIT7Lo1s44B06W24crEVYXhaMWheSAG7DOYWTqPdKliUbRt8R8N-6qEanU2FR4adhygK9__7-6SizPk1bwnzOIOhcINblfsYK4epcPn1fgNICVAdATB9Zz96ZE/s640/Virgilio-009.jpg" width="640" /></a><br /><br /><a href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEiJNZmVCpOL9wxbPtzG17-8fcJ1qsKHqaad_HGQ06ldXXZWit5XOSxb_wGYOmEa0a4c0_0M5rY_ITanI3f6ADlOXt23z7XSqoFmf_HWwMqIah1U2LwZWjBS2nvFj5rluJraTJiNgBLrio8r/s1600/Virgilio-017.jpg" imageanchor="1" style="margin-left: 1em; margin-right: 1em; text-align: center;"><img border="0" height="426" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEiJNZmVCpOL9wxbPtzG17-8fcJ1qsKHqaad_HGQ06ldXXZWit5XOSxb_wGYOmEa0a4c0_0M5rY_ITanI3f6ADlOXt23z7XSqoFmf_HWwMqIah1U2LwZWjBS2nvFj5rluJraTJiNgBLrio8r/s640/Virgilio-017.jpg" width="640" /></a><br /><br /><br />Para os mais curiosos, aqui fica um video de uma master class de Virgilio Martinez realizada no mês anterior ao da sua presença em Lisboa no "Melbourne Food and Wine Festival": <br /><br /><div style="text-align: center;"><iframe allowfullscreen="" frameborder="0" height="360" src="http://www.youtube.com/embed/6OjQ18ZuUDE" width="480"></iframe><br /><br /><div style="text-align: justify;"><span style="background-color: white;"><span style="font-family: inherit;">Terminando, referência para a sua iniciativa mais recente - <a href="http://www.blogger.com/"><span style="color: #660000;"><b><i><span id="goog_31715990"></span>mater iniciativa</i></b></span><span id="goog_31715991"></span></a> -, um projecto que visa a partilha de informação</span></span><span style="background-color: white;">, a partir de uma perspectiva multidisciplinar, sobre </span><span style="background-color: white; font-family: inherit;">os produtos peruanos. Produtos mas também os produtores, a sua cultura e os seus conhecimentos, a serem descobertos pelo mundo.</span></div><div style="text-align: justify;"><span style="background-color: white; font-family: inherit;"><br /></span></div><div style="text-align: justify;"><span style="background-color: white; font-family: inherit;">Que o mundo os descubre e, principalmente, adapte a sua visão de equilíbrio.</span></div></div></div>Pedro Cruz Gomeshttp://www.blogger.com/profile/16477006053175370211noreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-3687787031186879285.post-27560380938714873792013-06-12T12:36:00.000-07:002013-08-16T20:07:10.461-07:00As ruínas da Gastronomia Nacional<div style="text-align: justify;"><div class="separator" style="clear: both; text-align: center;"><a href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEjb2dZeH3Lx-eoMLWAihW_qoDSMlJ9syxk9rRMVRIeNfRX6AZagmFI30KRQmdIhknwAFKGf8UCHLWltPz_UvpndC5K9cDKJ1yBbrtYW7facnP3WqBTIFPVVuVXZ0dmKQsrpM-EIGkD5mHqf/s1600/Amolador+aa+Arnaldo+Madureira+Arq+Fotog+Munic.jpg" imageanchor="1" style="margin-left: 1em; margin-right: 1em;"><img border="0" height="459" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEjb2dZeH3Lx-eoMLWAihW_qoDSMlJ9syxk9rRMVRIeNfRX6AZagmFI30KRQmdIhknwAFKGf8UCHLWltPz_UvpndC5K9cDKJ1yBbrtYW7facnP3WqBTIFPVVuVXZ0dmKQsrpM-EIGkD5mHqf/s640/Amolador+aa+Arnaldo+Madureira+Arq+Fotog+Munic.jpg" width="640" /></a></div><br />Em Portugal - sabe-se - quando não se quer resolver nada, nomeia-se uma Comissão.<br /><br />Quando a vergonha pública é alguma, os gritos da plebe sobem a níveis consistentes com a indignação ou é preciso garantir boa imagem, próximas que estão algumas eleições, investe-se no patamar superior da Comissão - a CLASSIFICAÇÃO.<br /><br /><br /><br />A CLASSIFICAÇÃO é um regalo para todos: toma tons oficiais com a publicação em Diário da República, permite candidaturas a concursos europeus ou a páginas de guias, aquece discursos e agita bandeiras.<br /><br />Tem o ligeiro e sempre desvalorizado problema de exigir muito dinheiro para a sua manutenção - dirão os mais avisados que o seu propósito seria exactamente esse - disponibilizar verbas antes negadas - dirão os mais cínicos que esse é o seu não propósito - ocultar que as verbas antes negadas o continuarão a ser.<br /><br />Em <b>2000</b>, algumas almas bondosas e verdadeiramente empenhadas conseguiram que o PODER (outra entidade há muito possuidora de uma CLASSIFICAÇÃO) dedicasse alguns minutos (<span style="font-size: xx-small;">alguns minutos só, já que a montanha pariu um rato</span>) à magna questão da gastronomia tradicional portuguesa. Fizeram-no com um empenho tão convincente que a dita passou por direito próprio a A GASTRONOMIA TRADICIONAL PORTUGUESA.<br /><br /><div class="separator" style="clear: both; text-align: center;"><a href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEikKlJPg11ffKBhlDv19kHTJqrsi-VimFAiXakp3EJm1BqKa_loLwztwtRsKm3Z3aiP-gAVQuA2T-hqc9SLdJtb71zGsAobvtKm9Oq5483KH6MD6aghj33w20Ewq8vN5THckFOS2P2Nl8gv/s1600/sopa+saloia.jpg" imageanchor="1" style="margin-left: 1em; margin-right: 1em;"><img border="0" height="426" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEikKlJPg11ffKBhlDv19kHTJqrsi-VimFAiXakp3EJm1BqKa_loLwztwtRsKm3Z3aiP-gAVQuA2T-hqc9SLdJtb71zGsAobvtKm9Oq5483KH6MD6aghj33w20Ewq8vN5THckFOS2P2Nl8gv/s640/sopa+saloia.jpg" width="640" /></a></div><br />Foram dias de festa.<br /><br />De confiança no futuro.<br /><br />Lia-se a Resolução do Conselho de Ministros 96/2000 de 26 de Julho e exultava-se com os objectivos: <i><b>intensificar as medidas de preservação, valorização e divulgação da Gastronomia Nacional, como bem integrante do Património Cultural Português</b></i>. Assim. Em itálico e negrito e tão oficializado que fazia rebentar o dilatado ventre de nacionalista orgulho.<br /><br />Aquela GASTRONOMIA NACIONAL, tão perfeitamente definida, tão o <i>receituário tradicional português, assente, designadamente, em matérias-primas de fauna e flora utilizadas ao nível nacional, regional ou local, bem como em produtos agro-alimentares produzidos em Portugal e que, pelas suas características próprias, revele interesse do ponto de vista histórico, etnográfico, social ou técnico, evidenciando valores de memória, antiguidade, singularidade ou exemplaridade</i>!<br /><br />E no ano seguinte, ainda se olhava com deleite para a criança, via a luz a Resolução do Conselho de Ministros nº 169/2001 de 19 de Dezembro que criava a <i><b>Comissão Nacional de Gastronomia</b></i>!<br /><br /><div class="separator" style="clear: both; text-align: center;"><a href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEhid7_WoXJT9R6IqyDpUk_VIA6iAQhdzoLO_tS38L6bTZLCJWJQolE4DD6_vZYBBI_rf7IKLh3PeANdOR2eFe_MrkzYuzNm7esckFMy98DdAnlCJwvOmAW_QeLV6kARfKBJ8GJiT-neXN20/s1600/Vencidos_da_Vida.jpg" imageanchor="1" style="margin-left: 1em; margin-right: 1em;"><img border="0" height="353" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEhid7_WoXJT9R6IqyDpUk_VIA6iAQhdzoLO_tS38L6bTZLCJWJQolE4DD6_vZYBBI_rf7IKLh3PeANdOR2eFe_MrkzYuzNm7esckFMy98DdAnlCJwvOmAW_QeLV6kARfKBJ8GJiT-neXN20/s640/Vencidos_da_Vida.jpg" width="640" /></a></div><br />Mau.<br /><br /><span style="font-size: large;">Mau.</span><br /><br /><span style="font-size: x-large;">Mau.</span><br /><br />Uma COMISSÃO.<br /><br />Ainda hoje se esperam pelas conclusões da mesma.</div>Pedro Cruz Gomeshttp://www.blogger.com/profile/16477006053175370211noreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-3687787031186879285.post-88440261156529938032013-05-16T17:40:00.000-07:002013-08-16T20:07:10.548-07:00Contas, contas e mais contas<div style="text-align: justify;"><div class="separator" style="clear: both; text-align: center;"><a href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEgUhy_lLanXHgYvwtlqbZDUubCs6cN-0N7cDV9gw5sR3zVaVdpfhGGoe2szEGz-UH-syxXr-WVZTvf428SJtRGQT7ppgLQvZP8hGyE4eRF3KHCgTkvAFw1NK5DyIJ_8BxI1bnMZnxIYblNC/s1600/Lisboa-Restaurant-Week.jpg" imageanchor="1" style="margin-left: 1em; margin-right: 1em;"><img border="0" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEgUhy_lLanXHgYvwtlqbZDUubCs6cN-0N7cDV9gw5sR3zVaVdpfhGGoe2szEGz-UH-syxXr-WVZTvf428SJtRGQT7ppgLQvZP8hGyE4eRF3KHCgTkvAFw1NK5DyIJ_8BxI1bnMZnxIYblNC/s1600/Lisboa-Restaurant-Week.jpg" /></a></div><br />Até ao próximo dia 26 decorre mais uma edição Lisboa Restaurant Week. Por 20 euros, têm os cidadãos com apetite gourmet a oportunidade de degustar um menu completo - entrada, prato principal e sobremesa - em alguns dos mais mediatizados restaurantes da capital.<br /><br />Dos 20 euros,<br /><ul><li>1 euro será para uma causa social,</li><li>4,60 euros serão para a causa pública (IVA),</li><li>0,40 euros serão para a causa bancária (média estimada das comissões cobradas nos diversos cartões de débito e crédito).</li></ul><div>Diz a teoria (um bocadinho empírica) que, por razões de sanidade económica do restaurante, o preço de custo de uma refeição deverá situar-se nas cercanias dos 25% do preço de venda. O que implica que o preço de custo teórico dos menus servidos no âmbito desta acção deveria ser ... 3,50 euros.</div><div><br /></div><div>No caso dos grandes nomes que integram a lista, isto significará uma de três coisas: ou têm prejuízo com o evento, ou apresentam um produto abaixo dos seus padrões ou realizam o milagre da multiplicação do valor a pagar - considerando como extra e aos preços normais, couvert, café e o que mais se inventar, não esquecendo as margens habituais nos vinhos -, transformando uma refeição de (19+1) € numa de (19+1+15) euros.</div><div><br /></div><div>Qualquer que seja a opção ficará sempre alguém a perder. E por mais que não pareça, eu acho que será sempre o restaurante.</div></div>Pedro Cruz Gomeshttp://www.blogger.com/profile/16477006053175370211noreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-3687787031186879285.post-37598897667362073002013-05-07T07:23:00.000-07:002013-08-16T20:07:10.592-07:00On assignment - BNP<div class="separator" style="clear: both; text-align: center;"><a href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEg6hdhNGVAZg0KuyrH8PwnYYeFQ4qoLkyp58zSO0XMod2BQycIGm0S2XGfVG-i9FAfrV9DuiZ1fNCkmq7_dNa0J-2RdqoYkKgUjJ3_buWBOZosHe4fpvwfLrEI5kSvrcv9x2JAT24RUnFzQ/s640/blogger-image-183026363.jpg" imageanchor="1" style="margin-left: 1em; margin-right: 1em; text-align: center;"><img border="0" height="640" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEg6hdhNGVAZg0KuyrH8PwnYYeFQ4qoLkyp58zSO0XMod2BQycIGm0S2XGfVG-i9FAfrV9DuiZ1fNCkmq7_dNa0J-2RdqoYkKgUjJ3_buWBOZosHe4fpvwfLrEI5kSvrcv9x2JAT24RUnFzQ/s640/blogger-image-183026363.jpg" width="480" /></a></div><br /><br />Gosto muito deste espaço - do tempo que cristalizou como seu e oferece aos frequentadores, do cheiro dos livros, da textura da napa e das madeiras.<br /><br />Depois de anos de egoísmo saloio, voltou a ser um local de celebração da leitura. De partilha. De descoberta e aprendizagem.<br /><br />Vou voltar aos bolos. <br /><div class="separator" style="clear: both; text-align: center;"><br /></div><div class="separator" style="clear: both; text-align: center;"><a href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEhLS3ge2fqZNX8gQ0wm3tvZoWbrb4U-vWxKDQK7Z7jpTwiKnqIl5giZ2gp4fU0TUHtI4v0_bC_BSnt0yaJd-bLI7MF7uOnyaNmHKOxVYN_pghJbyOTVyEkLwMTc7v5iLD-32NcIp-Gkqb_y/s640/blogger-image--1610154219.jpg" imageanchor="1" style="margin-left: 1em; margin-right: 1em;"><img border="0" height="640" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEhLS3ge2fqZNX8gQ0wm3tvZoWbrb4U-vWxKDQK7Z7jpTwiKnqIl5giZ2gp4fU0TUHtI4v0_bC_BSnt0yaJd-bLI7MF7uOnyaNmHKOxVYN_pghJbyOTVyEkLwMTc7v5iLD-32NcIp-Gkqb_y/s640/blogger-image--1610154219.jpg" width="480" /></a></div><br /><div class="separator" style="clear: both; text-align: center;"><a href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEg8kQ89iBms8uL0B-mR-m6CHdLd3fygvo2JG5GYWuVum_qI1MweynS00rp6y5W_B8SztFl-Lp7-4fbirt4TK4zyz7S4jbQOFVPc4uKRGKpq9o-GFtdZNWFMppLkghe_3I5tjDdvdQ_Xfj9x/s640/blogger-image-1734484982.jpg" imageanchor="1" style="margin-left: 1em; margin-right: 1em;"><img border="0" height="640" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEg8kQ89iBms8uL0B-mR-m6CHdLd3fygvo2JG5GYWuVum_qI1MweynS00rp6y5W_B8SztFl-Lp7-4fbirt4TK4zyz7S4jbQOFVPc4uKRGKpq9o-GFtdZNWFMppLkghe_3I5tjDdvdQ_Xfj9x/s640/blogger-image-1734484982.jpg" width="480" /></a></div><br /><div class="separator" style="clear: both; text-align: center;"><a href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEj8jEUqm8xEjfUM-tsWe0UkES1sfuYBXav18bRKtRCwNzuXhCrjXGDpJisOowuPQms6Ilv26T0OdawgSnUWMVkkeQurH6rtwlEsfvWTJFesqFK4oCotB1IFFaN5o-xvlarb9sc5c0HgVDlk/s640/blogger-image--56429990.jpg" imageanchor="1" style="margin-left: 1em; margin-right: 1em;"><img border="0" height="640" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEj8jEUqm8xEjfUM-tsWe0UkES1sfuYBXav18bRKtRCwNzuXhCrjXGDpJisOowuPQms6Ilv26T0OdawgSnUWMVkkeQurH6rtwlEsfvWTJFesqFK4oCotB1IFFaN5o-xvlarb9sc5c0HgVDlk/s640/blogger-image--56429990.jpg" width="480" /></a></div><br /><div class="separator" style="clear: both; text-align: center;"><a href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEjhV1izKXAqHU-yJassZYqPQDjfle05-8QY4lq_ZPdfrQA7szGuEOB0fUVyl4GrHb0d3yYD9smeqiaxEoOI7Ig4a9nOcL0vy7OuXhwASl40r630nPptsPwUYqBpKpr062rHStaqSLRz_Jfk/s640/blogger-image-828728145.jpg" imageanchor="1" style="margin-left: 1em; margin-right: 1em;"><img border="0" height="640" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEjhV1izKXAqHU-yJassZYqPQDjfle05-8QY4lq_ZPdfrQA7szGuEOB0fUVyl4GrHb0d3yYD9smeqiaxEoOI7Ig4a9nOcL0vy7OuXhwASl40r630nPptsPwUYqBpKpr062rHStaqSLRz_Jfk/s640/blogger-image-828728145.jpg" width="480" /></a></div>Pedro Cruz Gomeshttp://www.blogger.com/profile/16477006053175370211noreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-3687787031186879285.post-68719220337172248332013-05-04T07:42:00.000-07:002013-08-16T20:07:11.023-07:001º Concurso de Cozinha Nota a Nota: Laureados!"<i>Résultats du 1er concours de cuisine note à note</i><br /><i>jeudi 2 mai 2013 11:39</i><br /><br /><div class="separator" style="clear: both; text-align: center;"><a href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEigAsiqo9xzMoGcQTNfndt-EHZTmUsTsqzuHnOoDyJcVX0E75BGjsOq8cuFmJZjJYcJDXsD7FoZG6hebk91XvU3TrQGz2rV7HC6HJwP2QbaGGXGUVVTdi2AM-09nPGBQDSs-syLUhEfZXbi/s1600/this.jpg" imageanchor="1" style="margin-left: 1em; margin-right: 1em;"><img border="0" height="221" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEigAsiqo9xzMoGcQTNfndt-EHZTmUsTsqzuHnOoDyJcVX0E75BGjsOq8cuFmJZjJYcJDXsD7FoZG6hebk91XvU3TrQGz2rV7HC6HJwP2QbaGGXGUVVTdi2AM-09nPGBQDSs-syLUhEfZXbi/s640/this.jpg" width="640" /></a></div><br /><div style="text-align: justify;"><i>La finale du 1er concours de cuisine note à note, organisée par Hervé This, Yolanda Rigault et </i><i>Odile Renaudin, s'est déroulée le 26 avril dernier à l'AgroParisTech (Paris, Ve). Sur le principe de la </i><i>cuisine note à note qui se caractérise par un ensemble de composés purs qui mis ensemble </i><i>permettent de recréer la saveur de l'aliment, les lauréats français, irlandais et portugais devaient </i><i>utiliser un à plusieurs aliments et pour chacun d'eux avoir au moins deux parties de consistances </i><i>différentes : une dure et l'autre molle. Dans un premier temps, <u>Michel Nave MOF et second de </u></i><i><u>Pierre Gagnaire</u>, a travaillé sur l'isomalt, l'agar-agar, le limonène et la béta carotène pour produire </i><i>son Chick corea. Puis <u>François Gerbaud et Jean-Thomas Schneider, chefs des établissements </u></i><i><u>Louis François</u>, ont réalisé en direct des calissons à la pulpe de carotte. Et enfin le <u>docteur Roisin </u></i><i><u>Burke et Pauline Danaher de l'école d'art culinaire et de technologie alimentaire de Dublin </u>ont </i><i>présenté le travail de leurs étudiants soit le bubble n'Fizz. <u>Olivier Planty, cuisinier à Lyon</u>, a imaginé </i><i>une composition autour du café avec une sphère inverse de lait, une écume et une gelée cassante </i><i>d'agar-agar au café. <b> La <a href="http://neurogourmet.blogspot.pt/">scientifique Novais Santos</a> </b><span style="color: #660000;"><a href="http://www.lhotellerie-restauration.fr/journal/salon-concours-syndicat-association/2013-05/Resultats-du-1er-concours-de-cuisine-note-a-note.htm">et le photographe Pedro Cruz Gomez ont présenté leur version d'une griotte, au surprenant noyau, accompagnée de meringues infusées avec de la liqueur de café</a> </span><b>. </b><u>Marc Saillard, cuisinier à Paris</u> s'est inspiré de l'enfance avec sa cuillère craquante à croquer. Et <u>Yannick Eprinchard, cuisinier à Tours</u>, a joué avec la couleur en proposant </i><i>une mousse antocyane</i>."</div><div style="text-align: justify;"><br /></div><div style="text-align: justify;">in L'Hôtellerie-Restauration.fr</div><div style="text-align: justify;">Le journal des Restaurants Hôtels Cafés : actualité, emploi, fonds de commerce</div>Pedro Cruz Gomeshttp://www.blogger.com/profile/16477006053175370211noreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-3687787031186879285.post-36906767998492229032013-05-02T00:27:00.000-07:002013-08-16T20:07:11.070-07:00Vale do Gaio, lugar de paz<div style="text-align: justify;">A Primavera - ainda que incipiente - permite desde já estas estratégias, estes hedonistas gestos, estas cedências à tentação.<br /><br /><div class="separator" style="clear: both; text-align: center;"><a href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEgihtAbekQAPAroIzkw5kseelunYcg38K21ZwEGotNx0S5N7WMnCGoHIYQusP_XdWLf05XZXWwuUGjkAz06ApArPgEtubsWxml0z622LJWg6vygvnZn-Gf9JIkIORMI3ua6rW3H7BhHCt5V/s640/blogger-image--1746194480.jpg" imageanchor="1" style="margin-left: 1em; margin-right: 1em; text-align: center;"><img border="0" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEgihtAbekQAPAroIzkw5kseelunYcg38K21ZwEGotNx0S5N7WMnCGoHIYQusP_XdWLf05XZXWwuUGjkAz06ApArPgEtubsWxml0z622LJWg6vygvnZn-Gf9JIkIORMI3ua6rW3H7BhHCt5V/s640/blogger-image--1746194480.jpg" /></a></div><br />Face ao espelho de água da barragem que decora a vista da pousada do Vale do Gaio, resta-nos descansar os sentidos nos rosados tons do anoitecer tardio, enquanto a mesa vai sendo aprontada, nas profusas almofadas e espreguiçadeiras do <i>deck</i> fronteiro. <br /><br /><div class="separator" style="clear: both; text-align: center;"><a href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEjmlh6p-QuRSBVblLHgTp330OFE8isiW5-BvO7fIIGOUbriCYtyXl0b0uR_GJ52pkAeKghM1XrNC1KxtenNAWgoeIX8Y8O_7ENuXMOw8rxeqnFRi1q3ZxHdxY073QCR8U60Uhwhk0hClOoc/s640/blogger-image--379557250.jpg" imageanchor="1" style="margin-left: 1em; margin-right: 1em; text-align: center;"><img border="0" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEjmlh6p-QuRSBVblLHgTp330OFE8isiW5-BvO7fIIGOUbriCYtyXl0b0uR_GJ52pkAeKghM1XrNC1KxtenNAWgoeIX8Y8O_7ENuXMOw8rxeqnFRi1q3ZxHdxY073QCR8U60Uhwhk0hClOoc/s640/blogger-image--379557250.jpg" /></a></div><br />A cozinha balanceia-se entre a tradição alentejana e o gosto de autor e está em sintonia com a envolvente: mima-nos, enleia-nos, gulosa-nos.<br /><br /><div class="separator" style="clear: both; text-align: center;"><a href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEhvYt7d6UosaXaU1Cx_-dVHLptW1C-vs1DUOKf0WRK31Kri7kGqpg-1t1Zn9BlmGmHj6zo_UBNAmJL7sG8Isjhz9cXrjH01PcWvaiX0wk4tVvb5rGQkUB0JkcQGfxo-57XQvRM2mG9O3Bjk/s640/blogger-image--2070634601.jpg" imageanchor="1" style="margin-left: 1em; margin-right: 1em; text-align: center;"><img border="0" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEhvYt7d6UosaXaU1Cx_-dVHLptW1C-vs1DUOKf0WRK31Kri7kGqpg-1t1Zn9BlmGmHj6zo_UBNAmJL7sG8Isjhz9cXrjH01PcWvaiX0wk4tVvb5rGQkUB0JkcQGfxo-57XQvRM2mG9O3Bjk/s640/blogger-image--2070634601.jpg" /></a></div><br />Finas fatias de cabeça de xara como intróito (alguém pode explicar a algumas cabeças moderninhas que fazer mais alguma coisa a este equilíbrio de preparação é estragar o trabalho de muitas horas de artífices empenhados e ajudar a enterrar a sua própria reputação?) de suavidade extrema, a pedir segunda volta, e uma terceira...<br /><br /><div class="separator" style="clear: both; text-align: center;"><a href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEiWY-iaQ0azolnLo-wjwslb-mMznegVngDB6qHuZVks5k4_pFF6bXuMYMwXHPpr5jRYekVVCdEi3-u7BFPaflWG4HYamAFhANEngvcyjVoM3VUqTqg3CqIlSTvrEBRqTE_MjQV89gN6vYPQ/s640/blogger-image-10204160.jpg" imageanchor="1" style="margin-left: 1em; margin-right: 1em; text-align: center;"><img border="0" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEiWY-iaQ0azolnLo-wjwslb-mMznegVngDB6qHuZVks5k4_pFF6bXuMYMwXHPpr5jRYekVVCdEi3-u7BFPaflWG4HYamAFhANEngvcyjVoM3VUqTqg3CqIlSTvrEBRqTE_MjQV89gN6vYPQ/s640/blogger-image-10204160.jpg" /></a></div><br />Pleurotos em alho e azeite, um sabor outonal para saudar o início da noite.<br /><br /><div class="separator" style="clear: both; text-align: center;"><a href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEge_EovBfrcXBdcV59YMVVMFCQ02NqUPkIb6IOF_kEEr03WHW9j5PsEQli_Ae-csI_2yQRcViodKKPXxrle0sklDssWdYpx2Cz9Wk0DW-fPNYcqRvuqRYFPIu1M2EhZ7-uN6xcj4cRuwArF/s640/blogger-image--863968838.jpg" imageanchor="1" style="margin-left: 1em; margin-right: 1em; text-align: center;"><img border="0" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEge_EovBfrcXBdcV59YMVVMFCQ02NqUPkIb6IOF_kEEr03WHW9j5PsEQli_Ae-csI_2yQRcViodKKPXxrle0sklDssWdYpx2Cz9Wk0DW-fPNYcqRvuqRYFPIu1M2EhZ7-uN6xcj4cRuwArF/s640/blogger-image--863968838.jpg" /></a></div><br />Almôndegas de choco com arroz manteiga , um prato inusitado mas com sabores muito domésticos, longínquas memórias de despreocupadas infâncias.<br /><br /><div class="separator" style="clear: both; text-align: center;"><a href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEi75tLgDiC28z1qj_eN-BbAADTQeOWxWJ1QymE9nXiOGIfPvifn96hlmxqjJd6cNoX4MlW5tVfJbNrERsX5IA8vbgm3J9dg1pFJEgCmNLwC49q3hmVOXYpwpEq4iCZ0w_NszRS3SEAKZR5y/s640/blogger-image-1447808807.jpg" imageanchor="1" style="margin-left: 1em; margin-right: 1em; text-align: center;"><img border="0" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEi75tLgDiC28z1qj_eN-BbAADTQeOWxWJ1QymE9nXiOGIfPvifn96hlmxqjJd6cNoX4MlW5tVfJbNrERsX5IA8vbgm3J9dg1pFJEgCmNLwC49q3hmVOXYpwpEq4iCZ0w_NszRS3SEAKZR5y/s640/blogger-image-1447808807.jpg" /></a></div><br />Bochechas de porco preto, guisadas em vinho tinto, com açorda de espargos, sabor concentrado do Alentejo<br /><br /><div class="separator" style="clear: both; text-align: center;"><a href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEh7GySD88cW6tC0SVo3lo-uzBSu3Uv5Dj99uM1eyxn7ugAg-M3UV4auWp-hnV5OSqRS9bfm26YaKIP0clDFRY5VM1ktzed_NCZeDyWsjTe3cSj52cOSfiaZn3i12CRoc1Qrc47DXuja32vH/s640/blogger-image--231952983.jpg" imageanchor="1" style="margin-left: 1em; margin-right: 1em;"><img border="0" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEh7GySD88cW6tC0SVo3lo-uzBSu3Uv5Dj99uM1eyxn7ugAg-M3UV4auWp-hnV5OSqRS9bfm26YaKIP0clDFRY5VM1ktzed_NCZeDyWsjTe3cSj52cOSfiaZn3i12CRoc1Qrc47DXuja32vH/s640/blogger-image--231952983.jpg" /></a></div><br />Uma bela sessão.<br /><br />Vale do Gaio Hotel<br />Barragem Trigo de Morais, Torrão - Alcacér do Sal - 7595-034 Portugal -<br />Tel. +351 265 669 610 - http://www.valedogaio.com<br /><br /></div>Pedro Cruz Gomeshttp://www.blogger.com/profile/16477006053175370211noreply@blogger.com2tag:blogger.com,1999:blog-3687787031186879285.post-18127072657440978312013-04-27T12:29:00.000-07:002013-08-16T20:07:11.331-07:00Cozinha Nota a Nota<div style="text-align: justify;">(<i>em simultâneo, parceria e emotividade com a <a href="http://neurogourmet.blogspot.pt/"><span style="color: #660000;">Neurogoumet</span></a></i>)<br /><br /><div class="separator" style="clear: both; text-align: center;"><a href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEgKrltCqw2y1LtIe1QVfjifAu4Yy8tBMhJSrOVUYZgAR2nRYTKXfoSqLCj3wBhEX2UjJBemKO-aJrL7fiJk9D3ASjw6SGPDFZcpmab1NBCLliXC4e4wUyNG_lrOW5_Zi2vadcu_sQGQnSsN/s1600/Power-point-sopa-2.jpg" imageanchor="1" style="margin-left: 1em; margin-right: 1em;"><img border="0" height="452" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEgKrltCqw2y1LtIe1QVfjifAu4Yy8tBMhJSrOVUYZgAR2nRYTKXfoSqLCj3wBhEX2UjJBemKO-aJrL7fiJk9D3ASjw6SGPDFZcpmab1NBCLliXC4e4wUyNG_lrOW5_Zi2vadcu_sQGQnSsN/s640/Power-point-sopa-2.jpg" width="640" /></a></div><br /><br />A Gastronomia molecular, o "estudo dos mecanismos dos fenómenos que ocorrem durante a preparação e consumo dos cozinhados", é uma disciplina científica iniciada, no final dos anos oitenta, pelo químico francês Hervé This e pelo físico húngaro (estabelecido em Inglaterra) Nicholas Kurti (falecido em 98).<br /><br />Actualmente, foca-se em quatro vectores - a exploração científica das "definições culinárias", a recolha e teste de nova informação técnica; a exploração científica do aspecto artístico da cozinha; a exploração científica do aspecto social da cozinha - definidos por This em 2004.<br /><br />Uma das aplicações da disciplina foi a agora mundialmente reconhecida "cozinha molecular", cuja definição, ainda segundo This, é "produzir comida (isto é, cozinhar) usando ferramentas, ingredientes ou métodos "novos"" - entenda-se como "novo" o que antes não era utilizado nas cozinhas ocidentais nos anos 80, como o alginato e o cálcio (para as esferificações, esferas sólidas com interior líquido), o azoto líquido (para os sorvetes), os hidrocolóides como o agar (para novos tipos de geis, comuns nas cozinhas orientais); os sifões (para fazer espumas), o rotovap (para essências de todos os tipos) ou outros equipamentos usuais nos laboratórios de química<br /><br />Pouco dado a estacionamentos temporais muito prolongados, This evoluiu. E perante o número de compostos identificados e isolados de cada alimento que se ia avolumando na sua base de dados, o que começou por ser uma tentativa de melhorar alimentos e pratos, ganhou peso e transformou-se numa ideia que se consubstanciou num conceito: o da COZINHA NOTA A NOTA.<br /><br />Porque não evoluir os gostos e as texturas a partir de todo um novo léxico de elementos? Deixar de parte os alimentos tradicionais e compor a partir dos seus componentes, criar novas experiências sensoriais num mundo saturado de variações da mesma origem, despertar novos mundos e novos olhares...<br /><br />Com a colaboração entusiasmada do grande <a href="http://www.pierre-gagnaire.com/"><span style="color: #660000;">Pierre Gagnaire</span></a>, os primeiros pratos foram criados e a Cozinha Nota a Nota vem fazendo o seu percurso.<br /><br />No princípio deste ano, decidiram Hervé This, o site <a href="http://sciencesetgastronomie.com/"><span style="color: #660000;">sciencesetgastronomie.com</span></a> e o <i>Institut des Sciences et Industries du Vivant et de L'Environnement</i> (<a href="http://www.agroparistech.fr/Un-concours-de-cuisine-note-a-note.html"><span style="color: #660000;">AgroParisTech</span></a>) organizar o primeiro Concurso de Cozinha Nota a Nota, aberto a todos, profissionais ou amadores. A apresentar pelos concorrentes uma a três preparações alimentares, cada uma composta por duas ou mais partes de consistências diferentes, uma dura (crocante, quebradiça) e uma mole, em que cada parte deveria ser constituída por uma micro-estrutura heterogénea, feita de fase diferentes e de consistências diferentes.<br /><br />Sendo o risco o que dá sabor à vida e a inconsciência a melhor maneira de enfrentar os riscos, decidiram estes <i>yours truly</i> <i>Gastroboy</i> e <i>Neurogirlygourmet. </i>- com a precisa, preciosa, prestimosa <a href="http://www.fct.unl.pt/candidato/mestrados/mestrado-em-ciencias-gastronomicas">orientação</a> da nossa <a href="http://umaquimicairresistivel.blogspot.pt/">Irresistível Química</a> Paulina Mata, PhD - <i>... </i>concorrer:<br /><i><br /></i> O tópico de partida foi o seguinte: construir o futuro partindo de conceitos tipicamente portugueses. Cheiros, sons, imagens, memórias...<br /><br />Declaradamente não os mais subtis, antes os mais identificáveis, aliando-os à criatividade portuguesa mais internacionalizada: o mar e Pessoa, as cores e Eduardo Viana, as texturas e Joana Vasconcelos, a <i>féerie</i> e Paula Rego, as geometrias e Siza Vieira.<br /><br /><div class="separator" style="clear: both; text-align: center;"><a href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEgX8vBvY2-GanQZ0mPQW0TyP_swm9P4T50g2lcepId1p8QL3XX7yGii5IZ7Ic5nQv2FbnNK3Qc9mus8SaznR02zgwLsA3KmeaAr64o3BxF5dqZMjewlVmeuJW5m7oOrqnEUCronrxc_duyW/s1600/apresentacao.jpg" imageanchor="1" style="margin-left: 1em; margin-right: 1em;"><img border="0" height="456" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEgX8vBvY2-GanQZ0mPQW0TyP_swm9P4T50g2lcepId1p8QL3XX7yGii5IZ7Ic5nQv2FbnNK3Qc9mus8SaznR02zgwLsA3KmeaAr64o3BxF5dqZMjewlVmeuJW5m7oOrqnEUCronrxc_duyW/s640/apresentacao.jpg" width="640" /></a></div><br />Duas preparações foram assim idealizadas: uma sopa e uma sobremesa.<br /><br />A sopa: a areia à beira-mar, conchas, algas, a espuma da rebentação e uma onda que tudo leva.<br /><br /><div class="separator" style="clear: both; text-align: center;"><a href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEhXi6BQYdJM94lIlkgBWt-fTkfCm6NbW7gENCiv8fKRg8gMnal58WoV_rFXwFjxNLby7e8CkFqVcrxEIHLpZutIbnndkM6XEvQkqSHs2aNaEIKhUtD34P51Cz9-dh4Az6PAFjTIen_wnfnx/s1600/IMG_9012.jpg" imageanchor="1" style="margin-left: 1em; margin-right: 1em; text-align: center;"><img border="0" height="640" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEhXi6BQYdJM94lIlkgBWt-fTkfCm6NbW7gENCiv8fKRg8gMnal58WoV_rFXwFjxNLby7e8CkFqVcrxEIHLpZutIbnndkM6XEvQkqSHs2aNaEIKhUtD34P51Cz9-dh4Az6PAFjTIen_wnfnx/s640/IMG_9012.jpg" width="426" /></a></div><br /><div class="separator" style="clear: both; text-align: center;"><br /></div><a href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEjq8-mC_vkVJH4eWb_JV-7gb9aEDjFg6sY86qU_l57iDAwLMTIdEzPs9yeMT_Vx24BcAfRd1FVxs-wWEeipqxK8cGdk_PJNPZrtOWKhYOf6HRRpw7-lvt5heuDoma3Xv7aXiFW-FrbfWvlA/s1600/IMG_8874.jpg" imageanchor="1" style="margin-left: 1em; margin-right: 1em; text-align: center;"><img border="0" height="426" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEjq8-mC_vkVJH4eWb_JV-7gb9aEDjFg6sY86qU_l57iDAwLMTIdEzPs9yeMT_Vx24BcAfRd1FVxs-wWEeipqxK8cGdk_PJNPZrtOWKhYOf6HRRpw7-lvt5heuDoma3Xv7aXiFW-FrbfWvlA/s640/IMG_8874.jpg" width="640" /></a><br /><br />Uma sopa de frutos de mar, escondida numa concha, algas-esferificações de essência de coentro, areia de óleo de camarão, uma crocante hóstia em forma de coração.<br /><br /><a href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEiyDbizonXF3XBKLX-L_C6UV06WaP4nzc21VwelwimVRHZLIbx97ZwVYHqDCshyCh23ZmR-yVp4tL9mqf-Teox3BU0_gas5I_H3l28BJK9PPXCI_kSKnrpwMMRbeVzuA7EjS9sUsfu3tFSE/s1600/IMG_8871.jpg" imageanchor="1" style="margin-left: 1em; margin-right: 1em; text-align: center;"><img border="0" height="426" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEiyDbizonXF3XBKLX-L_C6UV06WaP4nzc21VwelwimVRHZLIbx97ZwVYHqDCshyCh23ZmR-yVp4tL9mqf-Teox3BU0_gas5I_H3l28BJK9PPXCI_kSKnrpwMMRbeVzuA7EjS9sUsfu3tFSE/s640/IMG_8871.jpg" width="640" /></a><br /><br /><a href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEhnZ3NeCg0t0zF6y4fPoDwaor40l9OPxuYWl_WunM42z2QPzhqT9jTlgKYK8RbE3xuWJHiGSiXpZEW_1fmhxla8RpK7BeukShgRyXM1aphNSikpRBpeS88cVwdAALkZjda1Q3fblsc7x8p9/s1600/IMG_8879.jpg" imageanchor="1" style="margin-left: 1em; margin-right: 1em; text-align: center;"><img border="0" height="426" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEhnZ3NeCg0t0zF6y4fPoDwaor40l9OPxuYWl_WunM42z2QPzhqT9jTlgKYK8RbE3xuWJHiGSiXpZEW_1fmhxla8RpK7BeukShgRyXM1aphNSikpRBpeS88cVwdAALkZjda1Q3fblsc7x8p9/s640/IMG_8879.jpg" width="640" /></a><br /><br /><div class="separator" style="clear: both; text-align: center;"></div><div class="separator" style="clear: both; text-align: center;"><a href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEjbkWKvd8qkho0h6VkJ-96JPFQiD4oe0tYOfHhhDz2f2SFfoyUWnBAFk3FHV2JqizF-6I_EQG-DOEQdYd_xLX6xehekmQj7h67txbO6rnAebFFR4FJXyTEZhsqIjovOZ57qE1UbT0NuT__D/s1600/IMG_8888.jpg" imageanchor="1" style="margin-left: 1em; margin-right: 1em;"><img border="0" height="640" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEjbkWKvd8qkho0h6VkJ-96JPFQiD4oe0tYOfHhhDz2f2SFfoyUWnBAFk3FHV2JqizF-6I_EQG-DOEQdYd_xLX6xehekmQj7h67txbO6rnAebFFR4FJXyTEZhsqIjovOZ57qE1UbT0NuT__D/s640/IMG_8888.jpg" width="426" /></a></div><br /><div class="separator" style="clear: both; text-align: center;"><a href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEgShfVgM8o0kgfGIA-oo8xSowGpgO9QdFyaalkOqAP9SY4qHG3z6qN7PbmUsfYpcV8NIEXHkVtneD_v0UV0rxaG1YnUQfHMIF8yujAw9h6xNqxO0BLlNVTseIlmndiqIWQDubSU0kuOjEMg/s1600/000Sopa-2.jpg" imageanchor="1" style="margin-left: 1em; margin-right: 1em;"><img border="0" height="640" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEgShfVgM8o0kgfGIA-oo8xSowGpgO9QdFyaalkOqAP9SY4qHG3z6qN7PbmUsfYpcV8NIEXHkVtneD_v0UV0rxaG1YnUQfHMIF8yujAw9h6xNqxO0BLlNVTseIlmndiqIWQDubSU0kuOjEMg/s640/000Sopa-2.jpg" width="426" /></a></div><div class="separator" style="clear: both; text-align: center;"><a href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEg3eyuB34ikw3pOzSedLX8Io7KNHFOdMKNnPh2BycyHxOx8X93kB2CkcRCpXKY1_LRtVVnQUNXEgBA7KRSpbDqvbY4UsFEvJbM322PjS7R4KGgl7D5-na8XVBjnMJVLUmGEc_mFdTEmRq0W/s1600/IMG_9010.jpg" imageanchor="1" style="margin-left: 1em; margin-right: 1em; text-align: center;"><img border="0" height="640" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEg3eyuB34ikw3pOzSedLX8Io7KNHFOdMKNnPh2BycyHxOx8X93kB2CkcRCpXKY1_LRtVVnQUNXEgBA7KRSpbDqvbY4UsFEvJbM322PjS7R4KGgl7D5-na8XVBjnMJVLUmGEc_mFdTEmRq0W/s640/IMG_9010.jpg" width="426" /></a></div><br /><br />A sobremesa: um mundo à volta da ginja, a quintessencial fruta de Lisboa e das paisagens do país em flor.<br /><br /><div class="separator" style="clear: both; text-align: center;"><a href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEjVvnuv6uTg8x_yDRsEqp3fiS2lv96Ls_7hc53ocyhne50MR_lgRdL2_jYFd2UzKbcTg9bldD1E57pAjQZBtsVnsGSIiCd8-oGYNtKBNhDMnP_UmQL-DpuZRnH3PHP8rzVqVgVSat0gfeEE/s1600/Power-point-sopa-4.jpg" imageanchor="1" style="margin-left: 1em; margin-right: 1em;"><img border="0" height="450" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEjVvnuv6uTg8x_yDRsEqp3fiS2lv96Ls_7hc53ocyhne50MR_lgRdL2_jYFd2UzKbcTg9bldD1E57pAjQZBtsVnsGSIiCd8-oGYNtKBNhDMnP_UmQL-DpuZRnH3PHP8rzVqVgVSat0gfeEE/s640/Power-point-sopa-4.jpg" width="640" /></a></div><br />Uma ginja em géis diferenciados, caroço de manteiga de cacau e Peta Zetas, sobre um merengue sem ovo em cama de redução de extracto de ginjinha.<br /><br /><div class="separator" style="clear: both; text-align: center;"><a href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEjPKEfWvSwhsFpRj19QhPz_GIuQqOU116F6sSIk27UYCnHjK0-lQLx7_S_rE3ZW9hOyFiU29rf19PBV4i3BaqEvqqINj6JbseAREROmLfNgI08WRdcTeGajEp9xyboCqi7zzyzL_dABH2E1/s1600/IMG_8933.jpg" imageanchor="1" style="margin-left: 1em; margin-right: 1em; text-align: center;"><img border="0" height="640" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEjPKEfWvSwhsFpRj19QhPz_GIuQqOU116F6sSIk27UYCnHjK0-lQLx7_S_rE3ZW9hOyFiU29rf19PBV4i3BaqEvqqINj6JbseAREROmLfNgI08WRdcTeGajEp9xyboCqi7zzyzL_dABH2E1/s640/IMG_8933.jpg" width="426" /></a></div><div class="separator" style="clear: both; text-align: center;"><br /></div><div class="separator" style="clear: both; text-align: center;"><a href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEg7BZB8JRUxvDi0Nwey0DZi8xW_itlhwXWneUtt2RU8l2RssAX9ic3tfTWM1A2ivrihgnHrD7sX-gExgkDBsKliBn_azDPTF9rmHRyUhsbhqJjoNmL1tDUpXIrAZNHojxL6wgdZjMabQn8i/s1600/IMG_8878.jpg" imageanchor="1" style="margin-left: 1em; margin-right: 1em;"><img border="0" height="426" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEg7BZB8JRUxvDi0Nwey0DZi8xW_itlhwXWneUtt2RU8l2RssAX9ic3tfTWM1A2ivrihgnHrD7sX-gExgkDBsKliBn_azDPTF9rmHRyUhsbhqJjoNmL1tDUpXIrAZNHojxL6wgdZjMabQn8i/s640/IMG_8878.jpg" width="640" /></a></div><br /><div class="separator" style="clear: both; text-align: center;"><a href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEhJ9KKIVy07Nb2uEsVFodevp-OcoK3p0KB2qvG4D-nQdZ5VMxy8Kh-QHnKRVVPZWPQBIWQ2_XmPV52S_RzXusxc1zFO914WechpgNH_AbuTg-Mq4BwWa0xVVoGl-Tqp8KLA3GCpBlJbFrSe/s1600/IMG_8893.jpg" imageanchor="1" style="margin-left: 1em; margin-right: 1em;"><img border="0" height="640" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEhJ9KKIVy07Nb2uEsVFodevp-OcoK3p0KB2qvG4D-nQdZ5VMxy8Kh-QHnKRVVPZWPQBIWQ2_XmPV52S_RzXusxc1zFO914WechpgNH_AbuTg-Mq4BwWa0xVVoGl-Tqp8KLA3GCpBlJbFrSe/s640/IMG_8893.jpg" width="426" /></a></div><div class="separator" style="clear: both; text-align: center;"><br /></div>E assim vamos, nas asas do vento e do desejo...</div>Pedro Cruz Gomeshttp://www.blogger.com/profile/16477006053175370211noreply@blogger.com2tag:blogger.com,1999:blog-3687787031186879285.post-6697901743458176052013-04-25T16:41:00.000-07:002013-08-16T20:07:11.375-07:00Sovina!Há uma confrangedora paisagem de variedade na produção de cerveja em Portugal.<br /><br />Tirando as duas big majors que, ainda assim, se vão esforçando, desde há alguns anos, por diversificar a oferta, pouca produção independente se consegue encontrar.<br /><br />À venda na Taberna da Rua das Flores, temos esta "Sovina" de origem nortenha.<br /><br />Que bem que sabe. Duplamente. <br/><br/><div class="separator"style="clear: both; text-align: center;"><a href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEiUYhFDRgGE7iwhYTpXgLRFsIaYDk8aCIHRimHNmZLpZoYtNplRb0BxrGNGrRZ6BgowaqSwqUXKcW5eUjv79L8qHJZW_5SMS8Z4Ig2zWCW4BTIdc2VQxTsSrpY5-_gsOEnEsj0nYWrcwO8-/s640/blogger-image-1906496093.jpg" imageanchor="1" style="margin-left: 1em; margin-right: 1em;"><img border="0" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEiUYhFDRgGE7iwhYTpXgLRFsIaYDk8aCIHRimHNmZLpZoYtNplRb0BxrGNGrRZ6BgowaqSwqUXKcW5eUjv79L8qHJZW_5SMS8Z4Ig2zWCW4BTIdc2VQxTsSrpY5-_gsOEnEsj0nYWrcwO8-/s640/blogger-image-1906496093.jpg" /></a></div>Pedro Cruz Gomeshttp://www.blogger.com/profile/16477006053175370211noreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-3687787031186879285.post-54142343323057749702013-04-15T00:48:00.000-07:002013-08-16T20:07:11.419-07:00Um Peixe em jeito de conclusão<div style="text-align: justify;">Terminou a 6ª edição do Peixe em Lisboa que os deuses concedam país suficiente aos seus organizadores para continuarem o sucesso na 7ª edição.<br /><br />Em modo quase telegráfico, aqui ficam algumas impressões do muito que tive oportunidade de ver, ouvir e saborear:<br /><br /><b>Do espaço</b><br /><br />Da experiência no ex-pavilhão de Portugal não ficaram saudades tal este pátio acomoda bem quem visita e quem expõe. O efeito de estufa da cobertura plástica não chega a incomodar de bem contrariado que é pela instalação de ar condicionado, a área de restauração é aprazível, o auditório tem as condições possíveis mas suficientes para bem enquadrar os convidados.<br /><br /><a href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEhWikXT3JYjnzfuL_oTV5q056sCR6cHKZlobAbc78W11xS7lwipepVtmGMdAq6tF-CLAOOu0ob3tGf8M-sX4OxxcMzl02utWTZpEFHtAvgc0rtaUnPMxs5OYAhfdrePt5nxx2WWI7C8eSN0/s1600/IMG_9791.jpg" imageanchor="1" style="margin-left: 1em; margin-right: 1em; text-align: center;"><img border="0" height="426" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEhWikXT3JYjnzfuL_oTV5q056sCR6cHKZlobAbc78W11xS7lwipepVtmGMdAq6tF-CLAOOu0ob3tGf8M-sX4OxxcMzl02utWTZpEFHtAvgc0rtaUnPMxs5OYAhfdrePt5nxx2WWI7C8eSN0/s640/IMG_9791.jpg" width="640" /></a><br /><br />Única contrariedade - da qual a organização não tem responsabilidade - é o assalto aos bolsos de quem, por vir de longe, chega de carro e tem de usar os parques de estacionamento locais. A que se junta o oficial e propositadamente caótico trânsito da Baixa. Já é conhecido este diálogo de surdos entre a mão direita dos poderes públicos que incentivam e patrocinam eventos como este e a sua mão esquerda que teima em afastar muitos dos seus potenciais consumidores mas continua a espantar...<br /><br /><b>Dos expositores</b><br /><br />A crise é o que é ainda que o decréscimo nos produtores de vinho em exposição não tenha sido tão notório como no ano passado. Quanto aos restantes expositores, quase tudo caras e produtos conhecidos, o que não deslustra - antes pelo contrário: dos gelados da <a href="https://www.facebook.com/icegourmet"><span style="color: #660000;"><b>Ice Gourmet</b></span></a>, do chef Bertílio Gomes, aos produtos <b><span style="color: #660000;"><a href="http://www.justanobre.pt/produtos.html"><span style="color: #660000;">Origem</span></a>, </span></b>de Trás-os-Montes da chef Justa, do peixe fresco da <a href="https://www.facebook.com/acucena.veloso.5"><span style="color: #660000;"><b>Açucena Veloso</b></span></a> aos cogumelos secos da <a href="http://www.terrius.pt/conteudos.php?id=45"><b><span style="color: #660000;">Terrius</span></b></a>, das compotas do <a href="http://www.conventodoscardaes.com/-loja.html"><span style="color: #660000;"><b>Convento dos Cardaes</b></span></a> aos chocolates <a href="https://www.facebook.com/pages/SIOPA-Chocolatier/403830806297700"><span style="color: #660000;"><b>Siopa</b></span></a>, tudo são tentações a que se juntam os <i>gadjets</i> da <a href="http://www.cesar-castro.pt/"><span style="color: #660000;"><b>Cesar Gastro</b></span></a>, prestes a abrir uma loja em Lisboa.<br /><br /><b>Dos restaurantes</b><br /><br />Novidades e regressos. O <i>Assinatura</i> voltou, proporcionando aos visitantes que o não conhecem uma oportunidade de descobrir as boas propostas do chef Henrique Mouro (ainda que leite creme de ostra me tenha causado grandes reticências). O nóvel <i>Can the Can</i> marcou presença mas o pouco que experimentei não me deixou saudades. O chef Paulo Morais (e já lá vão três anos desde que no Peixe em Lisboa de então anunciou para breve a abertura do <i>Umai</i>!) demonstrou o quão segura a sua mão continua. <i>Ribamar</i>, <i>G-Spot</i>, <i>Avillez</i>, <i>Justa Nobre</i>, continuaram com sucesso a presença dos anos anteriores.<br /><br /><table align="center" cellpadding="0" cellspacing="0" class="tr-caption-container" style="margin-left: auto; margin-right: auto; text-align: center;"><tbody><tr><td style="text-align: center;"><a href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEiFvrcuYdDAlHiJrndxeZZ1N16yAzdzMi2fbHSBsbb5xev8suFTt5zIRj1FkszYYoVL_8HUPJpGYqMYG_FXh-jq3mLozXYr_wVDHfVW2jc2FALLxqND0dGH7PRy5-oWrfQLujv5Yaaj32LM/s1600/IMG_9904.jpg" imageanchor="1" style="margin-left: auto; margin-right: auto;"><img border="0" height="426" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEiFvrcuYdDAlHiJrndxeZZ1N16yAzdzMi2fbHSBsbb5xev8suFTt5zIRj1FkszYYoVL_8HUPJpGYqMYG_FXh-jq3mLozXYr_wVDHfVW2jc2FALLxqND0dGH7PRy5-oWrfQLujv5Yaaj32LM/s640/IMG_9904.jpg" width="640" /></a></td></tr><tr><td class="tr-caption" style="text-align: center;">Prego de Atum - Tasca da Esquina</td></tr></tbody></table><table align="center" cellpadding="0" cellspacing="0" class="tr-caption-container" style="margin-left: auto; margin-right: auto; text-align: center;"><tbody><tr><td style="text-align: center;"><a href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEhq0KugTK9vyClnn_vMuw-CetnHCKydaV6PEKrTrgq9J5hNSivcWrnqlcSzxs9aaNFixDrBwegs_qjtqr-S2Az7migVGDesy5WHx7-L0BdPnSrIJ0asvLELzLkGL9SXQ59nl3BDdUVK2qau/s1600/IMG_9903.jpg" imageanchor="1" style="margin-left: auto; margin-right: auto; text-align: center;"><img border="0" height="640" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEhq0KugTK9vyClnn_vMuw-CetnHCKydaV6PEKrTrgq9J5hNSivcWrnqlcSzxs9aaNFixDrBwegs_qjtqr-S2Az7migVGDesy5WHx7-L0BdPnSrIJ0asvLELzLkGL9SXQ59nl3BDdUVK2qau/s640/IMG_9903.jpg" width="426" /></a></td></tr><tr><td class="tr-caption" style="text-align: center;">"Corneto" de sapateira e abacate - José Avillez</td></tr></tbody></table><table align="center" cellpadding="0" cellspacing="0" class="tr-caption-container" style="margin-left: auto; margin-right: auto; text-align: center;"><tbody><tr><td style="text-align: center;"><a href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEgN_Zq-IT94Yui5q88wOf3EJTSs_Au7XVroYcRBy5mvtQZIWn041WGCm1_qYWaZaGKlBK6JXi29_ntowad_vCrMd-4lPjE4Y2vkkfqvphyru_dQGGDTn7qeCl8aqMgv6ERsrbUrrtcdjwrH/s1600/IMG_9906.jpg" imageanchor="1" style="margin-left: auto; margin-right: auto;"><img border="0" height="426" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEgN_Zq-IT94Yui5q88wOf3EJTSs_Au7XVroYcRBy5mvtQZIWn041WGCm1_qYWaZaGKlBK6JXi29_ntowad_vCrMd-4lPjE4Y2vkkfqvphyru_dQGGDTn7qeCl8aqMgv6ERsrbUrrtcdjwrH/s640/IMG_9906.jpg" width="640" /></a></td></tr><tr><td class="tr-caption" style="text-align: center;">Rolinhos de courgette - Can the Can</td></tr></tbody></table><br /><table align="center" cellpadding="0" cellspacing="0" class="tr-caption-container" style="margin-left: auto; margin-right: auto; text-align: center;"><tbody><tr><td style="text-align: center;"><a href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEgJtkAJycyh9gMGYzxv50_rThWmViQHaoDQrm11EceQIrz2mR6jnGlLTfeWn0rhYv1169fBd0ye8nyzmiGvieNwGMXWdMZqo-XpwRZA8eF0v2FqiZxLWjgTpuluXtIK0JFBrNz0HnrE-VgW/s1600/IMG_9911.jpg" imageanchor="1" style="margin-left: auto; margin-right: auto;"><img border="0" height="640" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEgJtkAJycyh9gMGYzxv50_rThWmViQHaoDQrm11EceQIrz2mR6jnGlLTfeWn0rhYv1169fBd0ye8nyzmiGvieNwGMXWdMZqo-XpwRZA8eF0v2FqiZxLWjgTpuluXtIK0JFBrNz0HnrE-VgW/s640/IMG_9911.jpg" width="426" /></a></td></tr><tr><td class="tr-caption" style="text-align: center;">Assinatura</td></tr></tbody></table><br /><table align="center" cellpadding="0" cellspacing="0" class="tr-caption-container" style="margin-left: auto; margin-right: auto; text-align: center;"><tbody><tr><td style="text-align: center;"><a href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEiCgRNtNJzqYk4IY4rxbo9JFII1rorySvfmQ9S0s7gXm1_gatQ0Q3EkcsK4jkqBA-7Wd9xAC_0kqdjjMdY9IDFfOlHGHzPuGSqvPwR8p0DKFi32Q7-nTK5mLA77JRgUvS11vhOfcnLTPWwb/s1600/IMG_9912.jpg" imageanchor="1" style="margin-left: auto; margin-right: auto;"><img border="0" height="640" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEiCgRNtNJzqYk4IY4rxbo9JFII1rorySvfmQ9S0s7gXm1_gatQ0Q3EkcsK4jkqBA-7Wd9xAC_0kqdjjMdY9IDFfOlHGHzPuGSqvPwR8p0DKFi32Q7-nTK5mLA77JRgUvS11vhOfcnLTPWwb/s640/IMG_9912.jpg" width="426" /></a></td></tr><tr><td class="tr-caption" style="text-align: center;">Travesseiro de Sintra na nossa versão - G-Spot</td></tr></tbody></table><div class="separator" style="clear: both; text-align: center;"><br /></div><b>Das apresentações</b><br /><br />A serem tratadas indivualmente nos próximos dias. O leque de chefs convidados prometia uma sessão com muitos pontos de interesse, confirmados nuns casos, uma desilusão noutros.<br /><br />Em altíssimo, refulgente destaque <b>Mauro Uliassi</b>, <b>Pepe Solla</b> e <b>Tomoaki Kanazawa</b>.<br /><br /><a href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEi6d-hrMtg_eLMRMnzpGgSKP1ukZ_EIJXUR7RarrHtozC2UiUeE-N-d3azbgPbXevP7KPwB3Sg71OA9O-x2UCd7_DolxkM7rNCixMau0dApXa7o5BHIc7Ab_tfoP2RUX29bQbdeTxBOijdx/s1600/mauro-002.jpg" imageanchor="1" style="margin-left: 1em; margin-right: 1em; text-align: center;"><img border="0" height="426" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEi6d-hrMtg_eLMRMnzpGgSKP1ukZ_EIJXUR7RarrHtozC2UiUeE-N-d3azbgPbXevP7KPwB3Sg71OA9O-x2UCd7_DolxkM7rNCixMau0dApXa7o5BHIc7Ab_tfoP2RUX29bQbdeTxBOijdx/s640/mauro-002.jpg" width="640" /></a><br /><br />Grandes chefs, com elevada capacidade de comunicação, de uma simplicidade e simpatias desarmantes e a demonstrar que com muito pouco se conseguem alcançar enormidades. Belíssimos pedagogos que entendem estas apresentações mais como uma oportunidade de passar uma mensagem - seja a da defesa dos produtos de qualidade ou da qualidade necessária da preparação dos mesmos - e de ensinar, do que um mediafone preparado para divulgar o seu pretenso brilho ou notoriedade. Junto a este trio, <b>Bertílio Gomes</b>. Sem feitio para exibicionismos - no palco ou no prato -, com as mesmas armas dos atrás citados - simpatia, simplicidade, pedagogia -, confirmou o que dele conhecia. Técnica, atenção, criatividade sem fogos de artifício.<br /><br /><div class="separator" style="clear: both; text-align: center;"><a href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEimy34XAhYZ5pjulaAgh2eaGOZA0yV89asgwXTVqDPOThOLhuToWc_UCSgTkB440b0nL1dxIspmwHXXS2LZbQNcK1jy-F4wln3C8dMw3ucaodqdoZUOV3L2iuff202cUQjNJRg662VXlBoW/s1600/mauro-001.jpg" imageanchor="1" style="margin-left: 1em; margin-right: 1em; text-align: center;"><img border="0" height="640" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEimy34XAhYZ5pjulaAgh2eaGOZA0yV89asgwXTVqDPOThOLhuToWc_UCSgTkB440b0nL1dxIspmwHXXS2LZbQNcK1jy-F4wln3C8dMw3ucaodqdoZUOV3L2iuff202cUQjNJRg662VXlBoW/s640/mauro-001.jpg" width="426" /></a></div><br /><br />Logo a seguir, como é sempre habitual, <b>José Avillez</b> que será o chef português com maiores capacidades de comunicação e de preparação das suas apresentações. Inovação, brilhantismo, numa linha consistente com o apresentado o ano passado.<br /><br />Grande também a apresentação de <b>Virgilio Marinez</b>, o jovem chef peruano que divulgou alguns dos produtos do seu cada-vez-mais-nas-bocas-do-mundo-gastronómico país e foi o autor da frase que mais me fez reflectir por estes dias: "Valerá a pena falar de produtos gourmet e de jantares de luxo quando metade da população do meu país não tem nada para comer?"<br /><br /><div class="separator" style="clear: both; text-align: center;"><a href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEjbtoRMH_LOvmmHQ-TtFLFChnMDXArdX0N3Iv3aKxP0aZzMFr60TgRupae4JcWA0k_-HAHDbJSfqFwvn6ZJcrV9dELDHmcj2XS6nS0FaL88nMCT-UfdidDbVf4ZAeFa1BCmGHenhO8Zg1lp/s1600/Virgilio-010.jpg" imageanchor="1" style="margin-left: 1em; margin-right: 1em;"><img border="0" height="426" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEjbtoRMH_LOvmmHQ-TtFLFChnMDXArdX0N3Iv3aKxP0aZzMFr60TgRupae4JcWA0k_-HAHDbJSfqFwvn6ZJcrV9dELDHmcj2XS6nS0FaL88nMCT-UfdidDbVf4ZAeFa1BCmGHenhO8Zg1lp/s640/Virgilio-010.jpg" width="640" /></a></div><br />Uma descoberta a seguir com atenção - ainda que não partilhe por enquanto o entusiasmo de Paulina Mata - foi a das propostas da chef <b>Marlene Vieira</b>. Pratos visualmente cuidados - femininos, sim, mas femininos pela atenção aos pormenores, pelas notas de cor - mas que me deixam ainda algumas reticências nas combinações de sabores - que poderão ser mitigadas pela visita que me parece vir a ser próxima ao <i>Avenue</i>.<br /><br /><a href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEgdbMilnuFdrhP2SqHTQylvOYh6lDLxFXlmdPpPeXa4LWCS-Q6qtGW5uMtLCqiT1DAvpZS3amOMFTxmuL8IxLJR-BaPka2LvW7QSmb-KzmIXM_kmF1MOmxfQVRR-Qs3H4Wrpw6PpjS2yiW3/s1600/IMG_9961.jpg" imageanchor="1" style="margin-left: 1em; margin-right: 1em; text-align: center;"><img border="0" height="426" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEgdbMilnuFdrhP2SqHTQylvOYh6lDLxFXlmdPpPeXa4LWCS-Q6qtGW5uMtLCqiT1DAvpZS3amOMFTxmuL8IxLJR-BaPka2LvW7QSmb-KzmIXM_kmF1MOmxfQVRR-Qs3H4Wrpw6PpjS2yiW3/s640/IMG_9961.jpg" width="640" /></a><br /><br />Muito prejudicado pela total incapacidade de comunicação foi o chef francês <b>Adrien Trouilloud</b>. Técnica apurada, pratos pouco mais que tradicionais.<br /><br />Igualmente tradicionais os pratos escolhidos pela chef brasileira <b>Bella Masano</b>, no que me pareceu ter sido uma dupla oportunidade perdida. Porque poderia ter trazido exemplos da culinária inventiva que a tem vindo a celebrizar (uma moqueca, mesmo à sua maneira, ou umas lulas recheadas não são propriamente motivo para atravessar o Atlântico...) e, já que partia de pratos tradicionais, poderia ter melhor explicado os quês e porquês das variações por si introduzidas.<br /><br />Finalmente, as desilusões - e só nos desilude a quem nós queremos, não é?...<br /><br /><b>Alexandre Silva</b>, a quem a estadia no Alentejo parece ter destruído a vontade de inovar, com propostas situadas num limbo entre a cozinha tradicional alentejana e a cozinha de autor. Terão sido os trabalhos de realização dos dois videos apresentados que lhe roubaram o tempo para a criação? Macambúzia, desinspirada, uma apresentação a que preferia não ter assistido.<br /><br />Outro tipo de desilusão trouxe-me a apresentação do chef <b>Vitor Matos</b>, autor de uma das mais memoráveis refeições da minha vida. Pratos de um barroquismo exasperante - onde nenhum ingrediente parece ser de mais - e uma falta de rigor nas afirmações que fica mal a um chef "estrelado": "cozinha molecular" é toda a cozinha e, quando se recorre a esferificações, espessantes, gelificantes e toda a restante panóplia de soluções e técnicas que são (foram) bandeira dessa mesmo impropriamente chamada "cozinha molecular" fica mal anunciar as criações como não sendo de "cozinha molecular".<br /><br /><div class="separator" style="clear: both; text-align: center;"><a href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEjooxuAQTSBufg_1IUMPsCn8jsxWNk_40zOcg4by3rbqQSwhTqCfnkNx09NNo4Nq0_Aia6pSwtLxVdJJwsG2U6oR_GS8pzh79rqhQIoKcqdNaApN5SV2147Gb0CZ-ZVmtEs01Lxzc0aqlTe/s1600/IMG_9704.jpg" imageanchor="1" style="margin-left: 1em; margin-right: 1em;"><img border="0" height="426" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEjooxuAQTSBufg_1IUMPsCn8jsxWNk_40zOcg4by3rbqQSwhTqCfnkNx09NNo4Nq0_Aia6pSwtLxVdJJwsG2U6oR_GS8pzh79rqhQIoKcqdNaApN5SV2147Gb0CZ-ZVmtEs01Lxzc0aqlTe/s640/IMG_9704.jpg" width="640" /></a></div><br />Fica de fora <b>Vitor Sobral</b> por não ter tido hipótese de estar presente na sua apresentação que hoje fechava o Festival.<br /><br /><b>Do futuro</b><br /><br />Escrevi-o o ano passado e volto a escrever. Não será tempo de começar a pensar que a potencialização do futuro passa igualmente pela recuperação e relançamento de partes do passado?<br /><br />Face às vicissitudes económicas tanto do país como da Europa, face ao que me parecem ser as tendências mais marcantes para os próximos anos na gastronomia mundial - a atenção aos produtos e modos locais, aos modos de preparação mais ancestrais e mais simples, às preparações muito leves -, não será tempo de começar a ousar trilhar um novo caminho que passe por introduzir representantes tanto da cozinha mais popular como da reintrodução de propostas ancestrais da tradição culinária da cidade?<br /><br />Porque é que os "maneizinhos" inventados por Avillez têm honras de auditório e os "jaquinzinhos" - de que há registos serem vendidos junto ao porto pelo menos desde o século XIV - são ignorados?<br /><br />Porque não se lança um concurso de caldeiradas - eu sei que as há em todas as cidades com porto de pesca... - em terra de fragateiros?<br /><br />E porque continuamos, em semana de Peixe, a saber tão pouco das artes e dos seus saberes? De quantas variedades é constituído o melhor peixe do mundo? Em que meses se devem consumir? Como devem ser preparados antes de chegar à lota? Como devem ser preparados para as nossas mãos?<br /><br />É preciso um japonês como o chef Tomo para no-lo ensinar? Pois que se lhe dê um palco e se juntem cadeiras à sua volta. Cá estaremos para aprender.<br /><br />E para o ano haverá mais.</div>Pedro Cruz Gomeshttp://www.blogger.com/profile/16477006053175370211noreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-3687787031186879285.post-54903267802769957222013-04-03T16:56:00.000-07:002013-08-16T20:07:11.465-07:00Portugal Gastronómico #103 - Albergaria-a-Velha<table align="center" cellpadding="0" cellspacing="0" class="tr-caption-container" style="margin-left: auto; margin-right: auto; text-align: center;"><tbody><tr><td style="text-align: center;"><a href="http://upload.wikimedia.org/wikipedia/commons/thumb/7/7d/LocalAlbergariaAVelha.svg/1000px-LocalAlbergariaAVelha.svg.png" imageanchor="1" style="margin-left: auto; margin-right: auto;"><img border="0" height="640" src="http://upload.wikimedia.org/wikipedia/commons/thumb/7/7d/LocalAlbergariaAVelha.svg/1000px-LocalAlbergariaAVelha.svg.png" width="436" /></a></td></tr><tr><td class="tr-caption" style="text-align: center;">(Fonte: Wikipedia)</td></tr></tbody></table><div style="text-align: justify;"><div class="separator" style="clear: both; text-align: center;"></div><div class="separator" style="clear: both; text-align: center;"></div><table align="center" cellpadding="0" cellspacing="0" class="tr-caption-container" style="margin-left: auto; margin-right: auto; text-align: center;"><tbody><tr><td style="text-align: center;"><a href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEg5t16iQ7lNPRHNO6-vFc76lMMvNKBW4nw9u_GrnRN8BWIQWQ8XKRDNWkMMr4MwYlMD8h2wzQap_TMHgavg1LD3xcYyp_X5A29q8CAWHnC49oOs3W06hcsaNtrnJVv-1jFeD8uvfVE8L0pC/s1600/Albergaria-a-Velha.gif" imageanchor="1" style="margin-left: auto; margin-right: auto;"><img border="0" height="640" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEg5t16iQ7lNPRHNO6-vFc76lMMvNKBW4nw9u_GrnRN8BWIQWQ8XKRDNWkMMr4MwYlMD8h2wzQap_TMHgavg1LD3xcYyp_X5A29q8CAWHnC49oOs3W06hcsaNtrnJVv-1jFeD8uvfVE8L0pC/s640/Albergaria-a-Velha.gif" width="588" /></a></td></tr><tr><td class="tr-caption" style="text-align: center;">(Fonte: Viajar.clix.pt)</td></tr></tbody></table><b>Produtos DOP e IGP:</b><br /><br />Integrado na área de produção de: <br /><ul><li>Carne Arouquesa DOP</li><li>Carne Marinhoa DOP</li><li>Ovos moles de Aveiro IG</li></ul><br /><b>Bebidas:</b><br /><br /><u>Vinhos</u><br /><br />Não está integrado em nenhuma área de produção.<br /><br /><u>Outras</u><br /><br /><br /><b>Produção concelhia:</b><br /><br />Pão do Fontão e da Albergaria-a-Nova<br /><br /><br /><b>Produtores / Fabricantes:</b><br /><br />"Casa Turco"<br />Rua 1º Dezembro 17 - Albergaria-a-Velha<br />3850-002 Albergaria-A-Velha<br />GPS: 40.692501,-8.478982<br /><br /><br /><b>Pratos típicos característicos do concelho:</b><br /><br />Leitão assado,<br />Rojões, febras de porco,<br />Vitela assada,<br />Coelho estufado com carqueja,<br />Caldeirada de peixe do rio, lampreia,<br />Caldeirada de enguias (em Angeja),<br />sopa seca que se agarra às costas.<br /><br /><u>Doçaria:</u><br /><br />Bolo de gema de ovo,<br />Turcos,<br />Arroz doce (feito em leite e polvilhado com canela),<br />Roscas<br />Raivas,<br />Gemas,<br />Bilharacos,<br />Folares,<br />Regueifa de canela<br /><br /><br /><b>Restaurantes referenciados:</b><br /><br />"Casa dos Leitões"<br />Rua Desembargador Nogueira Souto, <br />3850-420 Angeja<br />(T)234 911 259<br /><br /><br /><b>Eventos de teor gastronómico:</b><br /><br /><br /><b>Agradecimentos:</b><br /><br /><br /><br /><b>Bibliografia:</b><br /><i>Produtos Tradicionais Portugueses</i>, Ed. M.A.D.R.P, 2001<br /><i>Guia de Compras-produtos Tradicionais 2011</i>, Ed. QUALIFICA/Publiagro<br /><i>Vinhos e Aguardentes de Portugal, Anuário 2009</i>, Ed. Instituto da Vinha e do Vinho I.P.<br /><i>Boa Cama, Boa Mesa</i>, 2011, Ed. Expresso<br /><i>Guia Restaurantes e Vinhos de Portugal</i>, 2008, Ed. Media Capital Edições<br /><i>Guia 564 Restaurantes</i>, 2011, Ed. Global Notícias Publicações SA<br /><br /><br /></div><div style="text-align: center;"><i>EM CONSTRUÇÃO - O post irá sendo actualizado à medida que novas informações sejam obtidas.</i></div><div style="text-align: center;"><div class="separator" style="clear: both; text-align: center;"><i>Achegas e comentários, bem vindos como sempre</i></div></div>Pedro Cruz Gomeshttp://www.blogger.com/profile/16477006053175370211noreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-3687787031186879285.post-29910259202157349032013-04-02T18:14:00.000-07:002013-08-16T20:07:11.512-07:00O forajar brasileiro de Alex Atala (I)<div style="text-align: justify;">Apesar da criatividade latente em muitos dos cabeças de cartaz da, impropriamente denominada, "gastronomia molecular", a velocidade de propagação das suas ideias e propostas que a internet e uma cada vez maior atenção da comunicação social possibilitam, muito tem contribuído para a sua disseminação e consequente "vulgarização", transformando recentíssimas admirações em enfadadas repetições à escala mundial.<br /><br />Para conservar parte da sua identidade e acrescentar algo de muito próprio e dificilmente repetível, uma das tendências mais visíveis da vanguarda culinária mundial é a da procura de aproveitamento de produtos locais culinariamente pouco explorados, abandonados ou ignorados. Esta procura, igualmente influenciada pela cada vez maior consciencialização da pegada ecológica deixada pela globalização do comércio agrícola mundial e pelos sentimentos de solidariedade e de atenção para com os "fellow citizens" (ver <a href="http://gastrossexual.blogspot.com/2012/04/localvorismo-e-consciencia-nacional.html"><span style="color: #660000;">o que escrevi</span></a> sobre localvorismo), começa a ter resultados visíveis - o <a href="http://gastrossexual.blogspot.pt/2012/03/novas-do-noma-were-here-for.html"><span style="color: #660000;">Noma</span></a>, em Copenhaga, é um bom exemplo do binómio sucesso mundial / criatividade "local".<br /><br /><div class="separator" style="clear: both; text-align: center;"><a href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEj9kPL0HqToEE50ktEsc6rwZf0uM16pLfkPSQYApBu8avmxTUbx4eYcyiJCkUhfCj8xqPQ6clcJ_ZwsvsbKDT5xPefF_FDuOxuY7t9ILnX5_tNj-tIsJF4mb5zfFBupXEfm9gnkcJKBR_S8/s1600/alex-atala.jpg" imageanchor="1" style="margin-left: 1em; margin-right: 1em;"><img border="0" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEj9kPL0HqToEE50ktEsc6rwZf0uM16pLfkPSQYApBu8avmxTUbx4eYcyiJCkUhfCj8xqPQ6clcJ_ZwsvsbKDT5xPefF_FDuOxuY7t9ILnX5_tNj-tIsJF4mb5zfFBupXEfm9gnkcJKBR_S8/s1600/alex-atala.jpg" /></a></div><br />No universo dos chefs falantes em português, o brasileiro <a href="http://www.domrestaurante.com.br/http://www.domrestaurante.com.br/#/pt-br/alex-atala"><b><span style="color: #660000;">Alex Atala</span></b></a> (quiçá por, para além do seu talento culinariomediático, ter sabido alinhar com a onda da frente da relevância mundial) tem procurado desenvolver criações recorrendo à inesgotável fonte de novidades e exclusividades que o seu país apresenta, principalmente na zona amazónica. Eis alguns dos produtos investigados e que me motivaram a curiosidade...<br /><br /><b>Jambu</b><br /><br /><table align="center" cellpadding="0" cellspacing="0" class="tr-caption-container" style="margin-left: auto; margin-right: auto; text-align: center;"><tbody><tr><td style="text-align: center;"><a href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEiTfqqHLny3uKdi7dkG-k9YuwXiGZOFPWVn9CkuRWGcT1reRwT7kZIzldNm3XABKZrk3qrf0zWvDTGgy-0g7GkeRl93njEeJiETMhpSP6qUvSRV8vcxgAiwKPoPlulhPeK26CffpA40vAfa/s1600/chuva+-+jambu.jpg" imageanchor="1" style="margin-left: auto; margin-right: auto;"><img border="0" height="480" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEiTfqqHLny3uKdi7dkG-k9YuwXiGZOFPWVn9CkuRWGcT1reRwT7kZIzldNm3XABKZrk3qrf0zWvDTGgy-0g7GkeRl93njEeJiETMhpSP6qUvSRV8vcxgAiwKPoPlulhPeK26CffpA40vAfa/s640/chuva+-+jambu.jpg" width="640" /></a></td></tr><tr><td class="tr-caption" style="text-align: center;">(Fonte: <a href="http://come-se.blogspot.pt/">http://come-se.blogspot.pt</a>)</td></tr></tbody></table>O jambu é muito utilizado nas culinárias dos estados brasileiros do Norte - Pará, Amazónia, Rondônia e Acre. Os pratos mais emblemáticos onde é utilizado serão o <a href="http://www.santaremtur.com.br/br/noticiaseventos/tacaca-delicia-tradicional-paraense/22/"><span style="color: #660000;"><i>tacacá</i></span></a> e o <a href="http://www.brasilsabor.com.br/por/iguarias/item/24"><span style="color: #660000;"><i>pato no tucupi</i></span></a>.<br /><br /><table align="center" cellpadding="0" cellspacing="0" class="tr-caption-container" style="margin-left: auto; margin-right: auto; text-align: center;"><tbody><tr><td style="text-align: center;"><a href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEj9kgqxoZFzawk-532y3bGTL8tOtKnB18m-qqw2oq-d-cmtQCrImFW434uWQ_57JE0R58PVA5_p4BsoaItkPul5_kbfvpC0wr0d-2Z6jqgc7oqMhd6JVBRKipznvmRmJnZD5gyPkkUajDw4/s1600/tacaca_.jpg" imageanchor="1" style="margin-left: auto; margin-right: auto;"><img border="0" height="480" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEj9kgqxoZFzawk-532y3bGTL8tOtKnB18m-qqw2oq-d-cmtQCrImFW434uWQ_57JE0R58PVA5_p4BsoaItkPul5_kbfvpC0wr0d-2Z6jqgc7oqMhd6JVBRKipznvmRmJnZD5gyPkkUajDw4/s640/tacaca_.jpg" width="640" /></a></td></tr><tr><td class="tr-caption" style="text-align: center;"><b>Tacácá</b><br />(Fonte: <a href="http://www.santaremtur.com.br/br/noticiaseventos/tacaca-delicia-tradicional-paraense/22/">http://www.santaremtur.com.br/br/noticiaseventos/tacaca-delicia-tradicional-paraense/22/</a>)</td></tr></tbody></table>Mais marcante do que o sabor é a capacidade de anestesia de lábios e língua de quem a mastiga, sendo a mesma mitigada pela cozedura.<br /><br />Em Portugal é comercializado - na época dele - pela Quinta do Poial.<br /><br /><b><br /></b> <b>Priprioca</b><br /><br /><table align="center" cellpadding="0" cellspacing="0" class="tr-caption-container" style="margin-left: auto; margin-right: auto; text-align: center;"><tbody><tr><td style="text-align: center;"><a href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEgb4PnfQCbU0CK3Exew6LvlqsOPI8ydGJhSZtcofGPJW8qr8pBXnmhx7zzhiOG9xCpYYinZo_T32gSG3rJcRiDxgtaG7YcajXzQFnzCPgzmFnJTWVa9PikhAmDXWwXS6M2iFibC-AUtLN8w/s1600/priprioca+-+pudim+de+es.jpg" imageanchor="1" style="margin-left: auto; margin-right: auto;"><img border="0" height="480" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEgb4PnfQCbU0CK3Exew6LvlqsOPI8ydGJhSZtcofGPJW8qr8pBXnmhx7zzhiOG9xCpYYinZo_T32gSG3rJcRiDxgtaG7YcajXzQFnzCPgzmFnJTWVa9PikhAmDXWwXS6M2iFibC-AUtLN8w/s640/priprioca+-+pudim+de+es.jpg" width="640" /></a></td></tr><tr><td class="tr-caption" style="text-align: center;">Priprioca e pudim de leite com ela aromatizado pelas mãos de Neide Rigo (chapeau!)<br />(Fonte: <a href="http://come-se.blogspot.pt/2009/07/priprioca-resposta-ao-post-anterior.html">http://come-se.blogspot.pt/2009/07/priprioca-resposta-ao-post-anterior.html</a>)</td></tr></tbody></table><br /><i>"A priprioca ou piripirioca (Cyperus articulatus), é uma erva da espécie ciperácea, aromática e medicinal natural da Amazônia. Parente do junco e do papiro, suas raízes liberam uma fragrância leve, amadeirado e picante com notas florais."</i> (Wikipedia)<br /><br />Atala interessou-se pela fragância da planta e procurou a sua adaptação a usos culinários. Acabaria por conseguir a extracção do óleo elementar a partir da raiz, com usos culinários semelhantes aos da baunilha que emprega em variadas preparações, de caipirinhas a sobremesas.<br /><br />Leia-se o chef, em discurso directo (fonte: <a href="http://prazeresdamesa.uol.com.br/exibirMateria/1308/mais-vale-a-floresta-em-pe-do-que-deitada">http://prazeresdamesa.uol.com.br/exibirMateria/1308/mais-vale-a-floresta-em-pe-do-que-deitada</a>):<br /><br /><blockquote class="tr_bq">"<i>Como todos sabem, sou um apaixonado pela Amazônia. Sempre que posso, passo por lá. Tenho interesse por qualquer pesquisa ali desenvolvida, pergunto e quero saber tudo sobre todo e qualquer ingrediente que os habitantes daquelas latitudes usam (assim como das demais regiões do Brasil). Numa dessas andanças, certo dia deparei com priprioca. Cheirinho bom. É engraçado, mas naquelas barraquinhas do mercado Ver-o-Peso, em Belém, PA, vendem uma mistura que eles chamam de “cheirinho do Pará”. Esse cheirinho é encontrado em vários outros pontos do mercado, e é invariavelmente composto de priprioca e outras ervas e raízes, que variam conforme o bairro da cidade ou a região do Estado a que a barraca represente. </i></blockquote><blockquote class="tr_bq"><i>Também me inteirei de pesquisas da indústria de cosméticos. E descobri mais sobre o uso de Spilantus e da priprioca em prol de alguns produtos de beleza. Spilantus é o nome científico do jambu, aquela erva que a gente já conhece e nos dá uma sensação “elétrica” na boca. Uma certa marca de cosmético fez um creme que ajuda a evitar rugas por meio dessa mesma propriedade do jambu. Há também perfume de priprioca. Só sei dizer que quanto mais eu sabia sobre priprioca, mais fascinado ficava. Pensei, então, que, se um cheiro podia ser um gosto, priprioca poderia ser um ingrediente somado a minhas receitas.</i><br /><br /><i>Minha primeira e importante investigação foi descobrir se priprioca era comestível, se a raiz não continha nenhum agente tóxico. Ficou comprovado que o que há de tóxico na priprioca só é nocivo ao organismo humano quando consumido em grandes quantidades. Falo da ordem de meio quilo, o equivalente a um prato inteiro somente com esse ingrediente. Daí, concluímos que dá para usar a priprioca para compor receitas. Bem dosada, essa raiz não é nociva à saúde e, principalmente, traz à gastronomia uma nova possibilidade.</i></blockquote><blockquote class="tr_bq"><i>A primeira coisa que me fascinou nessa raiz, com formato de uma bolinha cabeluda, foi o cheiro. Ela tinha um cheiro que me era familiar e lembrava alguma coisa entre patchuli e maconha. Resolvi então fazer testes com esse aroma. Nesse processo, percebi que todas – todas, mesmo – as receitas que levam baunilha também podem levar priprioca. Assim sendo, ela é um sucedâneo. Ambas têm seu próprio caráter, e uma não substitui a outra. Mas, com ela, você pode dar uma nova nuance e caráter a velhas receitas ou a bases muito simples, como um crème pâtissière.</i></blockquote><blockquote class="tr_bq"><i>Pensando em tudo isso, resolvi criar uma receita com priprioca. Toda vez que deparo com um novo sabor e que tenho de introduzi-lo no universo palatável, gosto de fazê-lo de uma forma simples. Assim, o comensal pode julgar apenas aquele sabor. As receitas afetivas, aquelas que cultivamos desde a tenra infância, são de grande valia nessa hora. E é isso que ofereço neste mês a vocês. Um pudim de leite, que todos conhecemos, com caramelo de priprioca. Vamos aos passos. A cozinha moderna dispõe hoje de destiladores, chamados de RotaVal. </i>(NG: Rotavapor em Portugal)</blockquote><br /><table align="center" cellpadding="0" cellspacing="0" class="tr-caption-container" style="margin-left: auto; margin-right: auto; text-align: center;"><tbody><tr><td style="text-align: center;"><a href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEhN_oS4eUKdmDnaDeAvWnwzXEE6RUI1y5WsPDjrODJJlKq2p6v0e_cgm1yXZKgfwi-Qw1C5ykgWMMDjjQR0tRpNIDLP560UZMlxxaDqj555giyjNC8mTCWlTfOJFYfq0MGufjI3f8Enk1nB/s1600/rotavapor+buchi.jpg" imageanchor="1" style="margin-left: auto; margin-right: auto;"><img border="0" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEhN_oS4eUKdmDnaDeAvWnwzXEE6RUI1y5WsPDjrODJJlKq2p6v0e_cgm1yXZKgfwi-Qw1C5ykgWMMDjjQR0tRpNIDLP560UZMlxxaDqj555giyjNC8mTCWlTfOJFYfq0MGufjI3f8Enk1nB/s1600/rotavapor+buchi.jpg" /></a></td></tr><tr><td class="tr-caption" style="text-align: center;">(Fonte: <a href="http://www.imlab.com/buchi/fr210215%20english.htm">http://www.imlab.com/buchi/fr210215%20english.htm</a>)</td></tr></tbody></table><br /><blockquote class="tr_bq"><i>Há muito tempo, eles eram usados na indústria de perfumes, mas estão sendo recém-introduzidos na indústria de alimentação. Trata-se de um alambique que funciona em baixa pressão e que pode extrair aroma de coisas inimagináveis. Caso você não esteja interessado em adquirir esse novo equipamento, há outras maneiras de extrair o aroma da priprioca. Uma delas é a usada há anos para produzir perfumes: some priprioca a álcool de cereais, e deixe repousar por pelo menos 15 dias. Quanto mais priprioca você acrescentar, mais potente será sua base. Passado o tempo de descanso, provoque a evaporação do álcool para obter a essência da priprioca. Ela pode ser utilizada na receita a seguir para montar o caramelo de priprioca.</i><br /><br /><i>Mas preciso confessar que, assim que terminei o pudim, gostei da receita mas ainda não estava feliz com ela. Queria dar um passo à frente, tirar o óbvio e passar uma mensagem direta, mas mais rica em sua essência. Pensando em outras nuances que podiam ser acrescentadas àquela receita, lembrei-me da banana. Banana e priprioca me pareceram uma combinação muito boa. Então, fiz um ravióli de priprioca. A receita leva água, essência de priprioca e gelatina. Se tiver agar-agar, prefira-o à gelatina. Ele tem um agente gelificante que suporta por mais tempo a temperatura (e por isso demora mais a derreter). Fiz uma gelatina bem fina. Cortei uma folha. Coloquei uma pequena gota de crème pâtissière com um pouco de limão, para acrescentar uma nota ácida, rodelas bem finas de banana-ouro (a menorzinha que encontramos na feira, potentíssima no sabor e no aroma) e cobri-as com outra folha de gelatina. A seguir, coloquei ao lado do pudim de caramelo e a sobremesa parecia quase perfeita. Mas achei que ela podia ser ainda mais rica, mais complexa, trazer mais uma aplicação para a priprioca. Fui pesquisar, me divertir, remexer no meu baú de memórias e me lembrei dos cogumelos brancos típicos japoneses (kikurague) que são encontrados no bairro da Liberdade têm uma pinta de alga e uma consistência entre o crocante, o escorregadio e o melos. Bem, o processo de preparação dele é bastante simples, hidrate-o e cozinhe-o por 10 ou 15 minutos em água com priprioca. O resultado disso é muito divertido e gostoso. Para dar brilho ao que já era bonito, coloquei um pouquinho de ouro. E a receita, com o trio lado a lado, estava completa.</i></blockquote><blockquote class="tr_bq"><i>Gosto dessa receita por tudo o que ela tem e também pelo uso que estamos descobrindo de outro item de nossa floresta. Usando os ingredientes da selva amazônica estamos valorizando-a, estimulando seu uso consciente e sua conservação. Acho que essa é uma das melhores formas de fazer com que nossas florestas valham mais em pé do que deitadas. O extrativismo, a pesquisa são grandes aliados para esse fim. Porque quando paro e penso, fico estarrecido ao constatar que a indústria cosmética e a farmacêutica conhecem melhor a Amazônia do que nós, cidadãos brasileiros – e, por conseqüência, nós, cozinheiros</i>."</blockquote></div>(a continuar...)<br /><br />(Aos curiosos: "forajar" é a mui pessoalíssima tradução de "foraging", o acto de procurar ou explorar recursos alimentares)Pedro Cruz Gomeshttp://www.blogger.com/profile/16477006053175370211noreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-3687787031186879285.post-46010652363125168002013-03-30T15:16:00.000-07:002013-08-16T20:07:11.601-07:00Novos tempos<div style="text-align: justify;">Gastrónomo era, ouvi há dias ao Eng. Bento dos Santos, numa <i>boutade</i> que apreciei, todo aquele que tinha dinheiro para comer caviar e beber champanhe - e o fazia.<br /><br /><div class="separator" style="clear: both; text-align: center;"></div>Ah, bons tempos esses, em que o nome de família ou a <i>patine</i> dourada do cartão de crédito eram suficientes para o grau de doutor em ciências gastronómicas! Bons tempos em que, tratar por tu os grandes chefes da Europa garantia peroração mediática e ofício semanal nas páginas de referência do país... Bons tempos em que a qualidade da restauração se media pelo número de zeros necessários para pagar a despesa e caro era o claro objecto do desejo de muitos.<br /><br />Good old days, quase arredados deste presente de chumbo e de lata. Páginas de gastronomia preenchidas com receitas de estrelas internacionais que nem cuidam de verificar se os ingredientes mencionais se encontram disponíveis no país, o grande Quitério encafifado em meia página par e a maioria dos grandes restaurantes à caça de um pingente de ar em luta desesperada pela manutenção.<br /><br /><div class="separator" style="clear: both; text-align: center;"><a href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEhuTplR52fdZvlxiXWeGfpOQr_HWdA5fQvNMkCSwUfY9B8-qDqSmoLhuZMWNpMoXDt3JizdaqtFjpQYOG5FpLwvsW5w0YyUecLdrsUlSZPq6U111RTyZLBBytkJBAdSK63XPjG1Ez9fHvfa/s1600/IMG_1513.JPG" imageanchor="1" style="margin-left: 1em; margin-right: 1em; text-align: center;"><img border="0" height="640" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEhuTplR52fdZvlxiXWeGfpOQr_HWdA5fQvNMkCSwUfY9B8-qDqSmoLhuZMWNpMoXDt3JizdaqtFjpQYOG5FpLwvsW5w0YyUecLdrsUlSZPq6U111RTyZLBBytkJBAdSK63XPjG1Ez9fHvfa/s640/IMG_1513.JPG" width="480" /></a></div><br /><br />Escrever sobre restaurantes é, no presente, uma interrogação. A que leitores nos dirigimos - à minoria que mantém o orçamento do passado ou à esmagada maioria que vê desaparecer disponibilidades? Qual o objecto do nosso desejo - o atingível ou o sonhado?<br /><br />Procurar os melhores caviar e champanhe é ainda o <i>nec plus ultra</i> de uma gastronomia actual?<br /><br /><div class="separator" style="clear: both; text-align: center;"><a href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEgSfP9zgnFAIbTjoJKu3nI0_qORNoiV2MqBfBnQR6r13ITA5SPLCn5-TrTVr9-SoqVeB17gnWC8e6f6xJEi_hD67fpnMF9r2kQiQDR9NWygQX7L-KzEy6trpjROWByGOtIOk7SID9Sj2qiy/s1600/IMG_1514.JPG" imageanchor="1" style="margin-left: 1em; margin-right: 1em; text-align: center;"><img border="0" height="640" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEgSfP9zgnFAIbTjoJKu3nI0_qORNoiV2MqBfBnQR6r13ITA5SPLCn5-TrTVr9-SoqVeB17gnWC8e6f6xJEi_hD67fpnMF9r2kQiQDR9NWygQX7L-KzEy6trpjROWByGOtIOk7SID9Sj2qiy/s640/IMG_1514.JPG" width="480" /></a></div></div>Pedro Cruz Gomeshttp://www.blogger.com/profile/16477006053175370211noreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-3687787031186879285.post-9738222973434226442013-03-28T08:02:00.000-07:002013-08-16T20:07:11.645-07:00Peixe em Lisboa 2013<div style="text-align: justify;">Vão-se os idos de Março, chega a Primavera e Lisboa, apesar da chuva dissolvente, engalana as suas papilas para mais uma edição do Peixe em Lisboa.<br /><br /><div class="separator" style="clear: both; text-align: center;"><a href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEiuj1nYZoV-Y_sqhYsYC0NBcAZmV8eYp8kg4Bsq0k59210SGh1tN2-4HvMJCaHhSF7zsSB5VHb5o2GeayGh7AIkDuPq9WWoBL3NjE2mP9mZCvGnoLU0lnEOmDaKQK1InUiZz446P2Xv80Fd/s1600/pxlx_logo2013-cor-RGB.jpg" imageanchor="1" style="margin-left: 1em; margin-right: 1em;"><img border="0" height="640" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEiuj1nYZoV-Y_sqhYsYC0NBcAZmV8eYp8kg4Bsq0k59210SGh1tN2-4HvMJCaHhSF7zsSB5VHb5o2GeayGh7AIkDuPq9WWoBL3NjE2mP9mZCvGnoLU0lnEOmDaKQK1InUiZz446P2Xv80Fd/s640/pxlx_logo2013-cor-RGB.jpg" width="474" /></a></div><br /><br />Novamente instalada no Pátio da Galé, no Terreiro do Paço (é politicamente incorrecto continuar a usar a toponímia monárquico-absolutista?), irá decorrer de 4 a 14 de Abril e, para além das propostas culinárias dos restaurantes residentes, cria expectativas para algumas das acções programadas.<br /><br />A começar pelas apresentações de cozinha ao vivo - 20! -, onde teremos oportunidade de conhecer as visões de vários chefs internacionais: <b><a href="http://www.nove.biz/site/index.php?id_empresa=8&idioma=es"><span style="color: #660000;">Pepe Solla</span></a></b> (<i>Casa Solla</i>, Pontevedra, *M), <u>dia 12, às 19:00</u>; <b><a href="http://vejasp.abril.com.br/blogs/arnaldo-lorencato/2012/11/17/entrevista-com-a-chef-bella-masano-do-amadeus/"><span style="color: #660000;">Bella Masano</span></a></b> (<i>Amadeus</i>, São Paulo), <u>dia 6, às 16:00</u>, <b><a href="http://centralrestaurante.com.pe/en/virgilio-martinez.php"><span style="color: #660000;">Virgílio Martinez</span></a></b> (<i>Central</i>, Lima, e restaurante <i>Lima</i>, Londres), <u>dia 5, às 19:00</u>, <b><a href="http://www.alain-ducasse.com/en/restaurant/rech"><span style="color: #660000;">Adrien Trouilloud</span></a></b> (<i>Rech</i>, Paris), <u>dia 7, às 18:30</u> e o italiano <span style="color: #660000;"><b><a href="http://www.uliassi.it/eng/piatti.php">Mauro Uliassi</a></b> </span>(<i>Uliassi</i>, Ancona, **M), <u>dia 8, às 19:00</u> e comprovar - ou descobrir - a evolução de alguns dos melhores oficiantes nacionais: <b>José Avillez</b> (<i>Belcanto</i>, Lisboa, *M), <u>dia 10, às 19:00</u>; <b><a href="http://gastrossexual.blogspot.pt/2011/10/excelencia-restaurante-largo-do-paco.html?q=largo"><span style="color: #660000;">Vitor Matos</span></a></b> (<i>Largo do Paço</i>, na Casa da Calçada, Amarante,*M), <u>dia 9, às 19:00</u>; <b>Alexandre Silva</b> (<i>Alentejo Marmòris Hotel & Spa</i>, Vila Viçosa), <u>dia 11, às 19:00</u>, <b><a href="http://gastrossexual.blogspot.pt/2011/11/uma-aula-de-bertilio-gomes.html?q=bert%C3%ADlio"><span style="color: #660000;">Bertílio Gomes</span></a></b> (<i>Chapitô à Mesa</i>, Lisboa), <u>dia 7, às 16:00</u>, <b>Marlene Vieira</b> (<i>Avenue</i>, Lisboa), <u>dia 13, às 19:00</u>, <b><a href="http://gastrossexual.blogspot.pt/2012/11/a-very-original-dinner.html?q=tomoaki"><span style="color: #274e13;">Tomoaki</span></a> <a href="http://gastrossexual.blogspot.pt/2012/11/a-very-original-lunch.html?q=tomoaki"><span style="color: #660000;">Kanazawa</span></a></b> (<i>Tomo</i>, Algés), <u>dia 13, às 16:00</u><br /><br /><div class="separator" style="clear: both; text-align: center;"><a href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEg2gEM5CYx4j5H9kdBChZ9ywZHcTCtuTyW8e10U7MuRUADLtm3dIlwTdHq4lx5DYolE9Gc1rFQeumUaQocFJfZBhbWKnfoTiPgXfUKMGUTpJ7W8yjz60PwQHi7dhVfMnSlyatO1BCkcm4w/s1600/IMG_4493.JPG" imageanchor="1" style="margin-left: 1em; margin-right: 1em;"><img border="0" height="426" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEg2gEM5CYx4j5H9kdBChZ9ywZHcTCtuTyW8e10U7MuRUADLtm3dIlwTdHq4lx5DYolE9Gc1rFQeumUaQocFJfZBhbWKnfoTiPgXfUKMGUTpJ7W8yjz60PwQHi7dhVfMnSlyatO1BCkcm4w/s640/IMG_4493.JPG" width="640" /></a></div><br />e <b>Vitor Sobral</b> (<i>Tasca da Esquina</i>, <i>Cervejaria da Esquina</i>, Lisboa), <u>dia 14, às 15:00</u>.<br /><br />No dias 6, às 18:30, uma apresentação conjunta original e que juntará alguns “número 2” de restaurantes de primeira grandeza subordinada ao tema "A Cavala", peixe que de menor só tem o preconceito que o cerca.<br /><br /><b>Yoji Tokuyoshi</b>, subchefe <i>Osteria Francescana</i>, Modena (Itália), *** M, <b>Matteo Ferrantino</b>, subchefe <i>Vila Joya</i>, Algarve, ** M, <b>Florian Rühlmann</b>, suchefe <i>The Ocean</i>, Algarve, ** M, <b>Leandro Carreira</b>, subchefe <i>Viajante</i>, Londres, * M, <b>David Jesus</b>, subchefe restaurante <i>Belcanto</i>, Lisboa * M, <b>João Rodrigues</b>, subchefe <i>Feitoria</i>, Lisboa, * M, são os convidados. Veremos quanto do seu pensamento está incorporado nas artes dos restaurantes "mãe". Paralelamente, serão realizados, pelos mesmos, dois jantares na Cantina da Estrela.<br /><br />Finalmente, para cada uma das estações do ano, haverá uma apresentação seguindo o tema "Fruta em Lisboa nas 4 Estações" na qual se juntarão os sabores e saberes de um chef e de vários especialistas:<br /><br />"OUTONO", dia 5, às 15:00<br /><b>Fausto Airoldi</b>, Cristina Oliveira (Professora de Fruticultura do ISA), Alexandra Vieira (Segurança Alimentar), Vasco Veiga (Sortegel), ANP - Associação Nacional de Produtores de Pêra Rocha<br /><br />"INVERNO", dia 8, às 15:00<br /><b>Nuno Diniz</b> (<i>York House</i>, Lisboa), Cristina Oliveira (Professora de Fruticultura do ISA), APMA - Associação de Produtores de Maçã de Alcobaça <br /><br />"PRIMAVERA", dia 9, às 15:00<br /><b>Nuno Barros</b> (<i>1300 Taberna</i>, Lisboa), Cristina Oliveira (Professora de Fruticultura do ISA), Alexandra Vieira (Segurança Alimentar)<br /><br />"VERÃO", dia 12, às 15:00<br /><b>Miguel Castro Silva</b> (<i>Largo</i>, Lisboa), Cristina Oliveira (Professora de Fruticultura do ISA),Empresa Dona Uva<br /><br />Como já referi em anos anteriores, a única pena minha é não haver bilhetes especiais para que curiosos e amadores pudessem seguir o conjunto das apresentações, sem um grande rombo orçamental. Ainda que, face às enchentes passadas, se tivesse de aumentar a capacidade do auditório...<br /><br />A seguir pois, com a maior disponibilidade possível. Eu lá estarei.</div>Pedro Cruz Gomeshttp://www.blogger.com/profile/16477006053175370211noreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-3687787031186879285.post-85547293553052486452013-03-25T19:26:00.000-07:002013-08-16T20:07:11.691-07:00As novas tascas (I)<div style="text-align: justify;">Para um lisboeta é um lugar comum ouvir um lisboeta dizer que Lisboa é uma terra de tascas. FOI uma terra de tascas. De tabernas, de quem se dizia serem porta sim porta não com as porta não porta sim igrejas.<br /><br /><i>É curioso usar-se a expressão "lugar comum", quando uma tasca - a tradicional, aquela com um <a href="http://pt.wikipedia.org/wiki/Corvo-comum">vicente</a> à porta, um barril ao fundo e um balcão de mármore a intermediar... não, menos, a tradicional com um ar chunga, cheiro a fritos e petisqueira que, em retrospectiva nos faz salivar e mentalmente lamber os dedos - é, hoje em dia e legislação sanitária europeizada em mente, um lugar incomum.</i><br /><br />Zelosos e cumpridores <i>law enforcers</i> que se seguiram a cumpridores e zelosos legisladores fizeram por higienizar todo o tecido restaurativo da cidade: azulejaram, inoxidaram, fluorescentaram, desengorduraram, normalizaram gosto e sabor. Mataram - ou pelo menos enterraram sobre cosméticas carradas de <a href="http://pt.wikipedia.org/wiki/An%C3%A1lise_de_Perigos_e_Pontos_Cr%C3%ADticos_de_Controle">HACCP</a>s - esse passado que a presente ausência nos faz teimar em glorificar.<br /><br /><i>É tão português suspirar por algo que passou a bestial depois de morto.</i><br /><br />Bom. O mundo pula e avança com toda a força do que tem de ser. E se para nós tugas, o respeitinho ainda é - pelo menos às claras - muito bonitinho, para a panóplia de imigrantes que nos enchem as ruas de colorido e os bairros populares de uma vivacidade sem IVA, o <i>lespeitinho</i> é coisa de <i>gweilo.</i><br /><br />Assiste-se assim, nessa Lisboa renovada de actividade, ao renascimento da tasca-instituição.<br /><br /><table align="center" cellpadding="0" cellspacing="0" class="tr-caption-container" style="margin-left: auto; margin-right: auto; text-align: center;"><tbody><tr><td style="text-align: center;"><a href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEhGi7Jj6Lbsa0cM1BsYxOpnPd4B2FK8_AVnXZorHD1rDV2OOAXTn3rmBWcfClhilK5pgretWdqwxLWSgZWHREAUe9odsDxHKYawpbfazzCctPOsxX7OCXeVJ2b8TC1HxAMsDpf2Z1kIzo-y/s1600/Vendedora+Petiscos+e+bebidas+aa+Joshua+Benoliel+alt.jpg" imageanchor="1" style="margin-left: auto; margin-right: auto;"><img border="0" height="448" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEhGi7Jj6Lbsa0cM1BsYxOpnPd4B2FK8_AVnXZorHD1rDV2OOAXTn3rmBWcfClhilK5pgretWdqwxLWSgZWHREAUe9odsDxHKYawpbfazzCctPOsxX7OCXeVJ2b8TC1HxAMsDpf2Z1kIzo-y/s640/Vendedora+Petiscos+e+bebidas+aa+Joshua+Benoliel+alt.jpg" width="640" /></a></td></tr><tr><td class="tr-caption" style="text-align: center;">(Fotografia de base: Autoria - Joshua Benoliel; Arquivo Fotográfico CML)</td></tr></tbody></table>Uma profusão quase porta sim porta não de restaurantes familiares, com cozinheiros/as de mão cheia que nos transportam às ruas de muitas das cozinhas regionais chinesas, bastando para tal deixar cair o duplo véu de desconfiança de restaurador e clientes.<br /><br />Apesar dos zelos que, mais tarde ou mais cedo, hão-de cair, em mediaticamente calculadas operações, sobre estas micro-micro-micro-empresas, não tenho dúvidas de quem irá sair vencedor: o palato dos curiosos e a tenacidade dos mais teimosos.<br /><br />Aqui ficam as mais recentes descobertas, experimentadas numa destas noites, algures na cidade: uma lição de gostos, texturas, equilíbrios de cores, concentrados em poucos gestos, meios económicos e simplicidade de pratos. Uma cozinha milenar ao virar das esquinas. Vale a pena conhecer, já que a nossa teima em sobreviver envergonhada, perdida em modernices que desconhecem a modernidade ou paralisada em imitações de mau tom, pouco sabor e menor amor.<br /><br /><div class="separator" style="clear: both; text-align: center;"><a href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEicKMzV-0v2KcmOY1KGow6dR0-8vBsfAtZC99dFeljrA7k7p0cfjAmeLVcbS-pSEqNxrFYBulFwe3GyLB1Hx-sIxZ7b-d2-u0pxJey7bakZo0WXLmKVcEPiv-J-fP-kldFd1TmHJAopEvke/s1600/59-01.jpg" imageanchor="1" style="margin-left: 1em; margin-right: 1em; text-align: center;"><img border="0" height="426" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEicKMzV-0v2KcmOY1KGow6dR0-8vBsfAtZC99dFeljrA7k7p0cfjAmeLVcbS-pSEqNxrFYBulFwe3GyLB1Hx-sIxZ7b-d2-u0pxJey7bakZo0WXLmKVcEPiv-J-fP-kldFd1TmHJAopEvke/s640/59-01.jpg" width="640" /></a></div><br /><div class="separator" style="clear: both; text-align: center;"></div><br /><table align="center" cellpadding="0" cellspacing="0" class="tr-caption-container" style="margin-left: auto; margin-right: auto; text-align: center;"><tbody><tr><td style="text-align: center;"><a href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEhDT2zQj3mGRSUwJQm_wo80WxBbdYnlxSX-XYwCRpNB6_rT-7PrhBF7oImrtrD0F64mH_6Y3_fOF47By12_wHKYjTWOlOEkq6vJY7KzKeJuxIZSev-XAl5X5QlfvNvp-7Rvy9Jr-6YBEKO5/s1600/59-03.jpg" imageanchor="1" style="margin-left: auto; margin-right: auto;"><img border="0" height="426" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEhDT2zQj3mGRSUwJQm_wo80WxBbdYnlxSX-XYwCRpNB6_rT-7PrhBF7oImrtrD0F64mH_6Y3_fOF47By12_wHKYjTWOlOEkq6vJY7KzKeJuxIZSev-XAl5X5QlfvNvp-7Rvy9Jr-6YBEKO5/s640/59-03.jpg" width="640" /></a></td></tr><tr><td class="tr-caption" style="text-align: center;">Frango <i>Kung Pao</i></td></tr></tbody></table><div class="separator" style="clear: both; text-align: center;"><br /></div><div class="separator" style="clear: both; text-align: center;"><a href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEg7KZnE5__XRsJrD9vcFhJ6kxbitCEuHu3yYIZrQxI6-5OBGtjAqiq4l95QS7SloNF1EhCUJr6-edv4nFhqI_wDdHXOAjOI-c9moLMX1_00O_Xhp0IRrHN9nzc0aKzBXYUBI1PFa_8iiApq/s1600/59-06.jpg" imageanchor="1" style="margin-left: 1em; margin-right: 1em;"><img border="0" height="640" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEg7KZnE5__XRsJrD9vcFhJ6kxbitCEuHu3yYIZrQxI6-5OBGtjAqiq4l95QS7SloNF1EhCUJr6-edv4nFhqI_wDdHXOAjOI-c9moLMX1_00O_Xhp0IRrHN9nzc0aKzBXYUBI1PFa_8iiApq/s640/59-06.jpg" width="426" /></a></div><br /><table align="center" cellpadding="0" cellspacing="0" class="tr-caption-container" style="margin-left: auto; margin-right: auto; text-align: center;"><tbody><tr><td style="text-align: center;"><a href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEh44GUG25ja6F8eOffSMoGhn7m7B3LKehaCTQKYmNGbVL4P1SK8MxJgUV-58hkClN4mRhbYGA1YEL6JLab02tcCIk2Q8vIGBZ1hQcML6skd0FXKeOSOVTRcf6w_a2tR8geXxYI0f1UQo_Zj/s1600/59-04.jpg" imageanchor="1" style="margin-left: auto; margin-right: auto;"><img border="0" height="426" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEh44GUG25ja6F8eOffSMoGhn7m7B3LKehaCTQKYmNGbVL4P1SK8MxJgUV-58hkClN4mRhbYGA1YEL6JLab02tcCIk2Q8vIGBZ1hQcML6skd0FXKeOSOVTRcf6w_a2tR8geXxYI0f1UQo_Zj/s640/59-04.jpg" width="640" /></a></td></tr><tr><td class="tr-caption" style="text-align: center;"><i><a href="http://en.wikipedia.org/wiki/Jiaozi#Guotie">Guotie</a></i></td></tr></tbody></table><br /><table align="center" cellpadding="0" cellspacing="0" class="tr-caption-container" style="margin-left: auto; margin-right: auto; text-align: center;"><tbody><tr><td style="text-align: center;"><a href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEgEniZD81IKgNY-ZfMemcbIP6pU5JwNPaXtTail5xodrXIGASg-_sFUSVq4GR7flXsmFOQaTx-uUggts3kZndwlKTBVnEMonCbTDDr_fDbv-n2B8EBjhXnU6yjf_OYYwrjbYnBrQPMnYzgC/s1600/59-05.jpg" imageanchor="1" style="margin-left: auto; margin-right: auto;"><img border="0" height="426" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEgEniZD81IKgNY-ZfMemcbIP6pU5JwNPaXtTail5xodrXIGASg-_sFUSVq4GR7flXsmFOQaTx-uUggts3kZndwlKTBVnEMonCbTDDr_fDbv-n2B8EBjhXnU6yjf_OYYwrjbYnBrQPMnYzgC/s640/59-05.jpg" width="640" /></a></td></tr><tr><td class="tr-caption" style="text-align: center;"><i>Pak choi</i> e cogumelos <i>shiitake</i>: é difícil fazer melhor com tão pouco (tão muito?)</td></tr></tbody></table></div>Pedro Cruz Gomeshttp://www.blogger.com/profile/16477006053175370211noreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-3687787031186879285.post-48861190841687276292013-03-19T04:35:00.000-07:002013-08-16T20:07:11.735-07:00Três palácios reais da região de Lisboa<div class="separator" style="clear: both; text-align: center;"><a href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEjgWVeHabZ5dhrnDqmGAXUvh_s9SL6bjVsy1uzS14g0UnaIlh2BpGxNuYoBLQqypwZEcEAvxhP73aG9OQmwyWYyM-hqOUqliW_XIvSkXYz2aFnWQPhyphenhyphen6Ges3BMvWLkOjiaDjUQSK_Oqslzo/s1600/pal07.jpg" imageanchor="1" style="margin-left: 1em; margin-right: 1em; text-align: center;"><img border="0" height="426" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEjgWVeHabZ5dhrnDqmGAXUvh_s9SL6bjVsy1uzS14g0UnaIlh2BpGxNuYoBLQqypwZEcEAvxhP73aG9OQmwyWYyM-hqOUqliW_XIvSkXYz2aFnWQPhyphenhyphen6Ges3BMvWLkOjiaDjUQSK_Oqslzo/s640/pal07.jpg" width="640" /></a></div><br /><div style="text-align: justify;">Curioso paradoxo gastronómico que a distribuição social da riqueza gerou, é a cozinha dos ricos que fica para a História mas é, genericamente, a cozinha dos pobres que fica na memória.</div><br /><div style="text-align: justify;">Concretizo: dos sítios, dos registos, das memórias fica‐nos o relato de hábitos alimentares, despesas com eles relacionadas, modas, modos que as classes superiores – a nobreza e o clero – mantiveram durante séculos. São essas as fontes da História, as quase únicas fontes possíveis de um passado que pouco ou nada quis registar da arraia‐miúda, precisamente porque da sua condição humana não se tinha consciência de existir. Nulidade necessária para manter os padrões de vida da classe dirigente, relegado o seu bem‐estar para um prometido paraíso <i>post mortem</i>, ao povo, urbano ou campesino, pouco mais durante séculos se permitiu que uma quase sempre silenciosa luta pela sobrevivência. Restou‐lhe um consolo: que, pouco a pouco, o sapiente, laborioso, imaginativo agrupar de soluções para matar a sua fome secular, arrancadas aos parcos recursos sobrantes após a rapina dos senhores, constituísse o fundamental dos hábitos culinários de uma região, um povo, uma nação.</div><div style="text-align: justify;"><br /><a href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEgljZTkToXbsCeIwYC11t3TsChrr8Exyv7vVszfeq9_3c6HVAbOzq_C65qkjuYgroxCe4WYWnAt97rYrKL9pczipgMMgV8qmQpJABvJdSGjNUvDH4L08oywLXQLGINQkXnPEzFFLUy7rpQN/s1600/pal05.jpg" imageanchor="1" style="margin-left: 1em; margin-right: 1em; text-align: center;"><img border="0" height="426" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEgljZTkToXbsCeIwYC11t3TsChrr8Exyv7vVszfeq9_3c6HVAbOzq_C65qkjuYgroxCe4WYWnAt97rYrKL9pczipgMMgV8qmQpJABvJdSGjNUvDH4L08oywLXQLGINQkXnPEzFFLUy7rpQN/s640/pal05.jpg" width="640" /></a></div><div style="text-align: justify;"><br /></div><div style="text-align: justify;">Aos homens feitos imperfeitos e fugidios deuses ficou assim reservado o fulgor de uma vida, cristalizada, irrepetível; aos seus anónimos servos, filhos desses deuses menores, a perenidade de um conjunto de gestos, repetidos e sempre presentes, a memória quase genética que nos habita.</div><div style="text-align: justify;"><br /><div class="separator" style="clear: both; text-align: center;"><a href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEip80Ndodh4w4Pox9u3ePYgzgth-RsICU8NW2ckXi-BIXx-5coQDw5AAI0rY8A_2vCJ6ZqtzZjFuoJSLLWH7yhEb4vINfSC9otrGuOfGs-PVr2ceKLnUIzEuaIul2YWR30QOSFWu4ApZzU3/s1600/pal03.jpg" imageanchor="1" style="margin-left: 1em; margin-right: 1em; text-align: center;"><img border="0" height="640" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEip80Ndodh4w4Pox9u3ePYgzgth-RsICU8NW2ckXi-BIXx-5coQDw5AAI0rY8A_2vCJ6ZqtzZjFuoJSLLWH7yhEb4vINfSC9otrGuOfGs-PVr2ceKLnUIzEuaIul2YWR30QOSFWu4ApZzU3/s640/pal03.jpg" width="426" /></a></div><br />Visitar alguns dos Paços da região de Lisboa é dialogar com essa História registada e caminhar pela perplexidade de tomar conhecimento de algo que nos pertence – porque português – mas que nos é estranho – porque, comuns mortais, somos quem olha de fora. À maneira de Pessoa, sentimos racionalmente; está‐nos interdito invocar Homem de Mello e pensar “comi com eles na mesa, tive a mesma condição”.</div><br /><div class="separator" style="clear: both; text-align: center;"><a href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEh0eqa506HybFzv4LHTDST__cKvoDhyVjqhU8tce7BCgN5UPztixMn_H0s9lfRF26nGmogLp7R9FK5IeUFg0ItczGZFj69CORlHnIYKquMehI0m73OzSkj-7rh2jAZycLjksBnfa8_ex1WY/s1600/pal04.jpg" imageanchor="1" style="margin-left: 1em; margin-right: 1em; text-align: center;"><img border="0" height="640" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEh0eqa506HybFzv4LHTDST__cKvoDhyVjqhU8tce7BCgN5UPztixMn_H0s9lfRF26nGmogLp7R9FK5IeUFg0ItczGZFj69CORlHnIYKquMehI0m73OzSkj-7rh2jAZycLjksBnfa8_ex1WY/s640/pal04.jpg" width="426" /></a></div><br /><div style="text-align: justify;">Ao visitar os palácios de Sintra, Queluz e Ajuda fica‐nos – para além do prazer que é caminhar os espaços, descobrir as decorações, conhecer os artefactos – a compreensão das soluções arquitectónicas nos grandes espaços de habitação para os problemas inerentes à preparação, confecção e distribuição de alimentos. A recepção e armazenamento dos alimentos. O abastecimento de água e a drenagem da mesma após o uso (lavagens, limpeza). A exaustão de fumos. A protecção contra incêndios. A geometria e orgânica dos espaços de confecção – fogões, fornos, espetos, lareiras. Os percursos de distribuição. Os locais de consumo – salas de refeições.</div><br /><a href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEivOy1wFGDzwFyToLIW5I_G9rxyWkA_duYCbwGe3uukGuUwxJKMT-QTL8aDdGUIvWgBJ9D3FeH51rVTRe17HcCZUqT_2-9WtdX-0GKUZVwzIUpyvLrEMQTPPpQhcxZAR9NvcBzfyMSAsnTI/s1600/pal09.jpg" imageanchor="1" style="margin-left: 1em; margin-right: 1em; text-align: center;"><img border="0" height="426" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEivOy1wFGDzwFyToLIW5I_G9rxyWkA_duYCbwGe3uukGuUwxJKMT-QTL8aDdGUIvWgBJ9D3FeH51rVTRe17HcCZUqT_2-9WtdX-0GKUZVwzIUpyvLrEMQTPPpQhcxZAR9NvcBzfyMSAsnTI/s640/pal09.jpg" width="640" /></a><br /><br /><div style="text-align: justify;">Visitando-os - ou questionando-os - de acordo com a sua ocupação temporal, permite percepcionar a evolução dos gostos e das soluções.</div><br /><div class="separator" style="clear: both; text-align: center;"><a href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEiJVbMbvSc4kwsC6bH1euvb8AH1atAUtgBpgO0kTeIePvZ5WZPDoIkbqC9ntHAjVjnz8wlfPCj4WQV31cE8GzJZgo8BnafFnYxbfld3Th-3oE2WB7vgIut8VWwYLnwevuCxbvRSkClP4mKG/s1600/pal08.jpg" imageanchor="1" style="margin-left: 1em; margin-right: 1em; text-align: center;"><img border="0" height="640" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEiJVbMbvSc4kwsC6bH1euvb8AH1atAUtgBpgO0kTeIePvZ5WZPDoIkbqC9ntHAjVjnz8wlfPCj4WQV31cE8GzJZgo8BnafFnYxbfld3Th-3oE2WB7vgIut8VWwYLnwevuCxbvRSkClP4mKG/s640/pal08.jpg" width="426" /></a></div><br /><div style="text-align: justify;">O palácio da vila, em Sintra, com origem árabe foi residência da família real portuguesa desde o século XII. Sucessivamente ampliado por campanhas de obras ordenadas por D. Dinis, D. João I e D. Manuel I, em vários estilos arquitectónicos, a sua configuração actual não difere globalmente do fixado por este último rei, permitindo assim uma ideia consistente das soluções medievais e renascentistas relativamente às questões atrás citadas.</div><br /><div class="separator" style="clear: both; text-align: center;"><a href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEhDuVywMo-_brgeFpVKmRfGZgIRbjj2mK8Y5yMEMafM4j5pSiSPcXZ9jsBQNo6frRdbelBELaKQXoVAmM1BzrsBYix_OyRc_MPbUlD1WJ51DVE1JcBqsOZPu5-c41xDhBFK_h1Bp4oi_EwO/s1600/pal10.jpg" imageanchor="1" style="margin-left: 1em; margin-right: 1em; text-align: center;"><img border="0" height="640" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEhDuVywMo-_brgeFpVKmRfGZgIRbjj2mK8Y5yMEMafM4j5pSiSPcXZ9jsBQNo6frRdbelBELaKQXoVAmM1BzrsBYix_OyRc_MPbUlD1WJ51DVE1JcBqsOZPu5-c41xDhBFK_h1Bp4oi_EwO/s640/pal10.jpg" width="426" /></a></div><br /><div style="text-align: justify;">As duas chaminés da cozinha, <i>ex‐libris</i> do palácio, são o indicativo maior tanto do tipo de confecção preferencial – assados ‐ quanto da quantidade de comida assim confeccionada justificativa de tamanha dimensão de exaustão. A construção independente do resto do palácio bem como a grossura da parede meã ilustra os cuidados e o receio de incêndios, perigo real dados o tipo de materiais usados na construção e a prevalência do fogo na cozinha (ironicamente, seria um incêndio a destruir, vários séculos depois, um outro palácio real, a <i>Real Barraca</i>, edificação provisória de madeira (com 33 anos), determinando a construção do Palácio da Ajuda, último palácio real da monarquia portuguesa). Finalmente, o – pelo menos para o visitante moderno ‐ labiríntico percurso que vitualhas seguiriam até à sala de refeição, faz pensar ser provável a presença nesta de processos de reaquecimento da comida.</div><br /><div class="separator" style="clear: both; text-align: center;"><a href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEjb5YcYN9fQmmbZBAIDoxjWY3RS6zWcYAO38_wIXEKke7bYEVvy5ruEfID2iZLMSHLMSgD4gV3Z20Ow9BhwSiRHs7YTaOd2HNGDpnxM8sUBCjjJCk2EYGwkHUdNxMynoy6xicl46gTP9Sgw/s1600/palsintra.gif" imageanchor="1" style="margin-left: 1em; margin-right: 1em; text-align: center;"><img border="0" height="640" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEjb5YcYN9fQmmbZBAIDoxjWY3RS6zWcYAO38_wIXEKke7bYEVvy5ruEfID2iZLMSHLMSgD4gV3Z20Ow9BhwSiRHs7YTaOd2HNGDpnxM8sUBCjjJCk2EYGwkHUdNxMynoy6xicl46gTP9Sgw/s640/palsintra.gif" width="542" /></a></div><br /><div style="text-align: justify;">Igual separação do corpo da cozinha verifica‐se no Palácio de Queluz, construído no século XVIII. Adaptado a restaurante, a chaminé, integrada numa das salas de refeições, ainda que de notáveis dimensões é de uma escala muito inferior à das suas monumentais congéneres de Sintra. Sinal claro de uma outra atitude do cozinhar, mais apoiada na confecção de peças parciais e de preparados do que de peças inteiras dos animais. Uma cozinha que se poderá caracterizar como menos “brutalista” e mais delicada.</div><br /><a href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEhgwo1trnSJa4AwhyphenhyphengM-0rpk5uHkD7aoKE5gZwbPpD822XuObqJPtglKQhBRwDedqSzFecbGU2uYnSqHL6s7lQW48a9uU6o75cEcMwjXKONgtbPoz4f-4dx6CcHnRW4Y_SyHpKXHroKxxoa/s1600/pal11.jpg" imageanchor="1" style="margin-left: 1em; margin-right: 1em; text-align: center;"><img border="0" height="426" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEhgwo1trnSJa4AwhyphenhyphengM-0rpk5uHkD7aoKE5gZwbPpD822XuObqJPtglKQhBRwDedqSzFecbGU2uYnSqHL6s7lQW48a9uU6o75cEcMwjXKONgtbPoz4f-4dx6CcHnRW4Y_SyHpKXHroKxxoa/s640/pal11.jpg" width="640" /></a><br /><br /><div class="separator" style="clear: both; text-align: center;"><a href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEg_XLhpnNyI0D1Ukd-l8EYBq2Q3a66BZuwCgdoqvHaH4fy9QdWHHw2nDkkCyvUKdVgvnsVM8a95uPNOUFGJKVeYqmUyYaEEr0GINXRjNflJoVsmTUg-63ap8jguT2rwR9nINNmsh87DKl-J/s1600/pal12.jpg" imageanchor="1" style="margin-left: 1em; margin-right: 1em; text-align: center;"><img border="0" height="640" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEg_XLhpnNyI0D1Ukd-l8EYBq2Q3a66BZuwCgdoqvHaH4fy9QdWHHw2nDkkCyvUKdVgvnsVM8a95uPNOUFGJKVeYqmUyYaEEr0GINXRjNflJoVsmTUg-63ap8jguT2rwR9nINNmsh87DKl-J/s640/pal12.jpg" width="426" /></a></div><br /><div style="text-align: justify;">Infelizmente no Palácio da Ajuda não está aberta aos visitantes a possibilidade de visitar a cozinha, sendo apenas possível o contacto com as duas salas de refeições – a sala privada e a sala de banquetes. Espaços de ostentação do poder, como não poderia deixar de ser, com o acto de comer, principalmente no segundo espaço, a ser elevado a factor de representação do Estado, tanto na época monárquica como no actual regime.</div><br /><a href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEg_yIGFIPUjIfPjBEP_22YaAvNU8BMTVjHzwlkk61ZCxOzuvusupmbduj6zzhovfzkGV4qLlJSW-68ZDW-c1abLhgAamb2_CVEEVtlQA8Bj1Tdv_EmM1AIlolNg5MQq6mKHkqpP8wWc8a_h/s1600/pal13.jpg" imageanchor="1" style="margin-left: 1em; margin-right: 1em; text-align: center;"><img border="0" height="426" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEg_yIGFIPUjIfPjBEP_22YaAvNU8BMTVjHzwlkk61ZCxOzuvusupmbduj6zzhovfzkGV4qLlJSW-68ZDW-c1abLhgAamb2_CVEEVtlQA8Bj1Tdv_EmM1AIlolNg5MQq6mKHkqpP8wWc8a_h/s640/pal13.jpg" width="640" /></a><br /><div class="separator" style="clear: both; text-align: center;"><br /></div><div style="text-align: justify;">Interessante este percurso, bem explicado pelo olho treinado e erudito de <a href="http://www.virgiliogomes.com/"><span style="color: #660000;">Virgílio Gomes</span></a>, de três espaços reais sob a óptica gastronómica.</div>Pedro Cruz Gomeshttp://www.blogger.com/profile/16477006053175370211noreply@blogger.com1tag:blogger.com,1999:blog-3687787031186879285.post-51314611310896366292013-03-18T05:00:00.000-07:002013-08-16T20:07:11.780-07:00Do Gastrodré à Baixa, comé<div class="MsoNormal"><div style="text-align: justify;">Um percurso possível. Um contador de histórias valioso - André Magalhães. Vontade de olhar e de provar, de evocar e recriar.<br /><br />Começamos como começavam quase todos os madrugadores passantes pelo Cais do Sodré: com uma bucha no quiosque e um café incrementado… com um cheirinho, como se dizia em bom lisboeta da silva dos meus tempos de Bernardim.<br /><br /><div class="MsoNormal"><div class="separator" style="clear: both; text-align: center;"><a href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEg_p-bEy8lC3sHonrodek_2qyEG3_QXba8voZmnXyj1uwu9MsSe-g3IdgkJxVst-mEgXz6iRsn-TQgwuNB2CmP7aA9dDBpTk-atlCZSI1aWl5Kahg5H1GMEk7tbwG9Tj0-YWDzYWvhiVYWh/s1600/cs00.jpg" imageanchor="1" style="margin-left: 1em; margin-right: 1em; text-align: center;"><img border="0" height="640" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEg_p-bEy8lC3sHonrodek_2qyEG3_QXba8voZmnXyj1uwu9MsSe-g3IdgkJxVst-mEgXz6iRsn-TQgwuNB2CmP7aA9dDBpTk-atlCZSI1aWl5Kahg5H1GMEk7tbwG9Tj0-YWDzYWvhiVYWh/s640/cs00.jpg" width="426" /></a></div><br /></div><div class="MsoNormal">Cais do Sodré também de marinheiros, em demanda ávida de alimento para diversas fomes, nos tempos áureos do comércio marítimo ou da fria guerra de nervos com que terminou o aceso tráfego militar do Atlântico Norte. Em acentuada decadência o vário mercadejar da zona, atentando-nos nós no que se pode citar a todas as horas do dia sem perigo de sobrolhal censura ou de taipais cerrados pela imprópria hora da manhã.<o:p></o:p><br /><br /><div class="separator" style="clear: both; text-align: center;"><a href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEhyXgZdbGjXK0AbIuQzZml2Xghpn1khb8Er0fDm5Zl8FgBc3uLArjojyf7P4-DYeBBhugOkIOtCp9Tb9uX-09NiYdlVGmmQuK5aqAZKPW4A1jrZl6DYe7fEc-t-Pgk5N_2x3z_krl-ofPJC/s1600/cs02.jpg" imageanchor="1" style="margin-left: 1em; margin-right: 1em; text-align: center;"><img border="0" height="426" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEhyXgZdbGjXK0AbIuQzZml2Xghpn1khb8Er0fDm5Zl8FgBc3uLArjojyf7P4-DYeBBhugOkIOtCp9Tb9uX-09NiYdlVGmmQuK5aqAZKPW4A1jrZl6DYe7fEc-t-Pgk5N_2x3z_krl-ofPJC/s640/cs02.jpg" width="640" /></a></div></div><div class="MsoNormal"><br /></div><div class="MsoNormal">Humildes tascas em purgatória descida, mantidas por donos de outras eras, em fim de vida ambos, sem perspectivas de continuidade. <o:p></o:p><br /><br /><a href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEiyi1uX6TkLMj7cTohxahMgOrl7hrfTYrn7SpRQURGwbKagVQthAmGi3wAVFoNzmJ4oSOcujpQymLXYtdTRbrWgSy7hHNxbCD_urxfE4BRPoVsWTX7zW-ps_8cB1XHG6UtCduBiOab9xcx8/s1600/cs09.jpg" imageanchor="1" style="margin-left: 1em; margin-right: 1em; text-align: center;"><img border="0" height="426" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEiyi1uX6TkLMj7cTohxahMgOrl7hrfTYrn7SpRQURGwbKagVQthAmGi3wAVFoNzmJ4oSOcujpQymLXYtdTRbrWgSy7hHNxbCD_urxfE4BRPoVsWTX7zW-ps_8cB1XHG6UtCduBiOab9xcx8/s640/cs09.jpg" width="640" /></a></div><div class="MsoNormal"><br /></div><div class="MsoNormal">A <i>Casa Cid</i>, em frente às traseiras da Ribeira, representante honesta da cozinha de mão-cheia, com oficiante destro e conhecedor e onde vale a pena abancar, sem tempo, para atentamente distraído, encher os ouvidos de histórias, de linguarejar alfacinha e da boa petiscada que ainda resiste.<br /><br /><div class="separator" style="clear: both; text-align: center;"><a href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEhgvuX4-mN9_JHRdcoaTko_J64mKQhlLBakDiMOQ5gEQi4QBGHAlMwNgcHm5GMg30qAEh9-qAUJozfQfZFcreU5CIItm_l-NPmiPhYQmoYupZl5EBPlvVM9-4vLgAPyrm_YhR61JYFsandP/s1600/cs04.jpg" imageanchor="1" style="margin-left: 1em; margin-right: 1em; text-align: center;"><img border="0" height="426" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEhgvuX4-mN9_JHRdcoaTko_J64mKQhlLBakDiMOQ5gEQi4QBGHAlMwNgcHm5GMg30qAEh9-qAUJozfQfZFcreU5CIItm_l-NPmiPhYQmoYupZl5EBPlvVM9-4vLgAPyrm_YhR61JYFsandP/s640/cs04.jpg" width="640" /></a></div><div class="separator" style="clear: both; text-align: center;"><br /></div><div class="separator" style="clear: both; text-align: center;"><a href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEgVl3Ucg3U5SWW2HarpQnoWojSQ7nYiJqfx0u2fGbX-Wumo5O-eWMtzm-V80RZqZpq_ufzE4ciWwkKAfGeW6PPnd-_XpdIV27_KhPdCr-dtt4UHcf7wVeCVH7EY-j_rbn3XymzOnKW68lXv/s1600/cs06.jpg" imageanchor="1" style="margin-left: 1em; margin-right: 1em;"><img border="0" height="426" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEgVl3Ucg3U5SWW2HarpQnoWojSQ7nYiJqfx0u2fGbX-Wumo5O-eWMtzm-V80RZqZpq_ufzE4ciWwkKAfGeW6PPnd-_XpdIV27_KhPdCr-dtt4UHcf7wVeCVH7EY-j_rbn3XymzOnKW68lXv/s640/cs06.jpg" width="640" /></a></div><br />Comida de rua em balcão de zinco, jaquinzinhos, torresmos, croquetes, brancos em copos de três e um sorriso satisfeito, apaziguado, beatífico.<br /><o:p></o:p><br /><br /><div class="separator" style="clear: both; text-align: center;"><a href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEiSn54MeNdSKICdbRHu1DKKthmQkRSVgOS9Wh0LDNHUJEqo8fOvuwDh5NksBTx9GZ1qb1MdpPLVkk3mRWDFpwxxGW14GkyYIVj1d_7fK9FiYqbFUSMYEmKEGCb3NasEd1Dq2-h3Cq9IHYBP/s1600/cs05.jpg" imageanchor="1" style="margin-left: 1em; margin-right: 1em; text-align: center;"><img border="0" height="426" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEiSn54MeNdSKICdbRHu1DKKthmQkRSVgOS9Wh0LDNHUJEqo8fOvuwDh5NksBTx9GZ1qb1MdpPLVkk3mRWDFpwxxGW14GkyYIVj1d_7fK9FiYqbFUSMYEmKEGCb3NasEd1Dq2-h3Cq9IHYBP/s640/cs05.jpg" width="640" /></a></div><br /></div><div class="MsoNormal"><div class="separator" style="clear: both; text-align: center;"><a href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEjOeIUXhWQkENOXoM_B1h-neMqJdS_0vv5HGQ6gkm2EaHvHCTf57i8PcgQxd182zSkplQiODjxZDr4mZwf8RWdyL5za1e0H15fws9RCtCP5IiTubFj4KFEjCH_73q-IJEfoESlKC72gFA1j/s1600/cs07.jpg" imageanchor="1" style="margin-left: 1em; margin-right: 1em; text-align: center;"><img border="0" height="426" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEjOeIUXhWQkENOXoM_B1h-neMqJdS_0vv5HGQ6gkm2EaHvHCTf57i8PcgQxd182zSkplQiODjxZDr4mZwf8RWdyL5za1e0H15fws9RCtCP5IiTubFj4KFEjCH_73q-IJEfoESlKC72gFA1j/s640/cs07.jpg" width="640" /></a></div><br /><div class="separator" style="clear: both; text-align: center;"><a href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEg1egUUIRGEpD9l_Y2dDLLxtAhzplxlBBstjy27nSzQ6Fh5Tr0rxGIugtc3hB8hqLQqU4R8zq3uAKspMu-6HDcHTHEuP1zx-3s4Ne_8k0xxr0-YRsUCCJSBAAP5xBFvJtcwtrsTL2irGlvM/s1600/cs08.jpg" imageanchor="1" style="margin-left: 1em; margin-right: 1em; text-align: center;"><img border="0" height="426" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEg1egUUIRGEpD9l_Y2dDLLxtAhzplxlBBstjy27nSzQ6Fh5Tr0rxGIugtc3hB8hqLQqU4R8zq3uAKspMu-6HDcHTHEuP1zx-3s4Ne_8k0xxr0-YRsUCCJSBAAP5xBFvJtcwtrsTL2irGlvM/s640/cs08.jpg" width="640" /></a></div></div><div class="MsoNormal"><br />O <i>British Bar</i>, que foi queirosiana <i>Taverna Ingleza</i>,<br /><br /><a href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEjaBXLcWOPWn3vODxl5lpqm1lG9_VSvTv3JKY2CVegL-WP38Jr9P-O5H90gWBeCXNEoq6d2GBo73D3PFhZwLoGdmUPDpuO34nHCwX-NkXBqTJwvne_F6zFOK1qDaBdX2Lt8WJ7khPlSLoDV/s1600/cs13.jpg" imageanchor="1" style="margin-left: 1em; margin-right: 1em; text-align: center;"><img border="0" height="426" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEjaBXLcWOPWn3vODxl5lpqm1lG9_VSvTv3JKY2CVegL-WP38Jr9P-O5H90gWBeCXNEoq6d2GBo73D3PFhZwLoGdmUPDpuO34nHCwX-NkXBqTJwvne_F6zFOK1qDaBdX2Lt8WJ7khPlSLoDV/s640/cs13.jpg" width="640" /></a><br /><br />onde o tempo anda para trás,<br /><br /><a href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEiD8kha3ziON1cIIyGg5E5rsk8qt3IyLpW_vTzrBlSj5VC6UUXW5-8OH6PqscRfaUWPFyPuJCWhs8qrLhoZjIXCs8JifL1b8FvMsUBQdr84WW5iVC4xbVcJXhGEQ9a1V0fPSFKSaA9QLvCJ/s1600/cs11.jpg" imageanchor="1" style="margin-left: 1em; margin-right: 1em; text-align: center;"><img border="0" height="426" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEiD8kha3ziON1cIIyGg5E5rsk8qt3IyLpW_vTzrBlSj5VC6UUXW5-8OH6PqscRfaUWPFyPuJCWhs8qrLhoZjIXCs8JifL1b8FvMsUBQdr84WW5iVC4xbVcJXhGEQ9a1V0fPSFKSaA9QLvCJ/s640/cs11.jpg" width="640" /></a><br /><o:p></o:p></div><div class="MsoNormal"><br />escritório oficioso do José Cardoso Pires e de inúmeras dúzias de bons malandros, sede de muita sede, afogada em <i>Ginger Beer</i> e <i>Altedouros,</i> as estrelas caseiras da britânica casa.<br /><br /></div><div class="MsoNormal"><div class="separator" style="clear: both; text-align: center;"><a href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEjMkI2axgqz6TTAzGNvlCTViWzUsdI8DnRhFpfIf57veA2r4GFQmfGUpQO9IhlBG2VgHmEFYojPVdKgc5jgf7t8_UQDysj_Fm5I-B1vjjTqO571OZu2aACouKX4R7jiZoNMbx_DRiyQIA6O/s1600/cs12.jpg" imageanchor="1" style="margin-left: 1em; margin-right: 1em; text-align: center;"><img border="0" height="640" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEjMkI2axgqz6TTAzGNvlCTViWzUsdI8DnRhFpfIf57veA2r4GFQmfGUpQO9IhlBG2VgHmEFYojPVdKgc5jgf7t8_UQDysj_Fm5I-B1vjjTqO571OZu2aACouKX4R7jiZoNMbx_DRiyQIA6O/s640/cs12.jpg" width="426" /></a></div><br />A pastelaria <i>Caneças</i>.<o:p></o:p></div><div class="MsoNormal"><br /><a href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEhHaUlmGosRzY1sCA9DrKAKpdSCjIdXMlwp7T_d5TYTiLY_ju8cgQiYRHf2vAsNStpc_Nxjb3_2o0fp-0_IQ0ngZpEAN3cia8u2J4frAGOyhN9m0RKIXcI3324huXgaTgvmQOdx21-dMVdP/s1600/cs14.jpg" imageanchor="1" style="margin-left: 1em; margin-right: 1em; text-align: center;"><img border="0" height="426" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEhHaUlmGosRzY1sCA9DrKAKpdSCjIdXMlwp7T_d5TYTiLY_ju8cgQiYRHf2vAsNStpc_Nxjb3_2o0fp-0_IQ0ngZpEAN3cia8u2J4frAGOyhN9m0RKIXcI3324huXgaTgvmQOdx21-dMVdP/s640/cs14.jpg" width="640" /></a><br /><br /><a href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEj6FINr6IYMejA8qbdzPrPsb8KEAxRa7mLLV6yNW_Z3QoeFRg6myDge6i-UCmKa9YVsAtDfqg5Cb44neRlH4B3X3brKvYHqWPSfMUAZFGs_Kt4iZGbr9p7nz5DI9PdChyByv2azLjzF-WTI/s1600/cs15.jpg" imageanchor="1" style="margin-left: 1em; margin-right: 1em; text-align: center;"><img border="0" height="426" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEj6FINr6IYMejA8qbdzPrPsb8KEAxRa7mLLV6yNW_Z3QoeFRg6myDge6i-UCmKa9YVsAtDfqg5Cb44neRlH4B3X3brKvYHqWPSfMUAZFGs_Kt4iZGbr9p7nz5DI9PdChyByv2azLjzF-WTI/s640/cs15.jpg" width="640" /></a><br /><br /></div><div class="MsoNormal">A mercearia <i>Cabaça de Mel</i>, com biscoitos que foram gesta marítima e são delícia para a comunidade cabo-verdiana,<br /><br /><a href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEgVhBb5qiFe3c307tD1-aVwlF0tTfylh9h2Iiqln2GLZ48OBUdBvxpHpoaz8xaufTdIYH2RfyzJmh9L1VFNihkZLtyIeJ1FdyzBrrHAEPkLmFkIXzxUrjeuDY5BwoNC0ZvHQQxq8gPTtWZq/s1600/cs16.jpg" imageanchor="1" style="margin-left: 1em; margin-right: 1em; text-align: center;"><img border="0" height="426" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEgVhBb5qiFe3c307tD1-aVwlF0tTfylh9h2Iiqln2GLZ48OBUdBvxpHpoaz8xaufTdIYH2RfyzJmh9L1VFNihkZLtyIeJ1FdyzBrrHAEPkLmFkIXzxUrjeuDY5BwoNC0ZvHQQxq8gPTtWZq/s640/cs16.jpg" width="640" /></a><br /><br />situada na travessa do Cotovelo, onde em tempos se comiam as melhores <i>iscas com elas</i> de Lisboa, sujeito de venerável texto de Albino Forjaz de Sampaio, gastrónomo de uma passada Lisboa que, canoa de vela erguida, <i>nunca, nunca, nunca mais</i>.<o:p></o:p></div><div class="MsoNormal"><br /><a href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEhX7NHWbvV5iYVr81wem_gCJOKqtE8BUeZCVgbLFoBzFaVuWkBUgM8oXObztksExlvBy8UGU5A1xryiyJvU96GCosGeTj0d4zMAUos-QtGEVjB4Ym6pCPrfqIK3rqysXSKfpdtgsrPdPFBc/s1600/cs17.jpg" imageanchor="1" style="margin-left: 1em; margin-right: 1em; text-align: center;"><img border="0" height="426" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEhX7NHWbvV5iYVr81wem_gCJOKqtE8BUeZCVgbLFoBzFaVuWkBUgM8oXObztksExlvBy8UGU5A1xryiyJvU96GCosGeTj0d4zMAUos-QtGEVjB4Ym6pCPrfqIK3rqysXSKfpdtgsrPdPFBc/s640/cs17.jpg" width="640" /></a><br /><br />As lojas de secos e molhados da rua dos Bacalhoeiros, com feijões de todas as latitudes, tripa genuína para enchidos caseiros, bacalhau de cura amarela a salga de riso amarelado e peixe seco para comunidade africana consumir.<br /><br /></div><div class="MsoNormal"><div class="separator" style="clear: both; text-align: center;"><a href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEjqY6CTERWltQHaIpulVfevbpxJ_NY6QCPWb3bcM32vvN_kTPMUlG4E9nzLMfZ1lskVS5UjPTU0J9DGgaaz5y11rHXNAE6ldQEyi8Uz1C2fpbchQmRsHqfJtPICGYOKjSz6HeQj4xtEKAfn/s1600/cs18.jpg" imageanchor="1" style="margin-left: 1em; margin-right: 1em;"><img border="0" height="426" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEjqY6CTERWltQHaIpulVfevbpxJ_NY6QCPWb3bcM32vvN_kTPMUlG4E9nzLMfZ1lskVS5UjPTU0J9DGgaaz5y11rHXNAE6ldQEyi8Uz1C2fpbchQmRsHqfJtPICGYOKjSz6HeQj4xtEKAfn/s640/cs18.jpg" width="640" /></a></div><div class="separator" style="clear: both; text-align: center;"><br /></div><div class="separator" style="clear: both; text-align: center;"><a href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEiPH3tXBLTv25vHcZ4ScqKsGanhpQ5d6Qqk4FYWh749RnyMWkQMEjiiL0-HNHjLQrYhNZIAyf7LgwDnq7A273jY7DzfroRr1e_jIU8zgR-lHb_522cokGdg6AM1P-HycxjMnD-8LwP6oIYl/s1600/cs19.jpg" imageanchor="1" style="margin-left: 1em; margin-right: 1em;"><img border="0" height="640" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEiPH3tXBLTv25vHcZ4ScqKsGanhpQ5d6Qqk4FYWh749RnyMWkQMEjiiL0-HNHjLQrYhNZIAyf7LgwDnq7A273jY7DzfroRr1e_jIU8zgR-lHb_522cokGdg6AM1P-HycxjMnD-8LwP6oIYl/s640/cs19.jpg" width="426" /></a></div><br />A Baixa, já ali a seguir, com os seus restaurantes galegos, ex-casas de pasto e abardinados restaurantes caça-níqueis de turistas, encantados com o decrépito very typical, história para outras histórias...</div><br /></div></div>Pedro Cruz Gomeshttp://www.blogger.com/profile/16477006053175370211noreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-3687787031186879285.post-16402512250438808882013-03-16T11:15:00.000-07:002013-08-16T20:07:11.866-07:00Carta de Inverno no Y/8ºs<div style="text-align: justify;">Pela mão de Cyril Devilliers, continua formosa e bem segura a cozinha do Ipsylon, o restaurante do hotel Oitavos, no Guincho.<br /><br />Continua igualmente a ser um mistério para mim, porque é que o seu sucesso permanece maioritariamente nas mãos dos visitantes estrangeiros enquanto propostas relativamente próximas e de qualidade muito menor, continuam com a procura em alta. Será que, ainda hoje, um hotel continua a ser intimidante para quem busca um espaço restaurativo de qualidade?<br /><br />É uma pena. O percurso do chef francês que conta no seu extenso currículo com um tirocínio português no Eleven como <i>chef residente</i> e posterior passagem no Ritz Carlton Penha Longa Hotel tem sido de uma consistência evolutiva que vale a pena conhecer. Na carta de Inverno manteve a sua linha de síntese atlântica, da Normandia a Portugal, recorrendo à sua sólida formação técnica e a um bom leque de produtos de alta qualidade (muitos nacionais), dispondo-se ainda à inovação na combinação de modos e temas de várias origens.<br /><br />Recentemente tive a oportunidade de experimentar alguns dos pratos mais emblemáticos da temporada, numa tarde muito pouco evocadora da estação - estava um magnífico dia de céu limpo e Sol esplendoroso - mas que aconchegou muito bem o repasto, realçando a vista marítima que a fachada de vidro do edifício permite desfrutar.<br /><br />Sucessor do <i><a href="http://gastrossexual.blogspot.com/2012/10/sentido-adeus.html"><span style="color: #660000;">cachocroute</span></a></i> que a displicência dos visitantes terminou, o <i><b>Hot-dog merguez e batata palha caseira</b></i> foram um bom início. Contrastes de texturas e gostos a complementarem-se e a competirem pela nossa atenção sem desequilibrarem o todo.<br /><br /><br /><a href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEhG00dVtZuZ-UsfRNDMsIzHUYG7VeGp8nTqNBPjqZKGhgzQ2cuSjyD5BS9KJYBI19O2EdjyspwmHV_p_1fpQmTErbtFlLqCP7zVULQjsV52qdOTESvhnbpRY9e90Q5QDfPPjtCoxajmHB5O/s1600/y03.jpg" imageanchor="1" style="margin-left: 1em; margin-right: 1em; text-align: center;"><img border="0" height="426" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEhG00dVtZuZ-UsfRNDMsIzHUYG7VeGp8nTqNBPjqZKGhgzQ2cuSjyD5BS9KJYBI19O2EdjyspwmHV_p_1fpQmTErbtFlLqCP7zVULQjsV52qdOTESvhnbpRY9e90Q5QDfPPjtCoxajmHB5O/s640/y03.jpg" width="640" /></a><br /><br />Com origem no Norte de África, a salsicha <i>merguez</i> está bem difundida em França, tanto pela comunidade emigrante como pelos ex-<i>pieds-noirs</i> (e peço desculpa se o termo é mais ofensivo do que me parece ser). Fortemente condimentada (esta com coentros em grão, cominhos, pimenta de espelette, paprika, sal e pimenta), com uma mistura de carne de cordeiro e novilho, é emblemática da região mas, obviamente, tem o defeito dos fortes: incomoda quem se orienta por mares culinários mais tranquilos. O guacamole surge assim como - pelo menos pela textura e frescura - um apaziguador (pela untuosidade do abacate, pela frescura do sumo de lima e dos coentros) a que se junta o crème fraiche. Caminhos de acidez (o pão também, claro) que me parecem contrastar com a gordura frita das batatas e das cebolas em polme e que, noutro compasso, são pontuados pelo atrevido - <i>petite</i>! - picante dos rebentos de coentros e rabanetes (aqueles que não iam à mesa do rei...).<br /><br />Visualmente equilibrado - não sei se por ser português, agrada-me a conjugação de complementares vermelho-verde - tem um forte apelo a uma imediata dentada que confirma a suculência. Começa-se bem, e podia continuar-se só neste registo, fim de tarde fora, a olhar o mar e a loira gasosa e borbulhante (weissbier! weissbier!) complementar com a companhia.<br /><br />O <i style="font-weight: bold;">Portobello grelhado, ovo meurette, lascas de foie-gras</i> é uma combinação de sabores fortes, invernais, cheios dos aromas da terra. Visualmente é como a natureza, indomável, incongruente, múltipla e díspar. Estranha-se a falta de uma história até se perceber que a história está na heterogeneidade das formas que se ligam à complementaridade dos sabores - as fatias de cogumelo na base (húmus no prato e na boca, a grelha e um tempero leve e clássico de azeite, sal e pimenta), a macieza e humidade do toucinho italiano (<i><a href="http://www.lardodicolonnata.org/"><b><span style="color: #660000;">lardo di colonnata</span></b></a></i>), leves, tão leves quanto o seu derreter na boca, as arestas da chicória, as finíssimas lascas de foie gras, o vermelho vivo do rábano, o vermelho já roxo da roxa cebola, o tom de vinho do ovo escalfado em vinho tinto e que inunda de amarelo brilhante todo o prato quando se abre e pede - exige! - o uso do pão saloio torrado. Notas de canela e nozes, estragão e cerefólio. Como um peça orquestral, a ser serenamente consentida, instrumento a instrumento, compasso a compasso. Como um passeio pelo bosque, feito em silêncio e cheio dos seus ruídos, aromas, visões.<br /><br /><div class="separator" style="clear: both; text-align: center;"><a href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEiqi1Zx0KeMwvRA2MGga8gmjqsAP-F0Lm71nBEzxPx4K7y76uv790NGrIjzw51wUUyaznxUo6_eNNMmmDx-RcZAEt8Wi1XPMRk9YcbHS5BvczrNIZ-0GPMw_8eD5wOZCLAtHUlHdz3pLvkY/s1600/y07.jpg" imageanchor="1" style="margin-left: 1em; margin-right: 1em; text-align: center;"><img border="0" height="640" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEiqi1Zx0KeMwvRA2MGga8gmjqsAP-F0Lm71nBEzxPx4K7y76uv790NGrIjzw51wUUyaznxUo6_eNNMmmDx-RcZAEt8Wi1XPMRk9YcbHS5BvczrNIZ-0GPMw_8eD5wOZCLAtHUlHdz3pLvkY/s640/y07.jpg" width="426" /></a></div><br /><br /><a href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEhN1fSpwObyYhEGIm1lsxa6QQv5W2HaxcnWcmW1eR7oV1LndWTGFpSrbrVIzLymTa2Ww_6C4YlWLjNEaqtQraMsb51DKI2RKyN8fo49KLKOE2h4jBxDsFnnDb0BhShzcqYRG6rIz2j73k2N/s1600/y04.jpg" imageanchor="1" style="margin-left: 1em; margin-right: 1em; text-align: center;"><img border="0" height="426" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEhN1fSpwObyYhEGIm1lsxa6QQv5W2HaxcnWcmW1eR7oV1LndWTGFpSrbrVIzLymTa2Ww_6C4YlWLjNEaqtQraMsb51DKI2RKyN8fo49KLKOE2h4jBxDsFnnDb0BhShzcqYRG6rIz2j73k2N/s640/y04.jpg" width="640" /></a><br /><br />Com uma nota ainda mais rústica, a <i><b>Costeleta de porco preto, beringela fumada, morcela picante, paio de toucinho e maçã</b></i> começa por surpreender pela ousadia de se apresentar mal passada, opção declaradamente assumida pelo chef para não deixar secar tanto a peça como aconteceria numa cocção mais tradicional. Habituados que somos ao mito da carne de porco obrigatoriamente bem passada, esta opção admira-nos. Mas que resultado final!<br /><br /><div class="separator" style="clear: both; text-align: center;"><a href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEjSr4J8ABx0QDRpx-wGeaYKuXiO7IgemYAohHzXcfEVZ-Ni4Qwxb61yZW8jyRxAdQ-InYrXDpCL4JPaxv2Ltzh9kErs-ZUMKNhpQh7An99BvdcMM1iSfTZLYKwcryLUZbTtELpz9Zuo7OTI/s1600/y08.jpg" imageanchor="1" style="margin-left: 1em; margin-right: 1em; text-align: center;"><img border="0" height="426" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEjSr4J8ABx0QDRpx-wGeaYKuXiO7IgemYAohHzXcfEVZ-Ni4Qwxb61yZW8jyRxAdQ-InYrXDpCL4JPaxv2Ltzh9kErs-ZUMKNhpQh7An99BvdcMM1iSfTZLYKwcryLUZbTtELpz9Zuo7OTI/s640/y08.jpg" width="640" /></a></div><br /><br /><div class="separator" style="clear: both; text-align: center;"><a href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEiYp8tMtbU_ROYvPSKtjXPtdUp60cx-Zq3y_cfjmgnlbf2gIIWaPwTjkycYg0zXjYeqXZGYfcqaLmq_Jx_NlS4qtaNZtPMC0p-DVUG41WGonR3C-Bp3mg2V5S5Ch4CfJ3eInny8InHuevFK/s1600/y11.jpg" imageanchor="1" style="margin-left: 1em; margin-right: 1em; text-align: center;"><img border="0" height="426" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEiYp8tMtbU_ROYvPSKtjXPtdUp60cx-Zq3y_cfjmgnlbf2gIIWaPwTjkycYg0zXjYeqXZGYfcqaLmq_Jx_NlS4qtaNZtPMC0p-DVUG41WGonR3C-Bp3mg2V5S5Ch4CfJ3eInny8InHuevFK/s640/y11.jpg" width="640" /></a></div><br />A cozedura em vácuo amacia a carne como em nenhuma outra técnica, deixando-a à beira do amanteigado que quase se dissolve na boca sem intervenção humana.<br /><br />A acompanhar, mais notas de substância, um <i><b>boudin antillais</b></i> cortado com maçã, toucinho fumado adocicado pelas vizinhas cenouras amarelas e roxas. Feijão verde e couve lombarda. Vermelhos e verdes a tentar sobressair no generalizado tom ocre.<br /><br />Para terminar, uma ousadia múltipla: <b><i>Cabeça de cherne em Zamaca, molho teriaki, noodles.</i></b><br /><br /><div class="separator" style="clear: both; text-align: center;"><a href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEiQtRKDuHDGFG33lt68c5J_f8sjtbVcP7w9R-DlF7iW1ihpwODxzMtZ2RvVYozhnDqsAVaBTmqd97yVR_St36xORg0ZfbD2ORDhZc9NhlmIxebLnIkVmC84orNim34dRtmhkdv9v5XlHBlH/s1600/y12.jpg" imageanchor="1" style="margin-left: 1em; margin-right: 1em;"><img border="0" height="640" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEiQtRKDuHDGFG33lt68c5J_f8sjtbVcP7w9R-DlF7iW1ihpwODxzMtZ2RvVYozhnDqsAVaBTmqd97yVR_St36xORg0ZfbD2ORDhZc9NhlmIxebLnIkVmC84orNim34dRtmhkdv9v5XlHBlH/s640/y12.jpg" width="426" /></a></div><br />Porque uma cabeça de cherne é um objecto sagrado do qual muitos culinariamente se aproximam com reverência, admitindo apenas uma cozedura a preceito ou um contacto preciso com a grelha, esta é uma aposta de algum risco. Que bela cabeça de cherne!<br /><br />Acondicionada na zamaca, coberta do meloso molho teriaki, escalada, fez-me sentir um émulo do <a href="http://en.wikipedia.org/wiki/Bizarre_Foods_with_Andrew_Zimmern">Andrew Zimmern</a>, a provar uma metamorfose desconhecida do cherne, à maneira das sentidas por todos os peixes-chatos. Impressão aumentada quando, com a pressão do corte, todo o maravilhoso colagénio do interior se desprendeu no molho. Ah, mas o sabor daqueles pedaços de carne, o agro-doce do molho!<br /><br />Não é para todos mas garanto que quem o arriscar pedir não sairá defraudado.<br /><br /><div class="separator" style="clear: both; text-align: center;"><a href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEhAIKZjnovg6m7y_NE6aDjWNj-O3rHQ8C9Z8_kRpwtehZBi7GTq3Rxs_zivYTWO_Bk9M4GiiryB1IMDP9as70DA3E4Vma1Jvn3VKd2tIiGWgBjhXYEhlF0MVFC8cxv3r_50w32-hMQ1nzrC/s1600/y14.jpg" imageanchor="1" style="margin-left: 1em; margin-right: 1em;"><img border="0" height="426" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEhAIKZjnovg6m7y_NE6aDjWNj-O3rHQ8C9Z8_kRpwtehZBi7GTq3Rxs_zivYTWO_Bk9M4GiiryB1IMDP9as70DA3E4Vma1Jvn3VKd2tIiGWgBjhXYEhlF0MVFC8cxv3r_50w32-hMQ1nzrC/s640/y14.jpg" width="640" /></a></div><br />Alguma estranheza no acompanhamento - que me parece de influência chinesa e, portanto, algo deslocado numa preparação que vai beber o fundamental à cozinha japonesa - que é atenuada pela qualidade na confecção.<br /><div class="MsoNormal" style="background-color: white; color: #222222; font-family: arial, sans-serif; font-size: 13px;"><span style="font-family: Arial; font-size: x-small;"><span style="font-size: 10pt;"><br /></span></span></div><div class="separator" style="clear: both; text-align: center;"><a href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEgBL8A2PgfMKoXKaN0O-AIxJa_G3cTIG8CscrxN_vUiN2AI2fbr0LPa7B7HCFFQYRjn81IY1LNdZ-X_p6-ICSM1FR-ILjvtfeA_5Efb3t-7WA0UfR3VUFUDZn8mXTDZcc9lHg-MSVqwuFwF/s1600/y13.jpg" imageanchor="1" style="margin-left: 1em; margin-right: 1em;"><img border="0" height="426" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEgBL8A2PgfMKoXKaN0O-AIxJa_G3cTIG8CscrxN_vUiN2AI2fbr0LPa7B7HCFFQYRjn81IY1LNdZ-X_p6-ICSM1FR-ILjvtfeA_5Efb3t-7WA0UfR3VUFUDZn8mXTDZcc9lHg-MSVqwuFwF/s640/y13.jpg" width="640" /></a></div><br />No capítulo sobremesa que tanto no passado me tem entusiasmado, alguma desilusão. Preparações em alta, claro, como não poderia deixar de ser, mas estacionadas no tempo: onde a criatividade, onde o cuidado na apresentação do conjunto?<br /><br /><table align="center" cellpadding="0" cellspacing="0" class="tr-caption-container" style="margin-left: auto; margin-right: auto; text-align: center;"><tbody><tr><td style="text-align: center;"><a href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEheqVVbEW59Z2XL19IAGbZypOWSvJJxw61TZvXXi_LNyoRhV0H1OfDpVhK8FCz9nG4Qaey4oOqBwrY9F-e8wdxVle30iV7ZbNXr9ayw7fCgdpq0fHb05JrodsUXhJM2O51ZHWbbtNRBZ19m/s1600/y17.jpg" imageanchor="1" style="margin-left: auto; margin-right: auto;"><img border="0" height="426" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEheqVVbEW59Z2XL19IAGbZypOWSvJJxw61TZvXXi_LNyoRhV0H1OfDpVhK8FCz9nG4Qaey4oOqBwrY9F-e8wdxVle30iV7ZbNXr9ayw7fCgdpq0fHb05JrodsUXhJM2O51ZHWbbtNRBZ19m/s640/y17.jpg" width="640" /></a></td></tr><tr><td class="tr-caption" style="text-align: center;"><span style="background-color: white; color: #222222; text-align: start;"><span style="font-family: inherit;">Finger de praliné avelã</span></span></td></tr></tbody></table><br /><table align="center" cellpadding="0" cellspacing="0" class="tr-caption-container" style="margin-left: auto; margin-right: auto; text-align: center;"><tbody><tr><td style="text-align: center;"><a href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEh1Qf545GSie5VgGvGBjdkNqFOqnbWOkVDu1CmHCSeeleG_2E7iYgYd6MuR13VcNUYBvrGYzxFEB0PhPjOMhfB_w0fnWhUcneAKdwtq3Mfjvtd5O7rWVaZkufhxd78-EM-GttApBeAIMQYK/s1600/y15.jpg" imageanchor="1" style="margin-left: auto; margin-right: auto;"><img border="0" height="640" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEh1Qf545GSie5VgGvGBjdkNqFOqnbWOkVDu1CmHCSeeleG_2E7iYgYd6MuR13VcNUYBvrGYzxFEB0PhPjOMhfB_w0fnWhUcneAKdwtq3Mfjvtd5O7rWVaZkufhxd78-EM-GttApBeAIMQYK/s640/y15.jpg" width="426" /></a></td></tr><tr><td class="tr-caption" style="text-align: center;"><span style="background-color: white; color: #222222; text-align: start;"><span style="font-family: inherit;">Chocolate com amendoim e <i>toffee</i></span></span></td></tr></tbody></table>Belas combinações de sabores, desconstruções inteligentes, mas a <i>verve</i>, a surpresa, o ah! de agrado e de espanto... ausentes. Um trabalho realizado perfunctoriamente. Que pena.<br /><br /><table align="center" cellpadding="0" cellspacing="0" class="tr-caption-container" style="margin-left: auto; margin-right: auto; text-align: center;"><tbody><tr><td style="text-align: center;"><a href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEh2_MHHacjOLeY3q4H_naJnyuEnEse5vFvuQVfoaaDTGIe5zySX_xEU_iwWYaU481BcZz7cm20YZwEInVrBVj1Th4JzFXWWjcxCh9XwTPyYrEsASL3lwsoNkL7nyhqTuEyPSe-Klr-r5T_q/s1600/y16.jpg" imageanchor="1" style="margin-left: auto; margin-right: auto;"><img border="0" height="640" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEh2_MHHacjOLeY3q4H_naJnyuEnEse5vFvuQVfoaaDTGIe5zySX_xEU_iwWYaU481BcZz7cm20YZwEInVrBVj1Th4JzFXWWjcxCh9XwTPyYrEsASL3lwsoNkL7nyhqTuEyPSe-Klr-r5T_q/s640/y16.jpg" width="426" /></a></td></tr><tr><td class="tr-caption" style="text-align: center;"><span style="background-color: white; color: #222222; text-align: start;"><span style="font-family: inherit; font-size: x-small;">Amêndoa em creme e pêra em sorvete com <i>amaretto</i></span></span></td></tr></tbody></table>Ipsylon: é de ir e voltar.<br /><br /><i>Ipsylon Restaurante</i><br />Hotel The Oitavos<br />Rua de Oitavos, Quinta da Marinha, 2750 – 374 Cascais<br />Tel.: +351 214 860 020<br />GPS: 38º42’14.68” N; 9º27’59.73” W</div>Pedro Cruz Gomeshttp://www.blogger.com/profile/16477006053175370211noreply@blogger.com0