sexta-feira, 16 de dezembro de 2011

Pharmacopeia alimentar

Andam ministros e vereadores atarefados a inventar motivos para neo-museus e tem Lisboa um magnífico, valioso e desconhecido exemplar em plena zona histórica que mereceria muito mais visitação e apreço.

É, como todos os que se prezam de o ser, um local de descobertas e bons encontros. Tem belíssimas e espantosamente valiosas peças de arte com estreita ligação com o tema e que ainda ninguém conhece. Mas essas ficam para outras crónicas.

Para esta ficam os exemplos que aqui mostro.

Os enlatados e em-vacuados alimentos que serviam os cosmonautas soviéticos - originais, obtidos após prolongadas diplomacias,




o ruibarbo que antes de ser estrela das cozinhas inglesas se servia em granulado para, dependendo da dose, ser laxante ou antidiarreico,


o óleo de fígado de bacalhau do qual, sem grande esforço de memória, ainda consigo evocar o absolutamente execrável (pelo menos para os meus cinco anos) sabor,


e esta delícia que hoje nos faz sorrir pela exclusividade - Água "das pedras" de Salus-Vidago (ou Vidago-Salus, como passou a ser conhecida posteriormente) vendida em farmácias - e nos faria integrar manifestações de repúdio no presente se se continuasse a apresentar como "poderosamente radio-activa".


Tudo isto e muito mais, no Museu da Farmácia, na sede nacional da ANF (Associação Nacional das Farmácias), ali para as bandas do Miradouro de Santa Catarina em Lisboa (atenção aos "farmacêuticos" que pululam no exterior: os produtos que vendem não integram nenhum convénio nem têm comparticipação do Estado - use at your own risk...).

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